sábado, 20 de abril de 2013

Mãos amarelas no Judiciário


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) está processando, pela segunda vez, o ator José de Abreu. Abreu é ativo nas redes sociais e tuitou uma , em tom de brincadeira, sobre a relação entre Mendes e Dadá, espião do bicheiro Carlinhos Cachoeira. ““E o Gilmar Mendes que contratou o Dadá? 19 anos de cadeia pro contratado. E pro contratante? Domínio do fato?”. O ministro do grampo sem áudio defende que o ator quer desmoralizá-lo (mais?!).

Em entrevista à imprensa, Abreu se defendeu sustentando que foi uma brincadeira. “Foi uma piada, não tenho porque me retratar. Imagina se eu quis dizer que ele (Gilmar Mendes) tem que responder por tudo o que o Dadá fez? Só na cabeça dele, é fora de qualquer lógica imaginar que ele, ministro, é responsável pelo Dadá. Não é possível que ele não tenha coisa mais séria para fazer do que implicar com o que eu tuíto”.

Gilmar Mendes também aparece na lista de Furnas quando ainda era membro da Advocacia Geral da União (AGU). Ele teria recebido R$ 185 mil em 1998. Hoje seria algo em torno de 500 mil reais.

Em Alagoas, os jornalistas Odilon Rios e Fernando Araújo publicaram uma reportagem sobre as condições do prédio sede do Ministério Público Federal (MPF). Em condições precárias, o imóvel foi comprado por R$ 21 milhões. E em janeiro, o MPF/AL foi multado em R$ 50 mil pela Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) de Maceió. A sede da Procuradoria-geral da República em Alagoas não tinha o "Habite-se". A multa foi confirmada aos jornalistas pelo superintendente, Neander Teles Araújo, e pelos técnicos Paulo Canuto e Galvaci de Assis.


Rios e Araújo foram processados com queixa-crime pela procuradora-chefe do MPF em Alagoas, Niédja Káspary. Segundo também apurou a reportagem feita por Odilon e Fernando, Káspary sacou uma arma em reunião de condomínio no Loteamento Residencial Oceanis, em Maceió.

Há alguns havia uma brincadeira entre as crianças e pré-adolescentes que quando alguém fazia algo, na verdade soltava um pum, exclamava-se “que peidou tá com a mão amarela!”. A primeira pessoa que olhasse para a própria mão seria o autor do hábito pouco sociável, digamos assim.

Nos casos referidos, um fez uma brincadeira questionando inclusive o péssimo uso de uma teoria jurídica importada e que seu principal formulador, o alemão Hans Welzel, em entrevista a revista Retratos do Brasil, questionou a forma como ela usada na AP 470. No outro, os jornalistas questionaram a estrutura do prédio sede do MPF. Não há um vírgula contra a honra de “seu ninguém”. Mas infelizmente, e muita gente bebe dessa água, o meio jurídico está materializando para si uma infalibilidade antes restrita ao papa e sua relação com os católicos.

Tanto Gilmar Mendes quanto Niédja Káspary, mostram por A mais B, que suas mãos estão amarelíssimas, ou não?  

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