quinta-feira, 27 de outubro de 2011

São só negócios


Como quase tudo ao nosso redor, o capitalismo transformou a imprensa num negócio, num grande negócio. Afinal, propagando para milhares e até milhões, seja de algum produto ou ideológico, não se consegue de qualquer modo.

Hoje os veículos de comunicação só existem graças às propagandas, públicas ou privadas. A grande fatia é sim a propaganda pública.

Até aí nada demais, para quase tudo se precisa de dinheiro, inclusive manter um veículo de comunicação funcionando.

A questão é que com o passar do tempo os grandes meios de comunicação perderam sua finalidade (se é que um dia tiveram) que é a de informar e de garantir o direito de o contraditório e de fato a liberdade de expressão.

Hoje isso não existe. O que temos é privilégio de versão e liberdade de empresa. A censura acontece até dentro das redações, quando um jornalista apresenta um artigo ou matéria e o editor diz que não condiz com a posição do jornal ou da TV.

Como se não bastasse os donos dos grandes meios de comunicação são as pessoas mais poderosas que temos no país. Muito também pela nossa cultura de que vale apenas a acusação. Provas apenas para tribunais e olhe lá.


Depois que você já foi defenestrado publicamente, já era.

Por conta dessa cultura que no Brasil existiram pessoas como Carlos Lacerda que levou Getúlio Vargas ao suicídio. Por conta dessa cultura ainda hoje no Brasil existe jornalismo tão ruim e sem caráter com tanta força como vemos por aí.

Vale apenas o dedo apontado.

Os últimos acontecimentos só nos mostram que precisamos urgentemente democratizar a comunicação no Brasil. Não dá mais para apenas quatro grupos (Abril, Globo, Folha e Estadão) terem o tamanho e a importância que tem hoje. Regulamentar os artigos da Constituição que versam sobre a comunicação no Brasil já está mais do que necessário.

E a maior das reformas que é a Reforma Política. Mudar o modus operanti da política brasileira. Fortalecer os partidos de forma programática; aumentar a participação direta da população nas decisões políticas e acabar é muito difícil, mas diminuir a influencia do poder econômico na política brasileira.

Porquê, infelizmente, até a política transformou-se num negócio, onde as elites brasileiras determinam as regras do jogo desde sempre por aqui e se continuar do jeito que vai os “quase” que citei lá em cima não vão mais existir.

Um comentário:

Estter disse...

Oi Cadu....
Você já conhece a Rede FAP? Apesar de ser ligada ao PPS vale a pena conferir, além de política debatemos outros temas de interesse da população. Achei bacana a forma como eles falam de política, de uma maneira descontraida e simples.
Conheça a Rede e qualifique ainda mais os debates com sua opinião.
http://migre.me/60tG8
Obrigada