terça-feira, 6 de novembro de 2012

Porque Obama e Romney roubam a cena

A cobertura da eleição presidencial estadunidense feita pela grande imprensa brasileira é de uma competência profissional de, caso eleição fosse uma pessoa, causar inveja na brasileira. O cuidado com o rito jornalistico é infinitamente maior do que nas coberturas sobre a nossa disputa presidencial.

Não afirmo com isso que ela não tenha suas preferências, longe disso. É apenas mais uma demonstração da síndrome de vira-lata na qual nossas elites sofrem e por consequência a grande imprensa.

E tudo isso unindo o útil ao agradável. Com todo o espaço dado à cobertura para a disputa entre Obama e Romney, não há como divulgar – isso seria uma desculpa “oficial” - Gilmar Mendes confirmando que mentiu – ou ele próprio ou Veja; ou os dois – sobre um pedido de Lula pelo adiamento do julgamento da Ação penal 470, chamada de “mensalão”.

Gilmar Mendes foi convocado pelo MPF do Distrito Federal a dar esclarecimentos sobre suas declarações à coisa feita em papel couché. Os ofícios do MPF ao ministro jamais tiveram retorno. Além do mais o MPF também considerou que declarações dadas pelo ministro desmentiam a matéria de Veja. Não restando, portanto, alternativa a não ser arquivar o processo.

Mas o “the book's on the table” presidencial dos EUA é mais importante.

Afinal, o que é uma acusação, publicada na revista de maior circulação no país, de um ministro do Supremo Tribunal Federal a um ex-presidente, o mais popular da História, de que este teria pedido o adiamento de um julgamento sobre corrupção de integrantes de seu partido durante o seu governo?

Pode se dizer tudo da direita, menos que ela não é organizada. Tudo que faz é articulado. O próprio jornalista Bob Fernandes, em seu comentário na TV Gazeta de São Paulo afirmou que o alvo do STF é Lula.

Do STF só não. Da grande mídia e da direita golpistas.

Não vencem Lula no voto, então é golpe. Do mesmo jeito como foi no Paraguai, Honduras, tentativas no Equador, Bolívia e Venezuela. E os ataques à Cristina Kirchner na Argentina, o ódio lá se deve principalmente pela quebra do monopólio da informação.

Na Argentina, o grupo Clarín era dono do papel jornal do país, detinha a exclusividade na transmissão dos jogos de futebol e o fazia apenas na TV a cabo. Argentino gosta mais de futebol do qualquer outra coisa e os pobres não assistiam aos jogos.

Lá, como em toda a democracia do planeta, os meios de comunicação estão sendo regulamentados.

Do mesmo jeito como dita nossa Constituição, mas que a grande imprensa impede de toda forma de acontecer.

Outro fato ocultado é sobre o “mensalão” do PSDB.

Segundo denúncia do MPE/MG, o PSDB, além do desvio de milhões de reais para financiar suas campanhas e rechear os bolsos dos seus caciques retirados de FURNAS e de esquemas de Marcos Valério,o partido é acusado de montar Grupos Operacionais.

Tais grupos praticavam subtração de documentos em processos judiciais, suborno, corrupção, falsificação, denunciação caluniosa, ameaça de morte e até assassinato. É o que diz o inquérito 3530 do STF, que tem como relator – até agora, mas o próprio deverá desistir da relatoria após assumir a presidência do STF, Joaquim Barbosa.

O processo contra o PSDB está em vias de prescrever e ao contrário da AP 470 está recheada de provas.

Quer saber mais?


Entendeu o por quê de tanto espaço para a eleição presidencial dos EUA para além da “viralatice” aguda que sofrem “os limpinhos e cheirosos”?



*Informações retiradas do portal Rede Brasil Atual e Blog da Dilma

Um comentário:

Rynaldo Papoy disse...

O jeito é continuar compartilhando todo dia sobre a corrupção tucana. Sou só um. Um homem um voto. Um perfil no Facebook já serve para ninguém esquecer.