quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Os desejos da direita para 2014

O que esperar para 2014? há quem deseje ter uma conta bancária mais rechonchuda ou encontrar o amor da sua vida. Também tem quem queira a realização de um sonho determinado ou mesmo apenas os velhos chavões como paz e felicidade. Mas para os setores mais conservadores do país a meta desse ano que se inicia é que tudo dê errado no Brasil.

Eles querem que a economia vá de mal a pior; que as taxas de emprego caiam; que a audiência dos grande grupos de mídia aumente – já que está em queda há algum tempo –; que a Copa do Mundo seja um fiasco, dentro e fora de campo (por que não?); que as manifestações de junho de 2013 voltem a ocorrer, de preferência com foco real em Dilma para facilitar – na cabeça deles – o trabalho em outubro, mês das eleições.

Mas esse é o ponto central: derrotar Dilma nas eleições. Não importa a que custo. Eles, os conservadores, já não aguentam mais perder eleições. Ver setores seus apoiando o governo encabeçado pelo PT. Sim, afinal há políticas conservadoras no governo, como em todo e qualquer governo de coalizão à esquerda.


E para conseguir isso vale até suprimir direitos básicos em uma democracia como o de defesa. Rasgar os códigos do Direito; midiatizar julgamentos e engavetar escândalos de bilhões de reais dos seus aliados e braços da política institucional. A agonia é tanta que, em 2013, até a cor da roupa da presidenta usado em pronunciamento no rádio e na tevê virou ação no Ministério Público.

Especiais em programas na televisão ou mesmo a participação em jogos bobocas de programas de auditórios estão no repertório da direita através da grande mídia (ou seria apenas mídia grande?). Não seria surpresa, aliás como já houve, em serem transmitidas minisséries para tentar induzir o julgamento das pessoas para o pleito de outubro.

Para isso se pode dar dois nomes: golpismo e agenda vazia. Além do cacoete em expor o povo brasileiro às suas vontades à força, a direita no Brasil também não tem agenda para apresentar ao povo. Pelo menos uma que a possibilite de vencer a eleições democraticamente. Qualquer pessoa com um olhar mais atento já percebeu tal falta do que falar no debate entre o Dilma e Serra no segundo turno da eleição presidencial em 2010. Todas as propostas do candidato tucano já estavam postas em prática pelo então governo Lula.

Esse ano não será dos mais fáceis. É o ano do tudo ou nada para a direita. Senão terão que esperar mais quatro anos ou tirar de uma vez por todas sua máscara e repetir o feito de 1964. Aguardemos o desenrolar do ano que está apenas começando.

3 comentários:

Lucas Paiva disse...

O mais engraçado é que boa parte desses desejos (que a economia piore, que a inflação volte, que o nivel de empregos caia) foi tudo que a esquerda desejou durante os 8 anos do governo FHC. Por isso o PT foi contra: Bolsa Escola (chamava de Bolsa Esmola), Plano Real (que acabou com a inflação), Lei de Responsabilidade Fiscal, privatizações (que melhoraram a qualidade de vida da população em todas as áreas que dependam de tecnologia avançada), a cobrança de CPMF para custear a saúde pública, genéricos, etc. O PT foi contra tudo que melhorasse a vida do povo e pudesse favorecer a permanência dos adversários no poder. E agora fala dos outros...

Flávia Pontes disse...

Esse Lucas tá doido? A esquerda não podia querer o "quanto pior melhor" por que no tempo do FHC não tinha como ficar pior. Ele quebrou o país três vezes. Bolsa Escola? As bolsas no governo FHC foram criadas a poucos meses da eleição em 2002 e eram sim uma esmola. Todas elas. Lula reformulou o programa de bolsas, criou o cadastro único, surgindo o bolsa família. Quem derrubou a CPMF foi o PSDB e seus aliados.

E o genéricos não foram criados pelo Serra (PSDB) e sim pelo Adib Jatene. E o real, que voê não falou, foi criado pelo Itamar Franco e não pelo FHC

Luiz Antonio Caldani disse...

Acho que o Lucas Paiva (será nome ou apenas um codinome?), é mais um daqueles tucanos do fiofó amarelo que morre de saudades dos tempos sombrios do FHC Vagabundo. Tempo este em que os pobres eram apenas "reserva de mão de obra barata" para serem exploradas pelos senhores da Casa Grande.