sábado, 5 de março de 2011

Reformar o quê mesmo?


Começam, com mais força, os debates acerca da reforma política. Mas será que está se debatendo uma Reforma Política ou apenas uma reforma eleitoral?

 Faço este questionamento porque a meu ver uma reforma política é mais do que apenas as regras eleitorais. Estas são importantíssimas para a democracia, mas não se vive só de eleição. Política é muito mais que eleição, essa tese é da elite liberal que não quer a participação popular nos rumos dos povos. Não quer que haja decisões coletivas sobre as regras dos meios de comunicação; do papel do Poder Judiciário; Poder Legislativo, dos movimentos sociais; enfim da relação Estado-Povo.

É o votemos e ponto final!

Sobre a ótica da reforma eleitoral precisamos sim de uma que fortaleça os partidos políticos com voto em lista, paridade de gênero, e financiamento público de campanha. Não podemos mais oficializar o poder econômico nas nossas eleições. Sem falar dos interesses por trás de cada financiamento de campanha, muitas das vezes não republicano.


O Brasil precisa fazer uma reforma pra além das eleições. Contemplar o povo numa relação de democracia direta nas decisões do País. Experiências como as Conferências do governo federal são importantíssimas, mas precisamos de mais. Mais conselhos nas diversas áreas, mais plebiscitos e referendos.  Só assim teremos um povo educado politicamente.

O Brasil precisa fazer reforma no Estado brasileiro, mesmo este sendo complexo como o é. Num país com a heterogeneidade que tem o Brasil.

Se fizermos só reforma eleitoral em pouco tempo estaremos falando em fazer reforma novamente. Pois não mexemos no cerne das relações políticas brasileiras.

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