O Poder
Judiciário deveria ser o Poder do equilíbrio do Estado. Aquele que
julga com isenção esquecendo as colorações partidárias e
ideológicas existentes na sociedade. Isso é tão bonito, não?
Deveria
ser, mas não é. Nem nunca foi. O problema é que ultimamente os
senhores e as senhoras de toga andam perdendo a linha. E aqui vou me
ater apenas à linha no campo da ideias e não o que disse a
ex-ministra do CNJ, Eliana Calmom, sobre o banditismo magistral.
E também
não vou colocar aqui a atuação do Supremo no caso do chamado
“mensalão”. Até cego percebe como a mídia ali influencia para
condenações em um processo de 50 mil páginas sem provas.
Vou
comentar o judiciário local, mais precisamente o Tribunal Regional
Eleitoral de Alagoas, cuja a vice-presidente, Elizabeth Carvalho
protagonizou duas situações nada condizentes com o que, em tese,
deveria ser o comportamento do Tribunal que ela preside ou do Poder
que ela já presidiu no Estado.
Um deles
foi dizer que existem “acordos escusos” para os julgamentos do
Tribunal Eleitoral alagoano. Quem disse isso foi a atual presidente
do Tribunal.
Que
coisa.
Em uma
postagem recente minha, “Porque o Judiciário Alagoano não gosta
de Ronaldo Lessa”, disse que havia um boato de que o governador
teria visitados os desembargadores para discutir o julgamento de
Ronaldo.
Não
afirmei que isso aconteceu. Disse que haviam boatos de que teria
acontecido. Usei, inclusive, a expressão “reza à boca miúda”.
Agora
quem afirma a existência de acordos é a presidente do Tribunal.
E agora?
Existem
ou não acordos escusos antes dos julgamentos no TRE/AL?
Outro
fato foi a exposição de sua relação com um dos candidatos a
prefeitura de Palmeira dos Índios, sua terra natal. O TRE deferiu a
candidatura de Petrúcio Barbosa, apoiado pelos familiares de
Carvalho.
Que coisa
[2].
Elizabeth,
quando presidente do TJ/AL, ao conseguir aumento de salários para os
desembargadores depois de certa polêmica, ficou aliviada pois
segundo palavras dela agora os desembargadores não precisariam mais
parcelar compras de aparelhos de TV.
Que coisa
[3].
Ainda há
gente que tenta convencer alguém de que os resultados da Justiça
são baseados na Lei.
Nem aqui,
nem na esfera federal. A Procuradora Eleitoral Federal, Sandra
Cureau, é abertamente simpática ao PSDB. Basta digitar seu nome no
Google ver o direcionamento de suas ações. Mas enfim, esse debate
fica pra depois.
Muita
gente ficou chateada com minha postagem sobre as relações entre
Ronaldo Lessa e o Judiciário alagoano. Principalmente, na parte que
já relatei acima. Soube até que queriam me processar. E a
Elizabeth, ninguém vai processar, não?
Nenhum comentário:
Postar um comentário