sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Acordos escusos no TRE/AL


O Poder Judiciário deveria ser o Poder do equilíbrio do Estado. Aquele que julga com isenção esquecendo as colorações partidárias e ideológicas existentes na sociedade. Isso é tão bonito, não?

Deveria ser, mas não é. Nem nunca foi. O problema é que ultimamente os senhores e as senhoras de toga andam perdendo a linha. E aqui vou me ater apenas à linha no campo da ideias e não o que disse a ex-ministra do CNJ, Eliana Calmom, sobre o banditismo magistral.

E também não vou colocar aqui a atuação do Supremo no caso do chamado “mensalão”. Até cego percebe como a mídia ali influencia para condenações em um processo de 50 mil páginas sem provas.

Vou comentar o judiciário local, mais precisamente o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, cuja a vice-presidente, Elizabeth Carvalho protagonizou duas situações nada condizentes com o que, em tese, deveria ser o comportamento do Tribunal que ela preside ou do Poder que ela já presidiu no Estado.


Um deles foi dizer que existem “acordos escusos” para os julgamentos do Tribunal Eleitoral alagoano. Quem disse isso foi a atual presidente do Tribunal.

Que coisa.

Em uma postagem recente minha, “Porque o Judiciário Alagoano não gosta de Ronaldo Lessa”, disse que havia um boato de que o governador teria visitados os desembargadores para discutir o julgamento de Ronaldo.

Não afirmei que isso aconteceu. Disse que haviam boatos de que teria acontecido. Usei, inclusive, a expressão “reza à boca miúda”.

Agora quem afirma a existência de acordos é a presidente do Tribunal.

E agora?

Existem ou não acordos escusos antes dos julgamentos no TRE/AL?

Outro fato foi a exposição de sua relação com um dos candidatos a prefeitura de Palmeira dos Índios, sua terra natal. O TRE deferiu a candidatura de Petrúcio Barbosa, apoiado pelos familiares de Carvalho.

Que coisa [2].

Elizabeth, quando presidente do TJ/AL, ao conseguir aumento de salários para os desembargadores depois de certa polêmica, ficou aliviada pois segundo palavras dela agora os desembargadores não precisariam mais parcelar compras de aparelhos de TV.

Que coisa [3].

Ainda há gente que tenta convencer alguém de que os resultados da Justiça são baseados na Lei.

Nem aqui, nem na esfera federal. A Procuradora Eleitoral Federal, Sandra Cureau, é abertamente simpática ao PSDB. Basta digitar seu nome no Google ver o direcionamento de suas ações. Mas enfim, esse debate fica pra depois.

Muita gente ficou chateada com minha postagem sobre as relações entre Ronaldo Lessa e o Judiciário alagoano. Principalmente, na parte que já relatei acima. Soube até que queriam me processar. E a Elizabeth, ninguém vai processar, não?








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