terça-feira, 9 de abril de 2013

Margaret Thatcher: referencial tucano



No último dia 08 de abril faleceu, aos 87 anos, a ex-primeira ministra Margaret Thatcher, conhecida como a “Dama de Ferro” por ser “dura” no trato com os sindicatos e ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato. Ela comandou o governo britânico de 1979 a 1990. Foi a precursora da execução das teses neoliberais no planeta. Ela desregulamentou o setor financeiro; flexibilizou as relações de trabalho e realizou privatizações no Reino Unido.

Ícone dos defensores das teses neoliberais, sua morte foi motivo de festas para os trabalhadores britânicos. Literalmente. Vários saíram às ruas para comemorar a morte daquela que retirou direitos trabalhistas e piorou a vida dos mais pobres como nunca a Grã-Bretanha tinha visto.

Tanto lá como aqui no Brasil, essas teses visam a melhoria das condições financeiras dos setores mais abastados, como os banqueiros. Chegam ao despautério de defender desemprego e só se fala em alto dos juros. Subir os juros, contem o consumo e aumentar o lucro isento de produção do capital especulativo. A “Dama” ficaria orgulhosa de figuras como Alexandre Schwartsman, ex-Banco Central e Ilan Goldjain do banco Itaú.

Ficaria, aliás, com toda a gama de “analistas” da nossa “grande imprensa”. Thatcher adoraria viver no Brasil para ler nossos especialistas em tiros n’água. Tanto lá no Reino Unido como aqui no Brasil suas teses não tem apoio popular. Não dá para dizer se quando FHC falecer vai ter festa na rua, mas com certeza não haverá choro.


A ex-primeira ministra britânica faleceu, mas deixou vários seguidores, aqui no Brasil inclusive, que não se incomodam com fome, miséria, inclusão, gente, emprego, renda. Palavras que em meia hora de discurso no Senado, o atual pré-candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, não usou uma única vez nenhuma delas. Tudo aos bancos, aos investidores e ao capital financeiro e especulativo. O povo, assim como o gol para o ex-técnico da seleção brasileira de futebol Carlos Alberto Parreira, é um detalhe.

Margaret Thatcher sempre será lembrada como aquela que deu o pontapé inicial para a destruição de Estados nacionais e a entrega das economias nas mãos privadas, deixando milhões de trabalhadores à mercê da sede por lucros e acumulação de riqueza. Pelo visto suas políticas são leitura obrigatória no ninho tucano.

3 comentários:

Rita Candeu disse...

o JN não mostrou o povo festejando - porque será? rsrsrsrsr

ela plantou e agora estão colhendo - e qua a colheita será farta (de tudo)

RLocatelli Digital disse...

O economista do banco Itaú defendeu publicamente o aumento do desemprego. Se fosse na Argentina, Venezuela ou Equador, teria sido chamado às falas pelo governo.

Anônimo disse...

Quando o FHC falecer nem sei se vão se lembrar dele... rs

A Maggie aqui estaria, depois de largar o osso, comandando o Millenium, escrevendo para o Globo, Folha, Estadão, comentando no JN e Globonews e quem sabe na ABL, cehio de tucanos e assemelhados na sua posse e lançamentos de livros.





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Helder