sábado, 6 de novembro de 2010

Tempos de luta virão

Passada uma semana das eleições ainda se é possível ver os efeitos nefastos da campanha tucana. Manifestações de preconceito (sempre existiu, a campanha só aflorou) e diversas afirmações que Dilma não conseguirá governar (por N fatores. Desde o fato de ser mulher até devido ao vice-presidente, Michel Temer)

Recentemente o Serra tomou um “cala a boca” na França. Mostra inconteste de que é mau perdedor. O “cala a boca” foi fruto de ataques ao governo Lula e à futura presidenta Dilma. Seu discurso após o resultado da eleição mostrou bem o quanto Serra não aceitou a derrota eleitoral e não quer aceitar seu futuro mais provável: o limbo político.

A Direita brasileira já começa a se armar. Planeja ser impiedosa com Dilma (Não que Dilma necessite de piedade, muito pelo contrário). Ela (a direita) vai beber do ódio que destilou ao longo da campanha, através da boataria e de setores das igrejas (católica, principalmente). O papel que a igreja católica jogou nessas eleições é no mínimo nojento. Como sempre a Igreja tem lado e esse lado é o das elites. Tempos de luta virão.

A mídia, por enquanto vive de elogios e rasgações de seda à presidenta eleita.

A tucanalha e seus asseclas tem certeza que Lula foi fruto apenas de seu carisma (o pior cego é aquele que não quer ver). A excelente aprovação de Lula é fruto, principalmente de duas coisas, sua história e seu governo. Seu projeto de país que se começou a construir em 2003.

Dilma é a continuação desse projeto.

Meu otimismo à parte, o Governo Dilma será melhor que os dois governos Lula. Claro que fruto das excelentes condições que passa o Brasil nos dias de hoje. E o que a direita brasileira não quer admitir é que Dilma não é um poste. Nunca foi.

Dilma tem história, apesar da mídia golpista tentar a todo custo apagá-la ou distorcê-la. Tem capacidade de governar e liderar como poucos no Brasil e sim, capacidade política suficiente para comandar o País e as forças aliadas. A direita tomará mais um tombo daqueles.

Esta não é só uma vitória do projeto político em curso, mas também a vitória da geração de 68, como afirmou Lula em fala recente à imprensa. É a vitória daqueles que combateram a ditadura militar par defender a democracia no Brasil. Daqueles que não fugiram às suas responsabilidades com este país e que agora estão construindo um Brasil mais justo, fraterno e soberano. Dilma é a continuação dos sonhos daqueles e dquelas que não fugiram à luta, fazendo valer nosso Hino Nacional (não como fez o Serra se apropriando indevidamente dessa passagem do Hino)

Teremos muito mais brasileiros e brasileiras incluídas economicamente e socialmente no Brasil; muito mais infra-estrutura, muito mais acesso à educação e à saúde.

Ao Serra só lhe resta o mesmo fim que seu mentor traído (pelo Serra), repetindo: o limbo. O Sr. Burns brasileiro já iniciou uma guerra fratricida no interior do PSDB e deverá sair derrotado dela. Ao Serra só resta a esperança do “Criança Esperança” da Globo. Como escreveu o sempre espirituoso Flávio Aguiar em artigo publicado no site Carta Maior, a morte política de Serra é um fato inequívoco e teve direito até mesmo à extrema-unção consagrada pelo Papa Bento XVI em pessoa.

O povo quis e mesmo com a direita (PSDB, DEM, PPS, Veja, FSP...) tentando destruir o ciclo virtuoso no qual passa o País, o Brasil vai seguir mudando. E sem fugir à luta...

Um comentário:

. disse...

Amém, Cadu! rs
Que Lula siga o exemplo do Kirchner e lute pela Reforma Política, como declarou desejar ontem. E que nós façamos o que nos cabe: pressão popular, pra essa Reforma sair, e sair como a gente quer.
Que a reforma da mídia, ou a Lei de Médios, nasça aproveitando as boas condições políticas de ter maioria no planalto.
E que venham os tempos de luta!