segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Chávez é imortal



A direita em todo o planeta regozija-se com a iminente morte do líder venezuelano Hugo Chávez. Chávez sofre de câncer, maiores detalhes não são revelados pela a equipe médica que o trata. Neste momento está internado em Cuba. A boataria geral de parte da imprensa internacional diz que há um dilema entre desligar ou não os aparelhos que o manteria vivo.

Mas pessoas como ele não morrem, são imortais.

Pessoas como Fidel Castro, como Lênin, Karl Marx, para não ficar somente com nomes à esquerda, Adam Smith, não morrem porque são maiores que seus corpos, eles personificam ideias e ideias podem até perder força em determinados momentos históricos, mas não morrem.

É isso que Chávez é: uma ideia. Uma ideia de justiça social, de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos. Chávez ajudou a construir um ambiente de rechaçamento à política estadunidense na América Latina. Política que implantou ditaduras. Matou milhares e milhares de pessoas e mesmo nas ditas democracias, sempre manteve a subserviência de seus líderes.

Quem não se lembra do esporro dado por Bill Clinton, presidente dos EUA, em Fernando Henrique Cardoso, quando era presidente do Brasil?

A elite latino-americana tem um gosto pela subalternice.


É verdade que Chávez tentou tomar o poder por meio de um golpe de estado. Derrotado, foi preso e cumpriu sua pena. Logo após, elegeu-se presidente da Venezuela e nunca mais perdeu eleições, apenas algumas derrotas pontuais em províncias ou referendos.

Ao contrário do Brasil, na Venezuela para mudar uma vírgula da Constituição um referendo é convocado. A participação popular é muito maior nas decisões políticas que em países como o Brasil e os EUA.

A elite venezuelana com a ajuda, sempre deles, dos EUA orquestraram uma tentativa de golpe em 2002, para derrubar Hugo Chávez do poder. Por 48 horas Chávez deixou de ser o presidente daquele país. Participaram do golpe a maior rede de comunicações da Venezuela, a RCTV e a empresa de petróleo, então privada, a PDVSA.

Em referendo foi aprovada a reestatização da PDVSA e a RCTV não teve sua concessão renovada. Em nenhum momento Chávez cassou a permissão de sinal da rede golpista. Ao contrário, fortaleceu a rede pública e apenas, como lhe garante a Constituição do país, não renovou a concessão da emissora de TV.

O argumento de que na Venezuela não existe liberdade de imprensa é tão falso quanto dizer que a “Ley de Medios” argentina também é um ataque à essa liberdade ou que no Brasil o PT, ou quem quer que seja que defenda a regulamentação do artigos constitucionais sobre a Comunicação Social quer instituir a censura.

Tanto há liberdade de imprensa no país caribenho que é a imprensa oposicionista que alimenta os “jornalões” mundo a fora. Os oligopólios da comunicação mundial também tem seu quinhão em solo venezuelano.

A riqueza gerada pelo petróleo venezuelano, país que está entre os maiores produtores do planeta, agora é volta para garantir o bem estar da população. O sistema de saúde, programas de moradia e acesso à educação mudaram o panorama dos mais pobres.

A Venezuela foi o país que mais tirou pessoas da miséria no continente americano, apenas 8% da população é miserável. Está livre do analfabetismo, segundo a Unesco e tem o melhor salário mínimo da região.

O “chavismo”, como a direita gosta de chamar as ideias defendidas pelo presidente Chávez, não acaba com seu falecimento. O povo daquele país não quer a volta da Venezuela antes de Chávez. Com a renda concentrada, subserviente ao imperialismo financeiro e belicista.

Fuerza Chávez!




3 comentários:

Tadeu Borges disse...

Parabéns! Belo texto,claro e lúcido.
Bela homenagem!

Ary disse...

Sem medo de ser feliz, .....Uma homenagem ao sempre presente Chaves e ao povo Venezuelano.
Valeu Cadu.

pela cidade com minha bike! disse...

GOSTEI especialmente de você mencionar dados objetivos de desempenho do governo Chávez. Sugiro aprofundar.
geraldoambiental@gmail.com