sábado, 29 de março de 2014

Quem quiser que acredite no Ibope

Jornal Tribuna independente (AL) - 29/03/2014 pag.7
A pesquisa que mostrou uma queda na aprovação de Dilma feita pelo Ibope e encomendada pela CNI que serviu de manchetes em jornais e sites da imprensa grande não passou de uma fraude.

A pesquisa “negativa” foi realizada entes da com o resultado positivo, mas eles foram divulgadas em ordem invertida. Além de terem uma diferença considerável no tempo da coleta dos dados. A pesquisa negativa durou quatro dias e foi realizada entre 14 e 17 de março. Já a pesquisa positiva durou oito dias entre 13 e 20 do mesmo mês.

Sempre é bom lembrar que o instituto de pesquisa predileto da imprensa grande, em especial das Organizações Globo, é antiga na arte de manipular dados e também em fazer especulação para campanhas eleitorais, principalmente em ano eleitoral. Quem não se lembra da entrevista com status de estrela de cinema do presidente do Ibope Carlos Augusto Montenegro concedida à Veja em que ele afirmou que “Lula não faria seu sucessor”?


Se formos buscar os erros grotescos do Ibope em eleições locais, alista não terá fim. Só como exemplo fica aqui para os leitores a eleição municipal de 1992 em Maceió: o Ibope posicionava o então candidato Ronaldo Lessa em 10% dos votos. Chegou até a virar piada e Lessa recebeu o apelido de “candidato garçom”. Lessa foi eleito prefeito da capital alagoana naquela eleição.

Outra coisa a se questionar são as amostras dessas pesquisas. Qual a porcentagem de pessoas do meio rural que foram entrevistadas, por exemplo? Além da indução do entrevistador ao fazer as perguntas às pessoas, basta lembrarmos da pesquisa do Datafolha sobre a volta da ditadura. Será que dá para ter confiança nas pessoas escolhidas pelos institutos de pesquisa?

Com mais essa do Ibope, fica mais uma vez, provado o quanto se manipula a informação no Brasil. Seja na imprensa grande, seja nos institutos de pesquisa, principalmente os grandes.

Um comentário:

RLocatelli Digital disse...

Duas coisas para NÃO se acreditar: 1) pesquisas e 2) agências de risco dos EUA.

Standar & Poors deu nota MÁXIMA para os bancos, poucos dias antes desses bancos desmoronarem em 2008.