tag:blogger.com,1999:blog-783050572466606642024-03-28T17:54:05.415-03:00Blog do CaduCadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.comBlogger1463125tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-53382357250854896382024-03-13T10:56:00.005-03:002024-03-13T10:56:53.982-03:00Cem novos IF’s e a “anti reunização” de volta em setores da esquerda<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTH9zIGVWyf4kt5097j_mwZ3y_TeJ7223YFCRdzcep8Fv2hU0TqcXh6MRJD9teGVH-lJri5HG6fN8XSheuAiyiwrsSy3HUJZMY1SBXSrSU8uPYPoBypLzHdveBXJkiJIizcbEsPiIJtS_loamJpjH-pQ4cm8wINYhfflglQcOezfjvf5gTcJE99bB2vXw/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTH9zIGVWyf4kt5097j_mwZ3y_TeJ7223YFCRdzcep8Fv2hU0TqcXh6MRJD9teGVH-lJri5HG6fN8XSheuAiyiwrsSy3HUJZMY1SBXSrSU8uPYPoBypLzHdveBXJkiJIizcbEsPiIJtS_loamJpjH-pQ4cm8wINYhfflglQcOezfjvf5gTcJE99bB2vXw/w560-h315/Design%20sem%20nome.jpg" width="560" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Lula durante anúncio dos 100 nos IF's e durante anúncio do REUNI (Fotos: Reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p><br /></p><p>O presidente Lula anunciou a construção de 100 novos institutos federais no país. Em Alagoas, serão mais três nas cidades de Mata Grande, no Sertão; Girau do Ponciano, no Agreste; e em Maceió, capital do estado e que conta com cerca de 1/3 da população alagoana, que passará a contar com quatro unidades. </p><p>Mas o que deveria ser comemorado, por essa iniciativa amplia o acesso ao ensino de qualidade – e público! –, para alguns do campo da esquerda foi tratado com algo quase (ou não) ruim.</p><p>“Ah, mas isso sem aquilo não presta”; “ah, mas e aquilo outro lá?”; “ah, mas aquele outro ponto que não foi abordado?”. Todas as falsas ponderações feitas, apesar de valerem o debate, não eliminam a importância desse anúncio: 100 novos institutos federais de ensino em todo o Brasil.</p><p>Como isso pode ser ruim e não ser celebrado?</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Além do acesso ao ensino, teremos acesso a empregos, tanto de professores quanto de técnicos-administrativos. Teremos incremento na economia com as obras e também com a compra dos produtos que precisam ser adquiridos para o funcionamento destas unidade de ensino.</p><p>Além do fato que a instalação de um instituto federal de ensino, especialmente nas cidades pequenas, muda o perfil social daquela comunidade, pois cria um setor com melhor formação e que tende a promover o desenvolvimento local em médio e longo prazos.</p><p>Um dos reclames que mais tem viralizado é sobre criar as IF’s e não revogar o Novo Ensino Médio (NEM). Uma coisa não tem relação direta com a outra. Esse pensamento parte da premissa que só se pode criar vagas de ensino quando o modelo for o perfeito (para quem?). Debates de caráter mais voltados à concepção das ações públicas levam tempo, têm reveses por causa dos defensores de teses opostas. </p><p>É a mesma linha de raciocínio dos contrários ao Bolsa Família. “Em vez de dar o peixe, ensine a pescar”. No caso, “em vez de criar mais vagas, melhore o modelo”. Ou seja, quem está fora – sem comer ou sem estudar – que espere a elite pensante definir o que é melhor.</p><p>A “anti reunização” usada no título desse texto vem dos embates dentro das universidades por causa do programa REUNI, lançado nos primeiros governos Lula, que garantiu a expansão do ensino superior no Brasil “como nunca antes na História desse país”, como gostava de falar o presidente da República.</p><p>Não foram poucos os setores da esquerda no movimento estudantil, docente e de técnicos-administrativos a repetir a besteira de que não se poderia expandir as universidades enquanto todos os problemas nelas existentes não estivessem sanados.</p><p>Em resumo, quem está sem vaga no ensino superior que espere a perfeição acadêmica para ter o tão sonhado diploma de curso superior.</p><p>Essa lembrança me veio à mente após uma companheira dos tempos de movimento estudantil na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) fazer a associação entre o anúncio das 100 IF’s e o REUNI. Os embates daqueles anos – entre 2006 e 2008, 2009 – surgiram na lembrança imediatamente.</p><p>Só para se ter uma ideia, para se aprovar a criação do campus Delmiro Gouveia da Ufal foi preciso que quase uma centena de estudantes secundaristas da cidade sertaneja viessem a Maceió para garantir – isso mesmo, garantir – a reunião do Conselho Superior da Universidade que aprovou a instalação de uma Ufal lá. (<b><i><span style="color: red;">Um dos registros daquele momento abaixo</span></i></b>)</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0lALM2qbm-Q?si=7MUTLoiJMyDz2nvD" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p>Os “radicais revolucionários” eram contra a expansão da Ufal para as cidades mais pobres. Filhos da classe média, repetiam a besteira de que antes tem de deixar tudo em perfeição para expandir. Ou seja, os jovens sertanejos e aquelas localidades – que hoje se beneficiam aos montes das ações da Universidade – que esperassem a perder de vista.</p><p>A expansão do acesso ao ensino público deve ser feito constantemente e seus problemas serem resolvidos em paralelo. É como trocar o pneu de um carro com ele em movimento. Até porque esse “carro” não pode parar, pois se trata de um veículo que vai levar muita gente e localidades rumo a um futuro de desenvolvimento, seja econômico e/ou social.</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-52518240636948862842024-03-05T11:47:00.005-03:002024-03-05T11:47:32.397-03:00Avaliar cenário eleitoral pelo viés de confirmação leva à derrota (às vezes, acachapante)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1_FObeuj3IFVtOI8N6pybuG5JWUZJOhTtMRhIOs_R4C0_hAZyJPn4wUjieVEayQAGURJy6efJsMMUKYaR3WTNBeADg7Ks4EtNDdiqiKwilOxuliQqgKIYeA3RFZBlwWp7MdA2Ns2Wvr5im69cyWrAoyYDwvefsQRzFcb5qlR-Qkz7_07TCCKFHp5kkA/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1_FObeuj3IFVtOI8N6pybuG5JWUZJOhTtMRhIOs_R4C0_hAZyJPn4wUjieVEayQAGURJy6efJsMMUKYaR3WTNBeADg7Ks4EtNDdiqiKwilOxuliQqgKIYeA3RFZBlwWp7MdA2Ns2Wvr5im69cyWrAoyYDwvefsQRzFcb5qlR-Qkz7_07TCCKFHp5kkA/w550-h310/Design%20sem%20nome.jpg" width="550" /></a></div><br /><p>Este ano de 2024 é marcado pelas eleições municipais. Mais de 5 mil cidades brasileiras elegerão seus prefeitos e vereadores, numa corrida que já começou. Ou melhor, nunca parou. Explico: ganho ou perda de força política e/ou eleitoral é fruto de processo cumulativo, influenciado pelas ações diretas dos atores políticos para tentar moldar a conjuntura em seu favor.</p><p>Mas o que temos visto por aí, especialmente nas disputas das grandes cidades, são análises pelo viés de confirmação e com base de que “o povo acolherá meu discurso, minha posição política, minhas bandeiras”. Doce ilusão dado aos montes para mobilizar incautos ou, pior, para se automobilizar.</p><p>Candidaturas vitoriosas – especialmente, as majoritárias – são aquelas que se encaixam na conjuntura no momento eleitoral, dando aos eleitores médios aquilo que eles desejam como governantes. No caso deste ano, prefeitos.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Nas cidades pequenas, aquelas em que prefeitos e vereadores muitas vezes deixam até mesmo a porta de suas casas abertas para as pessoas ali transitarem, o fator da pessoalidade tem um peso bastante considerado. Definidor, até, eu diria.</p><p>Mas nas cidades grandes, onde mal se vê os políticos no meio da rua, numa padaria, bar, restaurante, onde prefeitos são, para a maioria da população, personagens de jornais, revistas, sites e televisão, vale a avaliação de governo. Se a gestão é boa, o eleitor médio vota para que ela continue. Se é ruim, para trocar. Pragmatismo é a palavra de ordem.</p><p>Estes eleitores não acompanham os pormenores da política, a posição dos partidos e personagens da política. O que eles sabem é o que veem no dia a dia, se sua vida está boa ou não; se melhorou nos últimos anos ou não. </p><p>Evidente que há outros elementos que fazem os eleitores terem as posições que possuem. A depender do cotidiano desse eleitor, entram na conta questões morais e/ou filosóficas. O grau de subjetividade na avaliação de governo está associada ao tempo para reflexão dessas questões. Se uma pessoa acorda às 3h30 da madrugada, faz seu café da manhã e sua marmita, sai de casa às 4h45 em direção ao ponto de ônibus – ou estação de trem ou metrô – passa duas horas dentro do transporte, trabalha por 8 horas, faz o longo caminho de volta para casa. Que horas esse eleitor vai analisar os pormenores da política?</p><p>Logo, para haver uma troca de governo é necessário que haja um ambiente de mudança no eleitorado. Havendo, o escolhido será aquele que capitalizar esse sentimento.</p><p>Dito isso, e citando o caso de Maceió por ser a cidade em que resido, tenho visto muitas análises de que algo acontecerá e mudará o cenário eleitoral até outubro, ou mesmo a aposta na polarização contra o bolsonarismo. Os “elementos de esperança” vão desde traições no grupo do prefeito a algum fato imponderavelmente grande para dar um giro na percepção da população acerca da gestão do João Henrique Caldas (PL).</p><p>João Henrique Caldas passou três anos passeando na Prefeitura de Maceió, sem oposição para apontar suas falhas, colocando a lente de aumento nelas que as oposições fazem por dever de ofício. Isso é, e sempre foi, da política. O que não vale é inventar fatos. Mas destacar as falhas e enaltecê-las é do jogo.</p><p>Somente no final do atual mandato foi que se tentou dar corpo à oposição ao atual prefeito de Maceió, mas aí a “Inês é morta”.</p><p>No último ano, ocorreram dois fatos com potencial para abalar a aceitação da gestão municipal: a compra do Hospital do Coração, feita com recursos oriundos da Braskem e sob acusações de superfaturamento; e o tal contrato de indenização firmado por João Henrique Caldas e a mineradora.</p><p>O contrato ganhou notoriedade – inclusive, nacional – após a notícia do colapso da tal mina 18. O acordo firmado deu até quitação de danos futuros provocados pela exploração criminosa de sal-gema. Por um breve período de tempo, no fim de 2023, o prefeito de Maceió ficou no corner, pela primeira e única vez em seu mandato.</p><p>O tema abalou sua popularidade, fazendo-a baixar cerca de 13 pontos percentuais, segundo pesquisas do Ibrape (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://edivaldojunior.blogsdagazetaweb.com/avaliacao-positiva-de-jhc-cai-13-pontos-em-dois-meses-aponta-pesquisa/#:~:text=A%20gest%C3%A3o%20do%20prefeito%20de,13%20pontos%20percentuais%20(p.p.)." target="_blank">LEIA AQUI</a></span></i></b>). Mas essa discussão não teve fôlego. A oposição não soube fazer essa “sopa” render.</p><p>E essa mesma oposição, neste momento, vem com a tática de lançar muitos nomes para tentar minar o eleitorado que tende a votar pela reeleição. A chance de isso dar errado é enorme, assim como apostar no combate ao bolsonarismo.</p><p>Bolsonarista o atual prefeito de Maceió é. Mas dá para colar essa imagem nele, ainda mais agora a poucos meses do pleito?</p><p>João Henrique Caldas anunciou apoio a Bolsonaro do primeiro para o segundo turno da eleição presidencial de 2022. Ele estava no PSB, do vice de Lula, Geraldo Alckmin. A notícia fez parecer que ele “mudou de lado”, mas na verdade só se revelou.</p><p>E esse movimento não deu um mísero voto a Bolsonaro em Maceió. O prefeito o fez para se aproximar da maior parcela de eleitores da capital alagoana, uma vez que o ex-presidente venceu o primeiro turno na cidade.</p><p>O prefeito foi até os eleitores e não estes de votaram em que ele apoia!</p><p>Mas depois disso, João Henrique Caldas não fez uma bolsonarice raiz. Não agrediu mulheres, não agrediu os negros, não agrediu a esquerda e nem foi receber Bolsonaro quando este veio a Alagoas para as festas de fim de ano. Nada disso. Aliás, durante o auge da pandemia de covid-19, não teve postura negacionista.</p><p>É difícil colar a imagem de bolsonarista junto ao eleitor médio. E muitos eleitores de Lula votarão nele, seja por isso, seja por rejeição às alternativas postas.</p><p>Sobre rachas em seu grupo, o nome mais forte dele é o deputado federal Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, e que tenta emplacar o vice na chapa, já que este herdará a Prefeitura em 2026. João Henrique Caldas será candidato daqui a dois anos. Neste momento, a governador.</p><p>Premissas falsas, dado ao poder político de Arthur Lira, fazem parecer que o prefeito é que depende eleitoralmente do deputado. Mas é o oposto. Na eleição em Maceió, é o todo poderoso de Brasília que depende do prefeito-influencer.</p><p>Apesar de parecer, não afirmo que a conjuntura restará imutável até as eleições. Até porque a política é como a nuvem, bateu um vento e ela mudou de lugar. </p><p>Em minha avaliação, a popularidade do prefeito só pode ser abalada se as falhas de sua gestão que atingem ao menos a maioria dos maceioenses for explorada, colocada em caixas de ressonância para que todos escutem e vejam. Mas isso tem de ser feito de forma objetiva, concreta.</p><p>O melhor exemplo que tivemos foi a história do contrato com a Braskem e temos aí uma sopa que precisa render mais, mas se ficar aguada, não servirá de muita coisa.</p><p>E para a Câmara Municipal?</p><p>Eleições parlamentares são nichadas. Seja por região ou segmento da sociedade. Nesta disputa, cabe apostar no combate ao bolsonarismo. Afinal, Bolsonaro venceu em Maceió, mas teve muito voto contrário também e estes eleitores podem optar por uma Câmara Municipal mais progressista. </p><p><br /></p><p><b><i>*Esta linha de raciocínio vale para outras cidades, especialmente as cidades grandes e capitais.</i></b></p><p><br /></p><p><b><span style="color: red; font-size: x-large;">ASSISTA TAMBÉM</span></b></p><p><br /></p><p><br /></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/PAgmS20F64Q?si=KFgUK-Feg7yUYkhq" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/rvG4QwoII50?si=u48sL6eUlsVueRvw" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nUprUmYLWmI?si=Zb1Rzis6bIBKdQ-I" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-85506194797225995922024-02-15T19:34:00.003-03:002024-02-15T20:48:01.815-03:00Colocação da Beija-flor no Carnaval carioca e a rasa oposição em Maceió<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHCrEO11bmABDN9G0MNKtHN7sk9VVMWkAGtK0f545r6T-r5lNlRguHeBDNq9T-8oof3YcFtfcSf-ruDVV5ClPptuJNU4fypuyii00OeFx4np8hkk0SHn-RXkdZqobnm99UEBDXCmBTmGvQmP1LTnQp9R702iGST-_G1VNe-47XrmZtE3UhiVaNhvPRvD0/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="330" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHCrEO11bmABDN9G0MNKtHN7sk9VVMWkAGtK0f545r6T-r5lNlRguHeBDNq9T-8oof3YcFtfcSf-ruDVV5ClPptuJNU4fypuyii00OeFx4np8hkk0SHn-RXkdZqobnm99UEBDXCmBTmGvQmP1LTnQp9R702iGST-_G1VNe-47XrmZtE3UhiVaNhvPRvD0/w586-h330/Design%20sem%20nome.jpg" width="586" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>JHC ignora problemas e torrou milhões com a Bejia-flor (Fotos: Reprodução e Secom)</i></td></tr></tbody></table><br /><p>A Beija-flor ficou em oitavo lugar nos desfiles de escola de samba do Rio de Janeiro. O resultado ruim virou motivo de críticas ao prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, por causa do milionário patrocínio dado pelo Município à Beija-flor para que esta falasse sobre a capital alagoana.</p><p>“Olha lá, R$ 8 milhões, oitavo lugar”; “Dinheiro jogado fora com a Beija-flor em oitavo lugar”. Em resumo, esses foram aos argumentos mais usados após o resultado daquela competição no Rio de Janeiro.</p><p>Mas esse argumento é raso, superficial, algo típico em tempos de redes sociais.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Tivesse a Beija-flor vencido o concurso, o aporte milionário para JHC usar em sua campanha à reeleição teria valido a pena?</p><p>Tivesse a Beija-flor vencido o concurso, a falta de creches, de atendimento básico em saúde, saneamento ou incentivo à cultura local seriam deixados de lado?</p><p>Tanto faz o resultado que a Beija-flor obteve no concurso de escolas de samba do Rio de Janeiro. E pior, o argumento bastante usado é tão raso que é relativamente fácil a turma do instagramável rebater. “Olha lá, estão vendo, são contra a divulgação de Maceió”; “Vejam, não querem que Maceió seja vista para mundo”, ou coisa que o valha.</p><p>E, de fato, para quem não acompanha o debate sobre como o prefeito de Maceió usa os recursos públicos – e não achem que a maioria da população o faz. Aliás, é o contrário –, pode pensar que se trata de simples mal agouro de opositores.</p><p>Em tempo de superficialidade extrema das redes sociais, onde a lacração e frases de efeito geram engajamento e emojis de palminhas, tratar do que importa é navegar contra a maré.</p><p>Maceió vive um drama que não terá fim tão cedo devido à exploração criminosa da Braskem em poços de sal-gema em área urbana. São 35 no total. </p><p>Maceió, através de JHC, vendeu cerca de 20% de sua área urbana à Braskem por míseros R$ 1,7 bilhão, enquanto dezenas de milhares de famílias viram suas vidas, suas histórias – literalmente – descer por um buraco.</p><p>Maceió não oferta às mães mais pobres, creches para que possam deixar seus filhos em segurança e saírem para garantir o pão à mesa. O prefeito recusou 20 creches do CRIA, programa do Governo do Estado, dedicado à primeira infância.</p><p>Maceió não paga aos artistas locais. Os forrozeiros estão há quase um ano sem receber a ninharia que o Município lhes ofertou.</p><p>No megalomaníaco festival de Verão na cidade, nenhum artista local pôde se mostrar para sua gente.</p><p>É isso que importa. Não a colocação da Beija-flor, que está no Rio de Janeiro com seu status de escola global ou o “Flamengo do samba”.</p><p>Com uma oposição assim, não fica difícil explicar por que JHC, muito provavelmente, vai sambar vitorioso em outubro deste ano.</p><p><br /></p><p><span style="font-size: large;"><b><span style="color: red;">ASSISTA TAMBÉM</span></b>:</span></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nUprUmYLWmI?si=Oy9LpUX9_EwQUhfJ" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nLeUs7zBDpU?si=BcZPOHvYPTLF1D3L" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kExfI2SuiOw?si=hA-eNR28CVj38o3S" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/rvG4QwoII50?si=uboTQUeu6xrXSZt1" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-38010834558845814812024-02-03T16:56:00.003-03:002024-02-03T16:56:56.300-03:00Precisamos mudar nosso comportamento nas redes sociais/internet<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgesU-KZVpJKxbklodOB_MzILNQcwh9dIPIzcFFFbzPco7l7hx8IHTzEXJkCxUffgu1eNA8XglSF7kvygIL7-muPV3WM8q6qmOzKOeEHuPzB4z0w6fw2LbAIqw_KU7wbuwyrrOku2FbRTHpBuect2PIMtJ_k7c6ZtvS_JxoSrWtqcJM9U3E1z1Se26jlgI/s1000/REDES%20BLOG.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="570" data-original-width="1000" height="309" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgesU-KZVpJKxbklodOB_MzILNQcwh9dIPIzcFFFbzPco7l7hx8IHTzEXJkCxUffgu1eNA8XglSF7kvygIL7-muPV3WM8q6qmOzKOeEHuPzB4z0w6fw2LbAIqw_KU7wbuwyrrOku2FbRTHpBuect2PIMtJ_k7c6ZtvS_JxoSrWtqcJM9U3E1z1Se26jlgI/w544-h309/REDES%20BLOG.png" width="544" /></a></div><br /><p><br /></p><p>Somos muito suscetíveis às narrativas que tiram fatos de contexto, mesmo aqueles mostrados em vídeo. Geralmente, nas redes sociais circulam trechos de frases de efeito, sejam elas positivas ou negativas.</p><p>Nosso comportamento é – quase – sempre o de engajar por impulso ou por achismo. Achamos algum conteúdo bom ou ruim somente pelo título ou imagem visualização que os links geram nas redes sociais.</p><p>Se esta imagem é de Lula ou Bolsonaro, para citar os dois principais personagens da política brasileira neste momento, o repasse adiante e a formação de certeza do que se trata o conteúdo ofertado é instantâneo. Seja positiva ou negativamente.</p><p>Em plataformas como o Twitter (ou X), os reposts ocorrem aos montes, como se repetir uma “verdade” nossa desenfreadamente fosse torná-la absoluta para todos.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>É um misto de efeito manada, viés de confirmação e preguiça em refletir sobre o assunto em questão. E se o conteúdo vier de alguém que nos referenciamos, esse comportamento aumenta.</p><p>Ainda falando no twitter e me citando como exemplo – para não falar dos outros –, a quantidade de repostagens dos conteúdos que faço é enormemente maior que os cliques nos links que disponibilizo. Sem falar nos comentários que nada tem a ver com os textos ou vídeos que ofertei.</p><p>Outra característica desse comportamento é a não auto permissão para ler, ver ou ouvir todo o conteúdo proposto ao surgir uma palavra ou frase que nos soa discordante. Nem ao menos nos permitimos mais tempo para entender o contexto do que está sendo exposto.</p><p>E é esse tipo de comportamento que nos faz, inclusive, cair em falsas polêmicas, como as recentes falas de Lula sobre candidaturas ou sobre a menina negra no evento da fábrica automotiva.</p><p>Lula não disse que não se pode ter candidaturas de negros ou indígenas, ele defendeu que esse não seja somente o motivo para alguém ser candidato e que é preciso ter inserção em movimento social, tem força política real para que isso se transforme em votos. Lula também não agiu para desmerecer a garota negra, mas ele repetiu o que muitos ali poderiam pensar ao vê-la no palco sem ter sido citada, sem ser liderança política, empresarial ou artista. A jovem, como ele enfatizou ao final da fala, se destacou através do estudo ao tempo em que trabalhava na fábrica.</p><p>Defendemos ou atacamos sem ao menos ouvir o que de fato foi dito, o que veio antes o que veio depois. Ficamos somente com aquela pinçada e pronto. Concordamos ou discordamos. Está certo ou errado e ponto final.</p><p>Se não pararmos com isso, seguiremos gritando a esmo, num ambiente onde todo mundo fala, mas ninguém escuta.</p><p>Precisamos ouvir, ler e assistir mais o que nos aparece em nossas telas de computadores e celulares. Ser atentos para entender o que está sendo dito ou se querendo dizer, compreender o contexto dos argumentos. Daí, concordar ou discordar, no todo ou em parte, vai de cada um.</p><p>Que a extrema-direita fique agindo como manada, sem reflexão e só na base da reafirmação por repeteco. Nós, não.</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-24300234603187949502024-01-24T20:48:00.004-03:002024-01-25T05:51:47.776-03:00Reação à fala de Nando Reis em Maceió ajuda a extrema-direita<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgssf6WohNyo1nxa9CTL2j-F8JnDYz6iC7WT6lKsOLrczwzWGjbE2LXG27KnBzHfSa4iSjx2NXgX6uBHlFlC_Rs98LYYeuIJtCTsKvNGVeKwRGmjgD3I_dQtpgLV6b_bjjRjcNznsD0OCdfQjGTpEnitsmu9vqA099_1p9ZG8zbexMf4da9N-mtjBaqJ4A/s678/images%20(1).jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="678" height="342" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgssf6WohNyo1nxa9CTL2j-F8JnDYz6iC7WT6lKsOLrczwzWGjbE2LXG27KnBzHfSa4iSjx2NXgX6uBHlFlC_Rs98LYYeuIJtCTsKvNGVeKwRGmjgD3I_dQtpgLV6b_bjjRjcNznsD0OCdfQjGTpEnitsmu9vqA099_1p9ZG8zbexMf4da9N-mtjBaqJ4A/w514-h342/images%20(1).jpeg" width="514" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nando Reis pediu a prisão de Bolsonaro em Maceió (Alisson Frazão/Secom Maceió)</td></tr></tbody></table><p><br /></p><p>A participação do cantor Nando Reis num festical promovido pela Prefeitura de Maceió ganhou repercussão nacional, não pelas músicas apresentadas, mas por uma falsa polêmica que só poderá dar resultados eleitorais à extrema-direita.</p><p>Num momento de sua apresentação, Nando Reis pediu a prisão de Jair Bolsonaro e boa parte público se agitou positivamente com aquilo. Apesar de Bolsonaro ter vencido em 2022, nos dois turnos em Maceió, o público deste músico é majoritariamente anti Bolsonaro.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Nando Reis já vem há muito tempo criticando Bolsonaro em seus shows. Logo, o que fez em Maceió não é novidade e, em boa medida, esperado.</p><p>Mesmo assim o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, o contratou e não fez qualquer comentário sobre a fala do cantor. </p><p>Muitos entenderam o gesto de Nando Reis como uma afronta ao prefeito bolsonarista da capital alagoana, mesmo que sem querer ou de forma indireta. Houve até quem comemorasse a exposição do posicionamento político do artista.</p><p>Quem se meteu a posar de indignado com a fala do ex-Titãs foi o vereador Leonardo Dias (PL). Bolsonarista desses que parecem um meme andante, ele chegou a oficiar a Prefeitura de Maceió para que suspenda o pagamento do cachê de Nando Reis.</p><p>Nem a Prefeitura nem JHC se manifestaram, até o momento em que escrevo esse texto, sobre o ocorrido. Tampouco sobre o pedido do vereador.</p><p>E, sinceramente, o vereador sabe que seu pedido não será materializado. Mas ele ja ganhou politicamente com isso, assim como JHC.</p><p>Franco favorito para a eleição de 2024, JHC não só tem votos de bolsonaristas, apesar de ser um. A diferença é que ele tem roupagem mais light, digamos assim, e, consequentemente, eleitorado mais amplo.</p><p>Além do que, e até por seu perfil, a polarização nacional pouco ou nada vai interferir no pleito para prefeito de Maceió em outubro deste ano.</p><p>E o fato de não se incomodar com a manifestação de Nando Reis, dá a JHC ares de democrático, diminuindo uma barreira para receber votos de "lulistas" maceioenses. Eleições municipais, na maioria das cidades, se pautam quase exclusivamente pelas questões locais.</p><p>Já no caso do vereador, ele aparece mais para sua cesta de votos: os bolsonaristas raiz, aqueles mais mimeticos. E isso vai ajudá-lo nas eleições, uma vez que outro reivindicadores desse espectro político também tentarão uma vaga na Câmara Municipal de Maceió.</p><p>Em resumo: a super exposição dessa história, incluaive já na mídia nacional, só favorece à extrema-direita. Seja a trabalhada no Palmolive, seja a de memes andantes.</p><p><br /></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-8948513596271378002024-01-20T16:14:00.003-03:002024-01-20T16:14:34.139-03:00Aldo Rebelo e a importância da autovigilância ideológica<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAjkgee8E_3DU9kbAPKc95Ri3ho0cH2IJ2f5GamD-uEX7tcbSfN3P35Lmvtbl3YdjLZRh9TyhTwgKaiiql4wp3GGwPaslpvVQ3FZkilZDKbLDl7eCdxLFAvcBJcO8HKnzt8cw9tOvNYknF7VooMXKsyfeG-u7CNLuw6LKCXgN1bBgFqnLyYwT2Gkzwicw/s959/ALDO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="959" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAjkgee8E_3DU9kbAPKc95Ri3ho0cH2IJ2f5GamD-uEX7tcbSfN3P35Lmvtbl3YdjLZRh9TyhTwgKaiiql4wp3GGwPaslpvVQ3FZkilZDKbLDl7eCdxLFAvcBJcO8HKnzt8cw9tOvNYknF7VooMXKsyfeG-u7CNLuw6LKCXgN1bBgFqnLyYwT2Gkzwicw/w579-h326/ALDO.jpg" width="579" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, e Aldo Rebelo (Foto: Prefeitura de São Paulo)</i></td></tr></tbody></table><br /><p><br /></p><p>O ingresso de Aldo Rebelo (PDT) no secretariado de Ricardo Nunes (MDB) na cidade de São Paulo voltou a criar certo reboliço com a postura do outrora comunista, ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff e ex-presidente da Câmara dos Deputados. Pelo histórico do alagoano de Viçosa, a cobrança de firmeza ideológica é grande, mas esse movimento à direita – bem à direita – de Aldo Rebelo não é novidade na política. Tampouco o inverso.</p><p>Outro alagoano ilustre da política nacional que vem movimento semelhante, mas no sentido oposto, foi Teotonio Vilela, o “Menestrel das Alagoas”. De apoiador do golpe de 1964, o também viçosense morreu na linha de frente contra a ditadura e chegou a defender “pegar em armas” pela América do Sul. Essa fala está registrada no documentário “O evangelho segundo Teotonio”. (<b><i><span style="color: red;">ASSISTA ABAIXO</span></i></b>)</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Recentemente, Aldo Rebelo até se aproximou do grupo Nova Resistência, de extrema-direita que atua dentro do PDT. Mais frio que Ciro Gomes, ele deixa transparecer menos sua mágoa com o PT e com o restante da esquerda. Mas esse sentimento – aposto – foi o catalisador para que ele guinasse à direita na política nacional.</p><p>Após deixar o PCdoB, onde Aldo Rebelo já vinha há muito tempo tendo atritos internos – e eu sei disso porque já militei no PCdoB –, ele saiu migrando de partido em partido até parar no PDT. Com Ciro Gomes como expoente, encontrou o parceiro ideal para dividir a raiva que sente do PT e do restante da esquerda como um todo. </p><p>E essa movimentação de Aldo Rebelo só reforça a importância de nos mantermos vigilantes ideologicamente com nós mesmos. A vida é dura com quem é de esquerda, ao contrário do que pensa a horda da extrema-direita. Como dizia Leonel Brizola, “quem é de esquerda é condenado para a Sibéria”.</p><p>Brizola usa essa figura de linguagem para ressaltar que as pessoas ideologicamente de esquerda tinham os espaços em locais de trabalho fechados, menos oportunidade e sempre perseguidos se por ventura conquistassem algum bem material. O que é o tal “comunista de iphone” se não uma forma de intimidação, cujo objetivo é fazer as pessoas de esquerda se esconderem do convívio em sociedade.</p><p>Ser de esquerda é uma luta diária contra o cotidiano. Os valores dominantes – que são o da classe dominante – nos impõe teste de força ideológica diariamente. É mais fácil aderir ao modelo hegemônico do que transitar por ele sabendo que da necessidade de sua superação.</p><p>Quando isso vai para a esfera da política institucional, muitos que se sentem preteridos, injustiçados ou mesmo perseguidos – seja lá pelo que for – acabam migrando para onde lhe é dado sombra e encosto. Geralmente, se sai da esquerda para a direita, em maior ou menor grau.</p><p>Ter paciência histórica, compreender avanços e reveses e nunca perder a consciência de que a realidade é dialética e contraditória, é o mais duro dos exercícios ideológicos a se fazer para quem é de esquerda. Muitas vezes, a vontade é mandar tudo às favas, chutar o balde e cuidar da própria vida ou ir para o outro lado, devido à sedução por “facilidades” e “aceitação”, batem à porta.</p><p>A guinada à direita de Aldo Rebelo é mais uma amostra do que pode acontecer se nos deixarmos levar por ranhuras ou distratos nas relações políticas, esquecendo nosso objetivo estratégico, nosso horizonte.</p><p><br /></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/B6hm3IL2or8?si=7glFfZha7wnsrxsc" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-22707824441702577142024-01-09T11:10:00.002-03:002024-01-09T11:10:16.272-03:00O que gera emprego é pujança econômica, o resto é lorota<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaqqmjCRSu4EAnLsQcQoW7DjwEpFZMzDovitsAGZJ_iwOtv-mBXKamaz9OacRDoo_i5Xy28QLokXuTi9WREfDr4NchubxBQEXcUhGhylEJRNjAX4nm-8Rgn5TwO4WVeyLQL3ndIiRhx9Kynjy84SCw_1ntCOch1dVcbWoTQL4fUBqqC469TkL2Hh2RgAE/s660/carteira%20tralho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><i><img border="0" data-original-height="438" data-original-width="660" height="371" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaqqmjCRSu4EAnLsQcQoW7DjwEpFZMzDovitsAGZJ_iwOtv-mBXKamaz9OacRDoo_i5Xy28QLokXuTi9WREfDr4NchubxBQEXcUhGhylEJRNjAX4nm-8Rgn5TwO4WVeyLQL3ndIiRhx9Kynjy84SCw_1ntCOch1dVcbWoTQL4fUBqqC469TkL2Hh2RgAE/w561-h371/carteira%20tralho.jpg" width="561" /></i></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Em 2014, Brasil chegou ao pleno emprego (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília)</i></td></tr></tbody></table><br /><p><br /></p><p>Todas as vezes que o debate sobre geração de empregos vem à tona no Brasil, o grande empresariado, com apoio da mídia hegemônica, impõe o discurso de que é preciso retirar direitos trabalhistas ou reduzir impostos. No caso mais recente, desonerar a folha de pagamentos.</p><p>Jogam sempre com a lorota de que isso os fará contratar mais pessoas, já que o Brasil “é muito ruim para quem é empresário”. Esse discurso rasteiro é de fácil assimilação pela média da população, mas não passa de uma grande invencionice.</p><p>O que faz aumentar a geração de empregos é pujança econômica, é a máxima do capitalismo, inclusive, de oferta e demanda. Quando mais demanda se tem por um produto ou serviço, mas oferta será necessária para atendê-la.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Logo, se a economia está bem, crescendo, a lógica diz ser preciso ampliar a oferta e para isso é necessário contratar trabalhadores. </p><p>O Brasil já chegou ao pleno emprego – para os moldes do capitalismo – em 2014, quando o desemprego atingiu o menor patamar já registrado: 4,8%. Naquele ano, não havia ocorrido a reforma trabalhista.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHpgUOzRePDwtiFFJckK4V1oM5W5ZEE6WSysQSdbOISCFIEasIWIGNaWjXgFDc400jfc9QF23m51hgOyzPqH4T-5UppxXML6k_2zqYTXAFai77bBvkRuWOXQKtsWfCaJeziBy9sVitpIjl57epGM7znqB0yHUWeksx77RJmzXM1mTcfkf_Q4zvlpEjWlQ/s1036/emprego%20historico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="492" data-original-width="1036" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHpgUOzRePDwtiFFJckK4V1oM5W5ZEE6WSysQSdbOISCFIEasIWIGNaWjXgFDc400jfc9QF23m51hgOyzPqH4T-5UppxXML6k_2zqYTXAFai77bBvkRuWOXQKtsWfCaJeziBy9sVitpIjl57epGM7znqB0yHUWeksx77RJmzXM1mTcfkf_Q4zvlpEjWlQ/w554-h263/emprego%20historico.jpg" width="554" /></a></div><br /><p><br /></p><p>Em 2011, a então presidenta Dilma Rousseff (PT) concedeu a tal desoneração da folha de pagamentos a 56 setores da economia, o que gerou renúncia fiscal de R$ 22 bilhões em 2014. Os empresários se dispuseram a investir na modernização e ampliação de suas empresas e aumentar a contratação de trabalhadores. Mas isso não ocorreu. Provavelmente, saíram investindo essa sobra de dinheiro por aí.</p><p>Mas naqueles anos, o Brasil vivia seu auge econômico – ao menos no período democrático. Logo, a renúncia fiscal era pouco, ou quase nada, sentida. </p><p>Entretanto, o país já vivia uma turbulência política com a Lava Jato sendo endeusada pela elite nacional através da mídia hegemônica, o que se refletiu na economia brasileira. </p><p>Quando a política está mal, a economia também está. A economia pode até estar mal das pernas com a política em mar tranquilo, mas o contrário não ocorre.</p><p>Assim, é a pujança econômica que garante a contratação de trabalhadores. E não mudanças de lei aqui e acolá. Isso só serve para manutenção ou ampliação de desigualdades, em qualquer nível que se queira pontuar.</p><p>No momento atual, o governo Lula, ainda para a aprovação da PEC da Transição, se comprometeu com o tal do déficit zero para 2024. Portanto, precisa aumentar sua arrecadação para manter programas sociais, de infraestrutura e investimentos em áreas como educação e saúde. </p><p>Nesse sentido, por menor que seja o valor da oneração da folha de pagamentos nesse bolo, todo recurso arrecadado ajuda.</p><p>E é sempre bom lembrar que a PEC da Transição garantiu a volta do Bolsa Família, Farmácia Popular, Minha Casa Minha Vida, aumento real do salário mínimo e, até, o fechamento das contas de Bolsonaro em 2022. Além de prever deficit de R$ 240 bilhões em 2023. Ou seja, o governo Lula ainda ficou a R$ 100 bilhões dessa previsão.</p><p>Para 2024, o centrão conseguiu aprovar no Congresso Nacional uma fatia muito maior do Orçamento da União, o que só aumenta a necessidade de criar fontes de arrecadação. </p><p>Se a economia brasileira estiver bem, a aprovação de Lula na Presidência da República tende a aumentar. Se aumenta, ele consegue ficar politicamente mais forte em relação ao Congresso Nacional e à elite econômica brasileira. E é também por isso o dramalhão em relação a desoneração da folha de pagamentos.</p><p>É evidente que essa medida dá alguma ajuda, especialmente aos pequenos empresários. Mas em larga escala, não gera efeito concreto quase nenhum. Tudo balela para deixar ainda mais ricos os muito ricos do país. </p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-46293199085566351272024-01-05T10:00:00.005-03:002024-01-05T10:00:24.470-03:00Nem no grito: Arthur Lira quer impedir partidos pequenos de acionar STF<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-KRIaor6L64kIT7_eibdgNSZLkb_ZPRdTP6NSMvOX6XgfS7YLYP3kWBam1vcXbvWt_fqRZ3b4e_mgKW0wHCqJFnpElVyM87vMNoDTptLoWFsV9wbMoo8ddo_tKylk1szLw4q0dp_G0bDhyphenhyphendw6xf3EQy17QY-zscUpWtvpKI-CUTc1fhoVULNVL_f7ngA/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-KRIaor6L64kIT7_eibdgNSZLkb_ZPRdTP6NSMvOX6XgfS7YLYP3kWBam1vcXbvWt_fqRZ3b4e_mgKW0wHCqJFnpElVyM87vMNoDTptLoWFsV9wbMoo8ddo_tKylk1szLw4q0dp_G0bDhyphenhyphendw6xf3EQy17QY-zscUpWtvpKI-CUTc1fhoVULNVL_f7ngA/w565-h318/Design%20sem%20nome.jpg" width="565" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados (Foto: Reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p>É fato que a política brasileira já vem há muito tempo judicializada. Sempre – ou quase sempre – quando algum segmento perde alguma questão nos parlamentos, em especial o Congresso Nacional, logo se procura acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter o insucesso na seara política. Eu até penso que esse mecanismo é usado em demasia e que isso prejudica a política, mas há casos e casos. Dito isso, discordo de mecanismos que centralizem ainda mais poder.</p><p>A proposta que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) quer aprovar é o impedimento que partidos pequenos possam impetrar Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) no STF. Ou seja, tirar dessas legendas o direito de ação, um dos pressupostos de qualquer democracia.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Numa democracia, todos têm direito de ação, de poder acionar o Poder Judiciário para decidir sobre questões. E não que isso implique não haver ações que somente organizações possam impetrar. Até aí, tudo bem, por que imaginem se cada brasileiro resolver acionar o Judiciário para derrubar uma lei recém-aprovada. Seria uma confusão daquelas.</p><p>Por isso, garantir aos partidos constituídos o direito de impetrar ADIs, em meu ver, deve ser mantido. Se a legislação brasileira dá à determinada agremiação o status de partido político, todos, independente de seu tamanho no Congresso Nacional, têm o direito de usufruir das prerrogativas que as legendas possuem no país.</p><p>Se contar que após os partidos pequenos, quem mais poderá perder o direito a ingressar com ADIs? As autarquias, como a OAB? Não limites para isso depois que começa.</p><p>O que deve mudar, penso, é o critério que os partidos adotam para ir ao STF tentar reverter uma votação perdida no parlamento. Gasta-se muita energia com isso, em vez de buscar se fortalecer junto à população, a projetar lideranças, ocupar espaços, ganhar capilaridade política.</p><p>É evidente, repito, haver casos de a busca pelo Judiciário ser necessária, mas em demasia, prejudica a política e o próprio Poder Judiciário que fica – ainda mais! – politizado, especialmente com a midiatização deste poder que, precisamos ressaltar, começou lá trás no início dos anos 2000. Se quiser um marco, tenha o início dos trabalhos da TV Justiça como parâmetro.</p><p>Se essa medida for aprovada e o STF não a considerar inconstitucional, na prática tirou dos partidos menores o direito de gritar, metaforicamente falando. Ou seja, mais concentração de poder para poucos.</p><p>Se já não temos uma variedade político-ideológica razoável no Congresso Nacional, a concentração de poder com essa medida fica ainda maior. Em minha avaliação.</p><p>A única coisa à qual concordo com Arthur Lira é que a política está muito judicializada. Mas em vez de salvar a política, a proposta vai aproximá-la da morte. Política se pluralidade ideológica é só faz de conta.</p><p><br /></p><p><b><span style="color: red;">ENTENDA</span></b>: <a href="https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/lira-quer-projeto-para-limitar-poder-de-partidos-recorrerem-ao-stf">https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/lira-quer-projeto-para-limitar-poder-de-partidos-recorrerem-ao-stf</a></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-8516024434873058852023-12-31T08:44:00.003-03:002023-12-31T08:48:54.700-03:002023 nos deu esperança, mas também mostrou enormes dificuldades a superar<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1t8on9tZQM_TT6Yejjl3xOWZUw6qwq0clCFcWqAHmA53sYFNA5u4Vo56RigKDbgClUFNBcq90k-w6b4CZKSzV5Bt8hUG4TaGZPGnjHcvNSAnmYk7BpP-MokaBAaiWYMg0zZjQhnMKfzFfpnDeMwYgcsTWPXqDNj2-_yVzrkG-XUOaDDq0t19xZe5IcpQ/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1t8on9tZQM_TT6Yejjl3xOWZUw6qwq0clCFcWqAHmA53sYFNA5u4Vo56RigKDbgClUFNBcq90k-w6b4CZKSzV5Bt8hUG4TaGZPGnjHcvNSAnmYk7BpP-MokaBAaiWYMg0zZjQhnMKfzFfpnDeMwYgcsTWPXqDNj2-_yVzrkG-XUOaDDq0t19xZe5IcpQ/w567-h318/Design%20sem%20nome.jpg" width="567" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><i> Quatro dos principais momentos políticos de 2023: posse de Lula,
ataques de 8/01, unidade dos poderes e promulgação da
reforma tributária (Fotos: reprodução)</i></p></td></tr></tbody></table><br /><p>O ano de 2023 começou de maneira eufórica. A posse de Lula na
Presidência da República simbolizou o tom de seu terceiro governo,
que tem como objetivo ser inclusivo e reconstruir o Brasil após seis
anos – de Michel Temer a Jair Bolsonaro – de desmonte de
políticas públicas e conquistas do povo brasileiro.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Ainda mesmo antes de
tomar posse, Lula articulou garantias para que seu governo pudesse,
de fato, ter início. A PEC da transição foi criada para garantir a
volta do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, do reajuste do
salário mínimo acima da inflação, reposição de recursos às
universidades, volta do Farmácia Popular etc. A PEC também ajudou à
(des) gestão da dupla “bolsoguedes” a fechar as contas de 2022.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Mas logo na primeira
semana de 2023, o Brasil e o mundo viram milhares de aloprados
ensandecidos destruírem as sedes dos três poderes, inflados por
Jair Bolsonaro e sua horda nas redes sociais e, infelizmente, já em
espaços políticos. O que os patriotários esperavam não ocorreu e
aquele episódio gerou unidade entre os poderes do Estado brasileiro.
“Sem golpe”.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Ao menos não
daquela maneira.</p><span><a name='more'></a></span><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">O ano também
começou com um intricado xadrez para conquistar base de apoio no
Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados. A
esmagadora maioria dos parlamentares eleitos em outubro de 2022 é do
chamado centrão que, após o golpe de 2016, ficou mais acintoso em
sua forma de pressionar o Poder Executivo.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Se em 2003, a
divisão de poder com espaços em ministérios e órgãos estatais já
garantiam apoio no parlamento para quase a totalidade dos temas
pautados pelo Planalto, agora – vinte anos depois, não mais.
Apesar de a quantidade de parlamentares ideologicamente próximos a
Lula ser praticamente a mesma da eleita em 2002, a forma de “matar
a fome” desse setor da política nacional mudou.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Após o golpe de
2016, estes parlamentares foram ampliando seu poder em Brasília e,
consequentemente, o acesso a recursos do Orçamento da União. As
emendas foram se tornando cada vez mais obrigatórias, tirando do
Poder Executivo sua função primária: executar o orçamento
público.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Parlamentares do
centrão não defende agenda alguma para a sociedade, não defende
ponto de vista algum. Eles apenas se comportam como “mini-executivos”
levando recursos para suas bases eleitorais e assim perpetuando seus
mandatos. Com o orçamento secreto criado no (des) governo Bolsonaro,
isso piorou demais. E fazer esse tipo de desmame é bem difícil e
complexo.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Mas Lula, em bom
grau, conseguiu construir uma base no parlamento. Difusa e nem sempre
alinhada, esta base garantiu uma série de vitórias ao Planalto,
tendo o melhor exemplo a primeira parte da reforma tributária e o
investimento público na ordem de R$ 1,7 trilhão em todos o país e
nas diversas áreas, de obras à cultura, educação e saúde. (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias-regionalizadas/mapa-de-investimentos" target="_blank">CLIQUE AQUI E VEJA POR ESTADO</a></span></i></b>)</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Cabe destacar o
papel desinformador da imprensa sobre a relação entre Lula e sua
base. Sempre que há votos contrários ao governo vindos de
parlamentares das siglas que compõe a Esplanada dos Ministérios, as
manchetes alardeiam como se tudo estivesse ruindo. Sempre foi assim,
tanto os falsos alardes da mídia, quanto a existências de votos
contrários dentro das bases de apoio.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Mas é fato que a
atual base tem bem mais agressividade que as anteriores,
essencialmente pelos motivos que já pontuei acima.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Além disso, temos
uma parcela da sociedade e do parlamento que aderiu ao que chamamos
de bolsonarismo, mas que é, na verdade, o fascismo à brasileira,
com feições atuais e dentro de nosso contexto histórico.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Eles são menores do
que parecem, mas estão aí e levará muito para serem, de fato,
derrotados.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Por quê?</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Por que não se
elimina uma ideia assim tão rápido. Achar que o fascismo à
brasileira foi derrotado porque Bolsonaro perdeu a eleição em 2022,
é o mesmo que os reacionários acharam sobre o PT após a prisão
ilegal de Lula.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Repito, uma ideia,
por mais repugnante que seja, não morre de forma tão simples e
rápida assim.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">E este é um dos
grandes desafios que precisamos superar enquanto povo: eliminar o
fascismo à brasileira. Precisaremos de décadas de unidade política,
inclusive com setores mais à centro-direita (não confundir com o
centrão) da sociedade.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Pode até parecer
contraditório, mas seria bom para o país e para a política que a
centro-direita conseguisse construir uma liderança nacional para se
pôr como alternativa à extrema-direita. Nem todos que votaram em
Bolsonaro são fascistas. Estes estão órfãos do PSDB, que se
acabou por inflar uma onda golpista.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Para bagunçar ainda
mais o coreto, a horda fascista brasileira reduziu o debate público
a discussões de quinta série no recreio das escolas. A tática do
não-debate faz os setores mais comprometidos com a democracia no
Brasil correr atrás do próprio rabo.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Se rebate as
sandices, se perde tempo e energia que deveriam estar voltados à
reconstrução do país. Se não rebate, a horda acumula força entre
os incautos. Não temos uma tarefa fácil aí e é muito mais
complexa do que cobrar uma “comunicação melhor” do governo, do
PT, da esquerda e do Lula. E precisamos resolvê-la, já que se a política estiver bagunçada, a economia jamais irá bem.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Somente para pontuar
a comunicação, a rede fascista começou lá trás, bem antes de
2018. Nós é que só passamos a percebê-la há cinco anos.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Estes são os
desafios que temos pela frente e que 2024 será fundamental para
avançarmos: melhoria significativa da qualidade de vida de nosso
povo, especialmente os mais pobres e os trabalhadores; e qualificar a
política brasileira, tirando esse bode fascista da sala.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Só poderemos
conquistar êxito com unidade, inclusive de contrários. Entendendo
os limites da aliança e sabendo que logrando vitória nessa peleja,
estes voltam a ser nossos adversários. Mas isso só depois.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Lutemos, em unidade,
contra o fascismo à brasileira.</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-33787844280356230302023-12-25T08:19:00.002-03:002023-12-25T08:30:09.765-03:00De novo a mídia com falsa polêmica sobre o Fundo Eleitoral<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5or5xRLAE1QGhr6lrQ5QaXKXUCQyhxrU2LWBguyL2I6RciEa-PIv6oJ_L8xQ1oboUigDClksxye4RXVii1JTp-sMsX5aigNwH9zPOTuAfM1L73voy_yoUAwTwN7m7T6CDy65v_UWOoB9NRfskdGpiLNjYRWOWPjom35ubdr_5I3avANF-9jdjJ_kzwwk/s1024/urna.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5or5xRLAE1QGhr6lrQ5QaXKXUCQyhxrU2LWBguyL2I6RciEa-PIv6oJ_L8xQ1oboUigDClksxye4RXVii1JTp-sMsX5aigNwH9zPOTuAfM1L73voy_yoUAwTwN7m7T6CDy65v_UWOoB9NRfskdGpiLNjYRWOWPjom35ubdr_5I3avANF-9jdjJ_kzwwk/w556-h418/urna.jpg" width="556" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Urna eletrônica das eleições de 2020 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)</i></td></tr></tbody></table><br /><p>O Congresso Nacional aprovou R$ 4,9 bilhões para o Fundo Eleitoral para 2024, ano em que teremos as eleições municipais no país. As manchetes fazem parecer se tratar de mais um escárnio com o erário, um luxo para políticos e partidos usarem nas próximas eleições. Mas essa narrativa nada mais é antipolítica, mais uma forma de descredibilizar o sistema político brasileiro, que tem muitos problemas, mas esse aporte de recursos não é um deles.</p><p>O registro de candidaturas nas últimas eleições municipais, em 2020, somou 517 mil em todos o Brasil. Numa divisão simples e levando em conta o valor para 2024, isso dá R$ 9.477,75 por candidatura. Sinceramente, um trocado.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Democracia custa dinheiro, ainda mais num pleito eleitoral. Esses cerca de R$ 9.500 não dão para custear materiais gráficos e de audiovisual, contadores, advogados, comitês de campanha, folha salarial de equipe e combustível. Ou seja, o básico para ser ter uma candidatura com o mínimo de estrutura. </p><p>Ao manchetarem “Congresso aprova fundão de R$ 5 bi”, a mídia engana seus leitores por não dar a devida dimensão do que esse valor representa no contexto. Para um CPF – seja eu ou você que lê esse texto –, R$ 5 bilhões é muito dinheiro. Mas para um contingente de pessoas, não.</p><p>Os partidos possuem a responsabilidade de fazer a divisão desses recursos e é evidente alguns nomes receberão mais que outros. Mas todas as candidaturas devem receber algum pedaço desse bolo.</p><p>Quando o financiamento de empresas a campanhas eleitorais foi findada, ficando somente as doações individuais e limitadas pela declaração de Imposto de Renda do ano anterior às eleições, ficou para o Estado brasileiro custear as disputas eleitorais. Logo, é preciso ter recursos mínimos para isso.</p><p>A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, tem levantado um comparativo interessante. Os partidos políticos terão acesso a R$ 4,9 bilhões (ou R$ 5 bi, se arredondarmos) de Fundo Eleitoral para 2024, mas a Justiça Eleitoral terá cerca de <b><span style="color: red;"><a href="https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Agosto/tse-aprova-proposta-orcamentaria-da-justica-eleitoral-para-2024" target="_blank">R$ 11 bilhões</a></span></b>. O raciocínio da dirigente petista é que nas eleições, a atividade-fim tem menos da metade dos recursos da atividade-meio.</p><p>É como se uma secretária ou ministério da área de saúde, por exemplo, destinasse mais recurso para o setor administrativo do que para o de atendimento às pessoas. </p><p>É flagrante que essa relação está errada.</p><p>Quando a imprensa grande, comercial, tradicional – ou qualquer outro adjetivo que se queira dar – tentar dar ares negativos ao Fundo Eleitoral, ela atua contra o aperfeiçoamento de nossa democracia. É difícil quantificar isso, mas tentem recordar da última reportagem sobre caixa 2 em disputas eleitorais.</p><p>Pois é.</p><p>Não dá para afirmar que ninguém mais faz caixa 2 em campanhas eleitorais, mas quase não vemos mais registros dessa prática.</p><p>Se é para questionar algo no Orçamento da União aprovado para 2024, reclamemos dos cortes em ações do PAC para aumentar o volume destinado às emendas parlamentares que, na prática, servem como financiamento eleitoral.</p><p>E não me refiro a mal feitos, mas o impacto político-eleitoral que a execução desses recursos nas bases dos parlamentares gerará em 2024 e, consequentemente, acumula capital político para 2026. </p><p>Ou seja, o fim do financiamento de empresas a campanhas eleitorais foi instituído para equilibrar a disputa, para aumentar as chances daqueles que não têm mandato a conquistarem um, mas as emendas parlamentares foram hipertrofiadas para o desequilíbrio anterior voltar a se impor nos pleitos eleitorais.</p><p>Democracia custa dinheiro, ainda mais num país do tamanho do Brasil, e esse recurso tem de ser público porque somos muito desiguais ainda. </p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-44047581743472478602023-12-11T14:36:00.007-03:002023-12-11T18:36:21.380-03:00JHC dá zignal para não ter foto ao lado de Paulo Dantas no Palácio do Governo<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh98WJW2DvMZxXdLRSjSjCyDaWw-3-5DRIHxukieTIKqSAuuKPlLYWzm_7_OlnRRqVkZ7575vwnvrNI4qpiD-AiXFaw8k3-nrsd8KiAGpMLzJSasNOPdzipxqX-cTnYsB99mztiekkxSNPVclrTygUzOZWr6EN_CIcFpu8YhdxR-GOvblea4tiyyXuwXUY/s399/JHC%20DANTAS.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="399" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh98WJW2DvMZxXdLRSjSjCyDaWw-3-5DRIHxukieTIKqSAuuKPlLYWzm_7_OlnRRqVkZ7575vwnvrNI4qpiD-AiXFaw8k3-nrsd8KiAGpMLzJSasNOPdzipxqX-cTnYsB99mztiekkxSNPVclrTygUzOZWr6EN_CIcFpu8YhdxR-GOvblea4tiyyXuwXUY/w400-h316/JHC%20DANTAS.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>JHC e Paulo Dantas (Fotos: Reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p>O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL) – JHC – deu
aquele zignal no governador Paulo Dantas (MDB) e não compareceu à
reunião convocada em 8 de dezembro, no Palácio República dos
Palmares, sede do Governo do Estado, para tratar das ações para
mitigar os danos do rompimento da mina 18 da Braskem, que afundou na
tarde de domingo, 10 de dezembro.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">JHC não quer ser
fotografado na “casa do adversário”, talvez para não passar a
imagem de fraqueza ou dependência política e administrativa. Uma
bobagem que possui ares de concretude para quem vive a política
apenas sob a estética das redes sociais.</p><span><a name='more'></a></span><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Após mais de uma
hora do afundamento da mina 18, ocorrida às 14h15, o prefeito de
Maceió anunciou o fato, já espalhado pelos aplicativos de mensagem
e nas redes sociais. E anunciou uma antecipação da reunião do dia
seguinte com o argumento de que “não dá para deixar pra amanhã o
que precisa ser feito hoje”.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Paulo Dantas estava
em reunião com o gabinete de crise do Governo do Estado e não se
dirigiu à sede da Prefeitura de Maceió, mas enviou parte de seu
secretariado. Entre eles, Victor Pereira, da Secretaria de Governo e
homem forte na gestão do emedebista. Victor é tido como se fosse
quase um segundo vice-governador.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 17px;">Efetivamente, o que poderia ser feito na noite de domingo que daria para ser feito na manhã de segunda-feira? </span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Para não
comparecer à sede do Governo do Estado, JHC foi a Brasília. Ele divulgou que viajou à capital
federal por convite de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos
Deputados, para “encontrar representantes do Governo Federal para
trazer auxílio a Maceió”.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Mas JHC esteve em
Brasília há poucos dias e se reuniu com representantes do Planalto.
Inclusive, havia marcado com Geraldo Alckmin (PSB), então presidente
da República em exercício porque Lula (PT) estava em viagem
internacional. Mas o prefeito de Maceió não compareceu a essa
reunião.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Se não havia a
urgência para sentar com o presidente do Brasil dias atrás, então
por que há agora?</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Por falar em
urgência em relação à mina 18 da Braskem, faltou esse espírito
em setembro, quando a Defesa Civil de Maceió tomou conhecimento de
que a mina poderia afundar. O órgão municipal informou aos
ministérios públicos Federal e Estadual sobre a situação e estes
disseram que para o Município informasse às pessoas até 13 de
outubro sobre o caso.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">A Prefeitura de
Maceió argumentou avaliar a melhor forma de fazer isso para não
criar pânico. Pois é, acabou que a notícia foi dada –
caricaturamente, falando – da seguinte forma: corre que a mina vai
colapsar às 16h48 do dia 29 (novembro). Isso no mesmo dia 29!</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">No final do mês de
setembro, a Prefeitura de Maceió anunciou a compra do Hospital do
Coração. O negócio veio repleto de questionamentos, principalmente
pelo valor pago – R$ 266 milhões.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Em seguida, surge a
notícia de que o prefeito queria comprar a área do Eco Park, antigo
parque aquático abandonado no bairro da Serraria, parte alta de
Maceió.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Uma verdadeira
urgência para gastar os recursos da indenização paga pela Braskem
ao Município de Maceió.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Acordo, aliás,
também repleto de questionamentos. Desde o valor pago – R$ 1,7
bilhão –, já que a Prefeitura pleiteou R$ 10 bilhões, até a
destinação desses recursos e a “quitação plena” de quaisquer
dívidas da Braskem com a cidade de Maceió, mesmo os futuros. Sem
contar da liberdade d euso das áreas afetadas pela mineradora.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">A verdade é que JHC
sentiu politicamente o afundamento da mina 18 da Braskem. Tanto que
recuou e, após o governador Paulo Dantas – que também foi a
Brasília – anunciar que a Advocacia-Geral da União (AGU) vem a
Alagoas para tentar desfazer, ou redefinir, esse contrato entre o
Município de Maceió e a mineradora, o prefeito afirmou querer rever
o acordo que ele mesmo assinou.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">O zignal que JHC deu
– ou tentou dar – no governador, seja tentando antecipar uma
reunião ou não comparecendo à marcada previamente, é sinal da
labirintite política que a forma como tem lidado com a Braskem e o
afundamento da mina 18 lhe causou.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: red;">ENTENDA MAIS</span></b></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><i>Os R$ 10 bi que podem manter JHC na prefeitura de Maceió</i></b></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2021/12/31/os-r-10-bi-que-podem-manter-jhc-na-prefeitura-de-maceio">https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2021/12/31/os-r-10-bi-que-podem-manter-jhc-na-prefeitura-de-maceio</a></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><i>Maceió compra 1º hospital com acordo da Braskem</i></b></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/maceio-compra-1o-hospital-com-r-266-milhoes-do-acordo-da-braskem">https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/maceio-compra-1o-hospital-com-r-266-milhoes-do-acordo-da-braskem</a></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><i>Prefeitura de Maceió quer comprar antigo Ecopark por R$ 15 milhões</i></b></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://folhadealagoas.com.br/2023/10/03/prefeitura-de-maceio-quer-comprar-antigo-ecopark-por-r-15-milhoes/">https://folhadealagoas.com.br/2023/10/03/prefeitura-de-maceio-quer-comprar-antigo-ecopark-por-r-15-milhoes/</a></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><i>Maceió: Prefeitura sabia que área de risco crescia desde setembro, mostra ofício sigiloso</i></b></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2023/12/maceio-prefeitura-sabia-que-area-de-risco-crescia-desde-setembro-mostra-oficio-sigiloso.ghtml">https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2023/12/maceio-prefeitura-sabia-que-area-de-risco-crescia-desde-setembro-mostra-oficio-sigiloso.ghtml</a></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-91588798971168749402023-11-30T09:26:00.000-03:002023-11-30T09:26:12.160-03:00Braskem traz medo de volta a Maceió, a cidade que afunda<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQrX8hPUgUhydvdZ0lJ4AE6btqsceq_mGluOsc5viZtT-ZgyRtwejTYvgQ0Kusc9dKmf0lOlZV7WgWh67S1YeQ8ElgaKvuAzyNVUfR4nWOwoNScsIhOZlTcTG66ZxhZORpntcbl8Mx7nkTd0Upp8oLaxFpnL2tF6JUzgu5FsGTz3LargMQdTk5QUPIS1Y/s984/maceio%20afunda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="554" data-original-width="984" height="331" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQrX8hPUgUhydvdZ0lJ4AE6btqsceq_mGluOsc5viZtT-ZgyRtwejTYvgQ0Kusc9dKmf0lOlZV7WgWh67S1YeQ8ElgaKvuAzyNVUfR4nWOwoNScsIhOZlTcTG66ZxhZORpntcbl8Mx7nkTd0Upp8oLaxFpnL2tF6JUzgu5FsGTz3LargMQdTk5QUPIS1Y/w586-h331/maceio%20afunda.jpg" width="586" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Maceió afunda (Foto: Reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p>Na tarde de quarta-feira, 29 de novembro, a Defesa Civil municipal de Maceió emitiu alerta de colapso de uma das minas da Braskem localizada no bairro do Mutange, um dos quatro afetados pela exploração desenfreada – por décadas – de sal-gema. A expectativa, inclusive, era de que o colapso ocorresse entre o fim da tarde e começo da noite.</p><p>A cratera da mina tem aproximadamente 260 metros e 500 mil metros cúbicos de água salinizada. E está próxima à Lagoa Mundaú. Ou seja, além do risco do desabamento da região, até então considerada “sem riscos” à população, o colapso pode matar de vez a Lagoa devido à quantidade de sal.</p><p>O medo voltou aos maceioenses nesta quarta-feira, 29 de novembro. E junto com o medo, ansiedade, frustração e indignação.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>É difícil atribuir os governantes locais recentes culpa direta por esse crime ambiental – o maior urbano do mundo, diga-se –, porque a exploração de sal-gema ocorre desde a década de 1970. e lá no seu início, quem ousou alertar para as possibilidades de problemas, foi tachado de ser contra o desenvolvimento de Alagoas, um estado até então sem indústria de grande porte.</p><p>Mas também não dá para negar que os órgãos de fiscalização tomaram bolas nas costas ao longo desse tempo. Se por incapacidade ou por vistas grossas derivadas de razões pouco republicanas, por assim dizer, espero que o tempo nos revele.</p><p>Após a informação do colapso dessa mina, a de número 18, tanto o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), quanto o governador Paulo Dantas (MDB), anunciaram medidas para mitigar os efeitos do desastre iminente. O prefeito criou um gabinete de crise, assim como o governador, que também acionou as defesas civis Estadual e Nacional, o Ministério de Minas e Energia e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).</p><p>Maceió está tensa, com medo, frustrada e indignada.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5PkynV3u36wjXouUKOdBomz8rpiSiCmO3R6hXKBbx1cRgyZ_58tfoTwmYpRSEkUYokoeohAnqxQtDQbgKadwUUcdUjsFZOn_T0-rKhuReLG8njudlwKDX3gk6ULJ79bEDrBxDKDaWUCZE-MPzXmft_wQBCAjBRhv3viTWpCDYUFcTfA_eJjQTK2s2jWg/s1097/mina%2018.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1097" data-original-width="984" height="627" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5PkynV3u36wjXouUKOdBomz8rpiSiCmO3R6hXKBbx1cRgyZ_58tfoTwmYpRSEkUYokoeohAnqxQtDQbgKadwUUcdUjsFZOn_T0-rKhuReLG8njudlwKDX3gk6ULJ79bEDrBxDKDaWUCZE-MPzXmft_wQBCAjBRhv3viTWpCDYUFcTfA_eJjQTK2s2jWg/w562-h627/mina%2018.jpg" width="562" /></a></div><br /><p>E como tudo que é ruim sempre pode piorar, o Município de Maceió pode ter de arcar com os prejuízos do colapso da mina 18 da Braskem. É que no contrato para a indenização da empresa à cidade de Maceió, conta que o assunto do crime ambiental está encerrado.</p><p>Ou seja, temos aí uma margem enorme para o argumento que após o acordo do Município com a Braskem, a empresa alegue que a Prefeitura assumiu tudo daquele momento por diante.</p><p>“3.1.2. O Município declara que a reparação integral definida nesta Cláusula abrange os custos com a realização de todas e quaisquer ações, programas, projetos, políticas públicas e outras medidas, já executadas ou ainda a serem definidas e/ou implementadas pelo Município em razão ou relacionada ao evento geológico, inclusive, mas não se limitando, aqueles incorridos pelos programas municipais sociais, ambientais, de saúde, educação, culturais e patrimônio histórico, transporte, iluminação, saneamento básico, calçamento e manutenção de ruas e praças públicas, nas áreas desocupadas, adjacentes ou qualquer outra, estando, portanto, estes custos, presentes e futuros abrangidos pela quitação outorgada neste Termo de Acordo, nada mais tendo a pleitear, nem mesmo a título de direito de regresso, observado o disposto nas cláusulas 3.8 e 3.8.1.”, diz um trecho do acordo entre Braskem e o Município de Maceió. </p><p>Mas permitam-me destacar um trecho do trecho.</p><p>“[…] estando, portanto, estes custos, presentes e futuros abrangidos pela quitação outorgada neste Termo de Acordo, nada mais tendo a pleitear, nem mesmo a título de direito de regresso,[…]”.</p><p>Pois é, além de ter fechado um acordo no valor bem abaixo do estimado e do preterido pelo Prefeitura inicialmente, os maceioenses podem acabar tendo de arcar com mais esse episódio.</p><p>A estimativa inicial de prejuízos ao Município de Maceió era de R$ 40 bilhões; o prefeito João Henrique Caldas pleiteou inicialmente R$ 10 bilhões. O acordo com a Braskem ficou em R$ 1,7 bilhão.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguyU-GUdv4QNtPQ3jDmmzNXC-WJhjposQb84-xvS-fr664-d9IZltpPqikS2tlEYl2ndhfhYJzayTLDWnievTUhHAK18tPySZ5Ro3ZsKXanbBYR31qP2tzZXuotHdVJnBhCw4EMwhoAg-jkfeduVLnh_xAIEmj1rSoeHMFTAvlnpdheHDxWKexfxNdP_U/s1364/40%20bi.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="766" data-original-width="1364" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguyU-GUdv4QNtPQ3jDmmzNXC-WJhjposQb84-xvS-fr664-d9IZltpPqikS2tlEYl2ndhfhYJzayTLDWnievTUhHAK18tPySZ5Ro3ZsKXanbBYR31qP2tzZXuotHdVJnBhCw4EMwhoAg-jkfeduVLnh_xAIEmj1rSoeHMFTAvlnpdheHDxWKexfxNdP_U/w562-h316/40%20bi.jpg" width="562" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFbX-8aCjDu2KnYMnV1O9L6Lhf3UICzs5FnQeWQEYZ8MdlVpvI3lbe-xF28BRL3UjwEjQ9DBXNySkEk6OX-yoq5f6omWWgalp5DB0_AeoW2Fj1WTsYRITRU1TCz5H0LSEOHp3isZR_Pnt_uOLE7mQfB7y2aH01Tlxa8FAIHHIHj_v4caZU37hSiHfJna0/s1366/10%20bi.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1366" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFbX-8aCjDu2KnYMnV1O9L6Lhf3UICzs5FnQeWQEYZ8MdlVpvI3lbe-xF28BRL3UjwEjQ9DBXNySkEk6OX-yoq5f6omWWgalp5DB0_AeoW2Fj1WTsYRITRU1TCz5H0LSEOHp3isZR_Pnt_uOLE7mQfB7y2aH01Tlxa8FAIHHIHj_v4caZU37hSiHfJna0/w567-h319/10%20bi.jpg" width="567" /></a></div><br /><p><br /></p><p>É muito desconto para um crime tão grande, talvez aceito devido à proximidade das eleições municipais de 2024, quando o prefeito tenta a reeleição. </p><p>O fato é que após o primeiro tremor em 2018, os órgãos públicos alagoanos falharam em tratar do assunto. O resultado foi um péssimo acordo com os moradores dos bairros e a não responsabilização devida à Braskem.</p><p>Também houve falha nesse caso de agora, uma vez que por todo o mês de novembro, tremores foram sentidos no bairro do Mutange. Ora, para haver esse tremor, o buraco da mina 18 já vinha cedendo há algum tempo. Então, cadê a fiscalização da Prefeitura Municipal, responsável por isso?</p><p>Temos aí outra parte fajuta do acordo coma Braskem: as áreas afetadas pelo afundamento foram “privatizadas” e a empresa controla até o acesso aos locais, com direito à segurança privada e portarias.</p><p>Não faz muito tempo que houve denúncias de que a Braskem estaria urbanizando a área com características de construir um condomínio. </p><p>Agora é cuidar para que as pessoas que ainda residem próximo à mina 18 não sejam atingidas fisicamente; tratar de responsabilizar – devidamente – a mineradora; e que ao menos nessa seara, a disputa eleitoral fique secundarizada.</p><p>Enquanto isso, Maceió está com medo. E a culpa, principal, é da Braskem.</p><p><br /></p><p><b><span style="color: red;">A ÍNTEGRA DO ACORDO ENTRE BRASKEM E PREFEITURA DE MACEIÓ</span></b></p><p></p><p><iframe allow="autoplay" height="380" src="https://drive.google.com/file/d/1bJKzXpEUPCLD74VU1pM7pXdP8f5pu-6m/preview" width="540"></iframe></p><p><b><span style="color: red;">ASSISTA TAMBÉM:</span></b></p><p><br /></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/EDZy595115s?si=PN-XLdBkUU5Yd_nN" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><br /></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nLeUs7zBDpU?si=QpdTmC-GlLEVCCAL" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><br /></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/IsZzhc9P8jk?si=L_Ks6DyT6FM0y45U" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-46861991326133575352023-11-28T08:42:00.007-03:002023-11-28T08:42:53.568-03:00Ora, ora, após indicação de Flávio Dino, imprensa “descobre” que STF é político<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKIwEq0eF2Jhx3-xBRt2sVsnBpvTpoFFu1qUrNMJcknfo9eC0xjhX1KUuYBaA9vtTMuvGlFpM_DVRoU1quKiwKrkvWAzn8Mu5VN7UPiHItAhOJfEL9fC2tcW6yzaCZKbfCcbhznc7jPuKhg3VLR-TaZbrwjsWccwFJprxEbGSw37fOepjc5FYZRAJBsCg/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKIwEq0eF2Jhx3-xBRt2sVsnBpvTpoFFu1qUrNMJcknfo9eC0xjhX1KUuYBaA9vtTMuvGlFpM_DVRoU1quKiwKrkvWAzn8Mu5VN7UPiHItAhOJfEL9fC2tcW6yzaCZKbfCcbhznc7jPuKhg3VLR-TaZbrwjsWccwFJprxEbGSw37fOepjc5FYZRAJBsCg/w509-h287/Design%20sem%20nome.jpg" width="509" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Flávio Dino foi indicado por Lula para a vaga de Rosa Weber no STF</i></td></tr></tbody></table><br /><p>A indicação de Flávio Dino, senador eleito pelo Maranhão e então ministro da Justiça e Segurança Pública, para a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) deixou muita gente em polvorosa, independente de ser contra ou a favor da escolha de Lula.</p><p>Na imprensa grande, colunistas buscam desqualificar a indicação com o sofisma de que Flávio Dino “acentua perfil político do STF” e todas as construções frasais possíveis para esse discurso. Demétrio Magnoli, inclusive, teve a pachorra de afirmar que Dino não tem notório saber jurídico.</p><p>Flávio Dino foi juiz federal por 12 anos, após ser o primeiro colocado no concurso que prestou para ingressar no Poder Judiciário. Se tem uma coisa que Dino tem é notório saber jurídico, uma das condições para ser indicado ao STF. Sua sabatina no Senado está marcada para o dia 13 de dezembro.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Ao ler, ouvir ou assistir aos pseudoespecialistas da imprensa grande, a impressão é que o STF só começou a ser resultado de composição política “de ontem para hoje”. Mas a verdade é que sempre foi, assim como em todos os colegiados do Poder Judiciário, cuja composição precisa ser resultado de indicação do Poder Executivo correspondente.</p><p>Em resumo: STJ, STM, TRF’s e TJ’s dos estados são todos resultados de indicação política. Pode até ocorrer que algumas das vagas sejam preenchidas por tempo de atuação no Judiciário ou por conta do Ministério Público ou OAB, mas mesmo nesses casos, a escolha é política, apesar de ser intra corporis. Em todas essas situações é possível haver mais de um nome para a vaga em questão. Logo, politicamente se decide que a ocupará, seja por eleição de categorias ou a boa e velha gastada de sola de sapato e saliva para convencer os demais a decidir por esse ou aquele nome.</p><p>E o STF tem ainda mais perfil político. É a corte constitucional e o entendimento da Constituição muda quase que ao sabor do vento. E não, isso não é privilégio do Brasil. Em todos os países com organização do Estado semelhante à brasileira, a escolha dos nomes de suas supremas cortes se dá por indicação política.</p><p>As exigências técnicas estão dadas em lei e qualquer pessoa que se encaixe nelas pode ser indicada ao STF. Ponto.</p><p>No caso de Flávio Dino, o componente político pesa em duas questões centrais, em meu ver: primeiro seu perfil de campo político-ideológico. Dino é progressista e fortalece esse campo numa conjuntura na qual a extrema-direita nazifascista ressurge no mundo e no Brasil e é antilavajatista. A segunda questão é a pressão política para a indicação dessa vaga.</p><p>Flávio Dino, segundo o noticiário, teve seu nome entre os sugeridos por Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. É comum atuais ocupantes dos colegiados do Judiciário sugerirem nomes ao representante do Poder Executivo quando esse tipo de processo está em andamento. O nome de Flávio Dino também pôs fim às pressões pela vaga de Rosa Weber, uma vez que também é próximo ao presidente Lula. </p><p>É como se ninguém tivesse a pachorra de colocar outro nome à mesa de Lula, uma vez que nesse tipo de coisa tem que se dar aquela “queimada no filme” das outras sugestões.</p><p>Além do que, a escolha de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), para chefiar o Ministério Público da União me parece ser um contrapeso à indicação de Flávio Dino. Um progressista no STF, um conservador na PGR.</p><p>Mas se ilude – especialmente a extrema-direita – quem acha que Gonet se tornará o porta-voz reacionário no Ministério Público. Gonet é ligado a Gilmar Mendes, que pode até não ter muita simpatia por Lula ou pela esquerda, mas tem menos ainda pela extrema-direita.</p><p>Também tenho para mim que Gonet na PGR fez parte do acordo com as forças políticas para aprovar Flávio Dino no STF. Se assim foi, Gonet tem mais perfil para ser vitória de Pirro. Explico: Dino fica no STF por 20 anos. Gonet somente por dois anos, podendo ser reconduzido. Podendo, não obrigatoriamente.</p><p>Se há alguma festa da extrema-direita pela indicação de Gonet – e há! –, é muito mais pelo que eles acham que poderia ser do que pelo que realmente será.</p><p>Dito isso, também não adianta achar que Flávio Dino no STF trará em todas as suas decisões as obras de Karl Marx como fundamento. Além da composição dos processos em si, há também o jogo político nas decisões do Supremo. Assim como há em todos os colegiados do Judiciário.</p><p><br /></p><p><b><span style="color: red;">ASSISTA TAMBÉM</span></b></p><p><br /></p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/SEdA-OWEVUQ?si=hL2_A8_R4mMLuaDq" title="YouTube video player" width="560"></iframe>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-13052668260878783722023-11-24T09:33:00.001-03:002023-11-24T09:47:46.800-03:00Quanto vale um amigo? Para JHC, prefeito de Maceió, R$ 30 milhões<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzaRf-HHtMytiTmH3ug_U_uw_7KkzyVAXEvjrNIxbVO603uR0YicbgETKsS-MDVUzONtusvnGQLJRTCfyi_jM4uwZKUy9pi1zvG71R676koc_BA4GJRPQCUQj1hOyFR5mOu1jai1XKLmNdzEa3SXdEc5YRoA-8BJiE2rk3rxfpSlMEl6W6RkeRjqkWWsc/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzaRf-HHtMytiTmH3ug_U_uw_7KkzyVAXEvjrNIxbVO603uR0YicbgETKsS-MDVUzONtusvnGQLJRTCfyi_jM4uwZKUy9pi1zvG71R676koc_BA4GJRPQCUQj1hOyFR5mOu1jai1XKLmNdzEa3SXdEc5YRoA-8BJiE2rk3rxfpSlMEl6W6RkeRjqkWWsc/w543-h306/Design%20sem%20nome.jpg" width="543" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr></tbody></table><br /><p>O uso dos recursos pagos pela Braskem ao Município de Maceió como indenização devido ao afundamento de quatro bairros da capital alagoana por conta da exploração de sal-gema não tem sido livre de questionamentos. Primeiro, a compra de um hospital privado com fortes indícios de sobrepreço. Agora, dois terrenos no bairro de Antares, na parte alta de Maceió, pertencente a um amigo do prefeito, pelo valor de R$ 30 milhões.</p><p>A Prefeitura de Maceió atua para construir vias no local, mas, para variar o que parece bom, não é bem assim. O jornalista Edivaldo Júnior, em seu site, explica a situação.</p><p><i>“A Prefeitura de Maceió vai pagar cerca de R$ 30 milhões a Construtora Lima Araújo, hoje chamada Vortex Engenharia, por dois terrenos localizados no bairro do Antares em que será construída uma nova via urbana que ligará as Avenidas Durval de Góes Monteiro à Avenida Menino Marcelo, na parte alta da capital alagoana.</i></p><p><span></span></p><a name='more'></a><i><br /></i><p></p><p><i>O valor é R$ quase R$ 10 milhões mais caro do que o previsto para desapropriação de áreas desse tipo, segundo a tabela que consta no acordo de adesão entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem, documento que prevê a realização de obras socioambientalistas após a indenização pago pela mineradora.</i></p><p><i>Os terrenos do Antares custarão ao ente municipal a bagatela de R$ 468.75 por m². A estimativa orçamentária, porém, para áreas no entorno da Avenida Menino Marcelo, presente no acordo, prevê o custo de R$ 316,67 por m², ocasionando o aumento milionário no valor final pago para desapropriar as áreas. A construtora Lima Araújo, já recebeu R$23 milhões por um terreno de 52 mil metros quadrados”</i>. (<b><span style="color: red;"><a href="https://www.jornaldealagoas.com.br/politica/2023/11/23/11285-aliado-de-jhc-leva-r-30-milhoes-por-desapropriacoes-no-antares" target="_blank">MAIS AQUI</a></span></b>)</p><p>A empresa pertence a Jefferson Lima Araújo, ligado à família Caldas e responsável pela indicação de Pedro Vieira à Secretaria de Desenvolvimento Social e Meio Ambiente (Sedet), exonerado do cargo ainda no início do mandato de JHC por causa de um processo de improbidade administrativa.</p><p>Outros detalhes são que a construção das vias retirará moradores de suas casas, mas estes não foram consultados sobre a obra, urbanistas que contestam a necessidade de tais vias serem construídas da maneira como o prefeito JHC quer e o terreno é de grota, o que impossibilita a realização de construções.</p><p>Não dá para afirmar nada com certeza – seria até leviano fazê-lo –, mas não seria surpresa que essa amizade toda se revertesse em ajuda financeira para a campanha eleitoral de 2024, na qual JHC busca a reeleição. E, quiçá, as eleições de 2026, quando o prefeito de Maceió deve ser candidato a governador de Alagoas.</p><p>Como já pontuei outras vezes, talvez se JHC tivesse ter de lidar com uma oposição de verdade desde o início de seu mandato – talvez –, ele não se sentisse tão à vontade para fazer muitas das coisas que faz.</p><p>Outra coisa: que amizade valiosa essa, não?</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-28419430556194508412023-11-22T09:38:00.005-03:002023-11-22T09:41:03.114-03:00Quem é o deputado federal que ajudou Dr. JHC, irmão do prefeito de Maceió, após agressão à namorada?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj3uND1Iife0DnqGkQv1gI4-4uz9UH32d7_P3GKm_EmBliCn3YGhgu8mQrCHd9CekfGSZdA94r6vF5JDnOnMeDkx_alBTJ5PC6vHcgRCY13m3WGQzpe2vOFyRdPCTEohRfEeDdUpQBlbg_3ZQ_CFewkHBx3ALlGjhm2u6l1Clbr4sqJKFBxzeKLqsf1Ek/s1080/dr%20jac.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="662" data-original-width="1080" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj3uND1Iife0DnqGkQv1gI4-4uz9UH32d7_P3GKm_EmBliCn3YGhgu8mQrCHd9CekfGSZdA94r6vF5JDnOnMeDkx_alBTJ5PC6vHcgRCY13m3WGQzpe2vOFyRdPCTEohRfEeDdUpQBlbg_3ZQ_CFewkHBx3ALlGjhm2u6l1Clbr4sqJKFBxzeKLqsf1Ek/w578-h354/dr%20jac.jpeg" width="578" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Dr. JHC foi à delegacia por agredir namorada (Emergência 190/Reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p>O último fim de semana, mais precisamente em 18 de novembro, João
Antônio Henrique Caldas, irmão do prefeito de Maceió, João
Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, deu entrada na delegacia
Central de Flagrantes por agressão à namorada. O caso foi tratado
de maneira incomum, por assim dizer, como nítida proteção ao irmão
do prefeito da capital alagoana, que na última eleição tentou vaga
na Câmara dos Deputados com a alcunha de “Dr. JHC”.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Foi a própria
namorada do Dr. JHC que ligou para a Polícia Militar após ter sido
agredida, mas após chegar à delegacia, afirmou que “tudo não
passou de mal-entendido”. Contudo, em vez de ela chegar à
delegacia em minutos, levou cerca de duas horas. Mais ou menos o
mesmo tempo que Dr. JHC levou para chegar à Central de Flagrantes.
Já se sabe que três policiais militares atuaram para proteger o
irmão do prefeito de Maceió.</p><span><a name='more'></a></span><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Um deles, inclusive,
tirou a namorada dos cuidados da guarnição que atendeu a ocorrência
e a levou – após duas horas – à delegacia. Há aí um evidente
desvio de conduta somente por não terem sido os policiais que
atenderam à chamada a levar a mulher à Central de Flagrantes. Nesse
tempo, é o que tudo indica, deve ter ocorrido aquela conversa marota
para a moça mudar a versão da denúncia.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">No momento em que
escrevo esse texto, dois policiais militares já estão presos na
sede da Polícia Militar e o terceiro não se apresentou ao Comando da PM e deverá responder por deserção. Eles cometerem crime militar e podem até responder na Justiça comum.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Um detalhe
importante é que Eudócia Caldas, mãe dos irmãos “JHC” e
suplente do senador Rodrigo Cunha (Podemos), é oficial da Polícia
Militar de Alagoas.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Ainda segundo o
noticiário, um delegado de Polícia Civil também teria ajudado o
irmão do prefeito de Maceió a escapar do imbróglio. Seu nome, até
o momento, não foi revelado.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Mas foi o governador
Paulo Dantas (MDB) que revelou a presença de um dos nove deputados
federais de Alagoas na delegacia para ajudar o irmão do prefeito de
Maceió.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">“Um deputado
federal também esteve lá na Central, antes da vítima e do agressor
chegarem. Estamos tomando todas as providências e todos os
envolvidos serão duramente punidos. O Governo de Alagoas não aceita
homem bater em mulher. Se acontecer, vai ser preso e devidamente
punido”, afirmou o governador em entrevista no dia 21 de novembro.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Quem é o deputado
federal ajudante de agressor de mulher?</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Alagoas tem nove
deputados federais, mas por perfil – seja pessoal ou político –
nem todos se encaixam ou teriam interesse em ajudar o irmão do
prefeito de Maceió e evitar, ou diminuir, o escândalo em ano
pré-eleitoral.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbWEM54i7r5HRGrSDl-dkxD9q5Man4cPb6Bu0qAwu70sCoivkM56LFnDnxwuAEUFj3uUIFE60jUkNEFmtEg4s5bdOSr-15fHsDMOtbwT8csdF792insZTf1Jif0TKDBiSdJeJEPKqcz_5VDPJFSoq_U_CdbNZu1aDMFG7VnehPE5AhuhdQVABWqNkJJRM/s472/paulao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbWEM54i7r5HRGrSDl-dkxD9q5Man4cPb6Bu0qAwu70sCoivkM56LFnDnxwuAEUFj3uUIFE60jUkNEFmtEg4s5bdOSr-15fHsDMOtbwT8csdF792insZTf1Jif0TKDBiSdJeJEPKqcz_5VDPJFSoq_U_CdbNZu1aDMFG7VnehPE5AhuhdQVABWqNkJJRM/s320/paulao.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>Paulão </b>é do PT,
não tem nenhuma relação política com o prefeito de Maceió, e
sempre combateu todas as formas de violência.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLIJY_Ju7zeF0g11mKyZIgf3ltwd2evIsl87zmjO_RM9idOfjANxXx6tuo75qhqmkYmsW5ihoZ75RXRspggoLiQCks0jWdOmY5jY0iD2qrbjA0Uo2Hzg7hWfdCziM2UNi1HePV9hm3IFTTP6y4F96Lq15bTKUg8FMAaBaXcyQdUkdtcq7rkOod7UhBwDs/s472/lira.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLIJY_Ju7zeF0g11mKyZIgf3ltwd2evIsl87zmjO_RM9idOfjANxXx6tuo75qhqmkYmsW5ihoZ75RXRspggoLiQCks0jWdOmY5jY0iD2qrbjA0Uo2Hzg7hWfdCziM2UNi1HePV9hm3IFTTP6y4F96Lq15bTKUg8FMAaBaXcyQdUkdtcq7rkOod7UhBwDs/s320/lira.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>Arthur Lira</b> é o
presidente da Câmara dos Deputados e não perderia seu tempo indo a
uma delegacia. Se fosse para ele interferir, o faria através de
assessores.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxpiAw0wuqyVaUzI8qwNDwVfzIljpk4q2wSK3x-k2sFFBYnHsIfUD8pdAs45tGLH7ngaiEKLcycW9ArlEdwWWIALKW6WPgUYQQcgpeqG9kuuqEopuRLONlOvuVCOAieKCMYMCrgwxqrC0zeq0wVVAEAd9-G2OJkXQLip8ioBBT3vro4o3Kl19RxGqLkg/s472/daniel.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxpiAw0wuqyVaUzI8qwNDwVfzIljpk4q2wSK3x-k2sFFBYnHsIfUD8pdAs45tGLH7ngaiEKLcycW9ArlEdwWWIALKW6WPgUYQQcgpeqG9kuuqEopuRLONlOvuVCOAieKCMYMCrgwxqrC0zeq0wVVAEAd9-G2OJkXQLip8ioBBT3vro4o3Kl19RxGqLkg/s320/daniel.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>Daniel Barbosa</b> tem
perfil mais progressista que de centro (ão), apesar de ser filiado
ao PP.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRh2fDTiNQkj1fexz7Qxt0pQq3EMkk_bbfFJpo5QL7Wx6m6GZN-YgxwTPVa8N8ujp1OmxxNUoeBKkTE25S7b5IuywXbBwQA0neX9fgOhC6NxqDfoRMBNbfo5dMU9LdLxQkQcNGAKomdWMubJr6MtGjH57FeHd94qW1uePj4BemMCDzswPStEHfyvMckoE/s472/luciano.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRh2fDTiNQkj1fexz7Qxt0pQq3EMkk_bbfFJpo5QL7Wx6m6GZN-YgxwTPVa8N8ujp1OmxxNUoeBKkTE25S7b5IuywXbBwQA0neX9fgOhC6NxqDfoRMBNbfo5dMU9LdLxQkQcNGAKomdWMubJr6MtGjH57FeHd94qW1uePj4BemMCDzswPStEHfyvMckoE/s320/luciano.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>Luciano Amaral</b> não
é do grupo político do prefeito de Maceió e não gastaria energia
com isso.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA-9RAfkPTund_4eZdBh-b463v-eB9U9O5UMcZmzGDdzIhElrh6QnFzKDPlQOIHceA1HJba3OVnC5pz8dzEb17GLjbZibhl9AwLfkMurdx9gA0-dUWXfKqdK_9_DTSf2WdmthYRbRTortngcrWTdFPnXO5RW_GBDupECJP6M6_ulqkmHjv-nomxCZJcDE/s472/marx.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA-9RAfkPTund_4eZdBh-b463v-eB9U9O5UMcZmzGDdzIhElrh6QnFzKDPlQOIHceA1HJba3OVnC5pz8dzEb17GLjbZibhl9AwLfkMurdx9gA0-dUWXfKqdK_9_DTSf2WdmthYRbRTortngcrWTdFPnXO5RW_GBDupECJP6M6_ulqkmHjv-nomxCZJcDE/s320/marx.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>Marx Beltrão</b>,
apesar de ser do grupo político do prefeito de Maceió, é
pragmático o suficiente para não se envolver com isso.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh84DaoEk_oSZLZaGZfyRej9MxLkVj5SX8sUUMmU4ZLfDptw8I9hmx33nBQWKb06mJuNtXzz1Pr6xyE18TE8UGkKMFtfhNKaz6HUXB3N_HaoFR0tOACdglRLEPGvF-YdEc82pqBgHMRW28jjiCXoVYhPaCHrUaNdDK2UYMaTkKXu-VsUYZn6_QyCH70VqM/s472/isnaldo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh84DaoEk_oSZLZaGZfyRej9MxLkVj5SX8sUUMmU4ZLfDptw8I9hmx33nBQWKb06mJuNtXzz1Pr6xyE18TE8UGkKMFtfhNKaz6HUXB3N_HaoFR0tOACdglRLEPGvF-YdEc82pqBgHMRW28jjiCXoVYhPaCHrUaNdDK2UYMaTkKXu-VsUYZn6_QyCH70VqM/s320/isnaldo.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>Isnaldo Bulhões</b> é
o MDB e muito, mais muito próximo aos Calheiros e também não
gastaria energia com tal coisa, ainda mais para alguém de campo
adversário. Sem falar que tenta presidir a Câmara dos Deputados após término do mandato de Arthur Lira na Casa.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCDr3Nj-tGR2GSMD9n6Ozo1DZKkGvLPJN53nLK-sslrIl0uBDa8xscxBJMRV3DC1yqz00Ew_mOLVjMC-WIX64jcouS9wzkA1z0zvqJLBzH7bfoGG867Yf0n8yCDoFk-BFZPnREhfNcHi_yQsmiGaC5hnSTI9nFbVooesGctNUN4Cl1EYWsOEl2bOyokx4/s472/brito.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCDr3Nj-tGR2GSMD9n6Ozo1DZKkGvLPJN53nLK-sslrIl0uBDa8xscxBJMRV3DC1yqz00Ew_mOLVjMC-WIX64jcouS9wzkA1z0zvqJLBzH7bfoGG867Yf0n8yCDoFk-BFZPnREhfNcHi_yQsmiGaC5hnSTI9nFbVooesGctNUN4Cl1EYWsOEl2bOyokx4/s320/brito.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">O mesmo vale para
<b>Rafael Brito</b> que, aliás, é cotado como candidato a prefeito de
Maceió pelo MDB.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Sobram aí dois
nomes: Alfredo Gaspar e Fábio Costa, eleitos na onda da
extrema-direita.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKKRaqIyCdm3au9t074wB5kQlA41KdG5mI90NzJzIaweMpqeTDrDG0MfJv3Qc0uKOr2f2d9YdKPk30faldbb6goT96QfxxT3ufsPhPMmGt_tMFovk_LOHoBDV9WPuqqTznnk863BnldXX1Ku5nerJ2jhQrGK-0J-jkyCk9_uX0lKyEIKhG3YB0_xtMWw0/s472/alfredo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKKRaqIyCdm3au9t074wB5kQlA41KdG5mI90NzJzIaweMpqeTDrDG0MfJv3Qc0uKOr2f2d9YdKPk30faldbb6goT96QfxxT3ufsPhPMmGt_tMFovk_LOHoBDV9WPuqqTznnk863BnldXX1Ku5nerJ2jhQrGK-0J-jkyCk9_uX0lKyEIKhG3YB0_xtMWw0/s320/alfredo.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>Alfredo Gaspar</b> foi
procurador-geral de Justiça e secretário de Segurança Pública
durante o governo Renan Filho. Tem estilo metido a xerife, é do
campo político de JHC e sonha com voos mais altos na política.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglcXXVKU5n_AoepRbyNYK4DeHpMJoRpOIH7ZfHdTcweBoRA3as6fkABbajZNgNphFI0ZqcrBxIdsH1h2VifO4HZfagq5yT23FRjPEIvDkPUVAa3zE1jS0nLmsrDWzqPj8bC-Hx-_q0iTqZnKRZijl1QyAiR_UeZJ8Fi7yfHj83goPP_uIyo2qBtlQDqbc/s472/fabio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglcXXVKU5n_AoepRbyNYK4DeHpMJoRpOIH7ZfHdTcweBoRA3as6fkABbajZNgNphFI0ZqcrBxIdsH1h2VifO4HZfagq5yT23FRjPEIvDkPUVAa3zE1jS0nLmsrDWzqPj8bC-Hx-_q0iTqZnKRZijl1QyAiR_UeZJ8Fi7yfHj83goPP_uIyo2qBtlQDqbc/s320/fabio.jpg" width="240" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Já <b>Fábio Costa</b> é
delegado de Polícia Civil e quando vereador em Maceió vivia às
turras com a vereadora Teca Nelma, que tem sido uma voz mais
progressista na Câmara Municipal da capital alagoana. Ele também
gosta de aparentar ser um xerife, mas é mais discreto que Alfredo
Gaspar.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Ambos, portanto, têm
bom – ou algum – trânsito entre os delegados de Polícia Civil.
Mas segundo analistas do cenário político local, Alfredo Gaspar tem
apresentado mais condições de sobrevida política que Fábio Costa, tendo, assim, mais a perder queimando seu filme com esse caso.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Quando essa
informação vazar, é bom o deputado federal defensor de agressor
de mulher, especialmente se for rico e influente politicamente, pôr
a barba de molho.</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-15180806072439839402023-11-19T08:12:00.003-03:002023-11-19T08:12:44.905-03:00A farsa do Estadão contra Flávio Dino e o assédio nas redações<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKWWNwBcjC6iYRzG2MdnU-YZLkff-EKVU9q0Pk419fNd4d3KxmoQXMRUibyFB1EVvR0EpbEyr0HI9oZTjxm6V28V-Cs428ksk9tDKwVwIjaQ00g2_Ah_lHYhfxwVIl3yxUSQ9-pNh8AIRdTefQOiPzeLCpUGpJzYcpG2hrZp4PIU0MJGXcO1HIvKmXQns/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKWWNwBcjC6iYRzG2MdnU-YZLkff-EKVU9q0Pk419fNd4d3KxmoQXMRUibyFB1EVvR0EpbEyr0HI9oZTjxm6V28V-Cs428ksk9tDKwVwIjaQ00g2_Ah_lHYhfxwVIl3yxUSQ9-pNh8AIRdTefQOiPzeLCpUGpJzYcpG2hrZp4PIU0MJGXcO1HIvKmXQns/w533-h300/Design%20sem%20nome.jpg" width="533" /></a></div><br /><p>Neste sábado, 18 de novembro, o portal Revista Fórum revelou que repórteres do periódico preferido da Faria Lima, o Estado de S.Paulo, denunciaram Andreza Matais, editora de política do jornal por assédio ao Ministério Público do Trabalho (MPT) do Distrito Federal. Recém-contratados pela empresa, os jornalistas afirmam que a chefe os obrigou a manipular fatos para relacionar o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino ao tráfico de drogas, no caso da “dama do tráfico do Amazonas”. </p><p>De acordo com a denúncia, “Andreza preparou e executou a reportagem com o objetivo pessoal oculto de revigorar a candidatura do ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), de quem Andreza se diz 'amiga pessoal' e 'devedora' à vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Dantas disputa a antiga vaga da ex-ministra Rosa Weber com Dino”.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>“Para viabilizar esse seu interesse pessoal oculto de ajudar Dantas e desmoralizar Dino, Andreza também usou uma entrevista do ministro Gilmar Mendes, do STF, igualmente amigo pessoal de Bruno Dantas e de Andreza Matais para inflar a gravidade da visita da 'dama do tráfico' e, assim, conferir ares de gravidade ao 'factoide' que é o encontro de uma suposta chefe do tráfico com autoridades do governo”, pontua outro trecho da denúncia revelada pelo portal Revista Fórum.</p><p>“A tática imita operações de desinformação de arapongas e outros profissionais de 'inteligência', pois, na ausência de fatos que indiquem um favorecimento ou uma comunhão de desígnios com a tal chefe do tráfico, a fabricação de notícia busca conferir verossimilhança a uma narrativa pela qual Dino pareça alguém ligado ou simpático ao narcotráfico e, assim, seja considerado um nome impróprio para o STF”, prossegue a denúncia.</p><p></p><blockquote class="twitter-tweet"><p dir="ltr" lang="pt">respondeu e apagou 😮 <a href="https://t.co/5KSySBSIME">pic.twitter.com/5KSySBSIME</a></p>— cynara menezes 🧘🏻♀️ (@cynaramenezes) <a href="https://twitter.com/cynaramenezes/status/1725128165356425409?ref_src=twsrc%5Etfw">November 16, 2023</a></blockquote> <script async="" charset="utf-8" src="https://platform.twitter.com/widgets.js"></script><p></p><p>Num outro momento, o repórter do Estadão, o jornalista André Shalders admitiu nas redes sociais que a apelido de "dama do tráfico" para definir Luciane Barbosa Farias, presidenta da Associação Instituto Liberdade do Amazonas, foi inventada a partir segundo ele, de uma declaração de uma fonte. Mas ele apagou a postagem logo em seguida.</p><p><b><i>O LINK PARA A REPORTAGEM COMPLETA DA FÓRUM PODE SER ACESSADA AO FINAL DO TEXTO.</i></b></p><p>O caso esteve mal contado desde o início e qualquer pessoa com o mínimo de capacidade cognitiva o achou, ao menos, esquisito. Mesmo com toda essa invencionice, a história sempre foi rala, sem consistência e uma evidente tentativa de desgastar Flávio Dino, seja como ministro da Justiça e Segurança Pública de Lula, seja como nome para o Supremo Tribunal Federal. Dino é um dos cotados, segundo informações publicadas na imprensa, para ocupar a vaga deixada por Rosa Weber.</p><p>São tantos problemas éticos nesse caso que temos aí mais um exemplo a ser usado nas salas de aula das faculdades de Jornalismo espalhadas pelo país. </p><p>De acordo com o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2014/06/04-codigo_de_etica_dos_jornalistas_brasileiros.pdf" target="_blank">AQUI</a></span></i></b>), em seu artigo 7º, o jornalista não pode “submeter-se a diretrizes contrárias à precisa apuração dos acontecimentos e à correta divulgação da informação”. Já o artigo 8º diz que “o jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela alteração será de seu autor”. </p><p>Há também no Código a cláusula de consciência, sendo este um instrumento para negar a autoria e execução de trabalhos com outros fins senão o de informar. </p><p>Mas tudo isso é apenas tese. Na prática, é só isso. Primeiro que o Código de Ética dos Jornalistas não é lei. Logo, não passa de somente uma orientação da própria categoria, feita para si mesma. Segundo, que como em qualquer outro ramo do mercado de trabalho, manda quem pode…</p><p>Esse tipo de assédio denunciado por repórter do Estadão vem como uma bomba na lorota montada contra Flávio Dino, mas é muito mais comum do que parece. Esse tipo de coisa ocorre diuturnamente nas redações espalhadas pelo país e quanto menor o mercado de trabalho, mais silenciado esse tipo de coisa permanece.</p><p>Repórteres têm medo de se negarem a realizar conteúdos enviesados para não serem demitidos. Uma demissão por se negar a cumprir uma ordem de editores pode significar o banimento das redações. O que os repórteres do Estadão fizeram foi de uma valentia ímpar, mas há inúmeras denúncias espalhadas pelo país, seja no Ministério Público do Trabalho ou não.</p><p>O fato de o exercício profissional ser desregulamentado e sequer há a exigência de diploma para tal, aguda ainda mais esse quadro.</p><p>Seja nos vídeos no Youtube, seja nas redes sociais, sempre quando afirmo que se deve sempre cobrar a empresa e não o repórter por conteúdo enviesado, muita gente faz careta. Temos aí um caso concreto sobre que afirmo há algum tempo.</p><p>Repórteres são trabalhadores como qualquer outro e tiram seu sustento vendendo sua força de trabalho. É verdade, eu sei que muitos se julgam o suprassumo da sociedade, mas em todas as categorias “intelectualizadas” há esse tipo de comportamento.</p><p>Imaginem o seguinte, num exemplo extremo às avessas. Se um nazista for contratado para trabalhar num veículo cujo dono é comunista, ele escreverá ou falará aquilo que o dono quer. Goste disso ou não. Também é evidente que muitos jornalistas concordam com a posição político-ideológica do patrão e reproduzem o discurso com muito bom grado, caso de Andreza Matais. Mas não são todos.</p><p>Ah, e com a pejotização das relações de trabalho, muitos colunistas possuem contratos específicos com os veículos que publicam seus conteúdos e opiniões. Nesses casos, pode haver discrepância – nada grande, diga-se – entre o profissional e a empresa e a conta de erros e enviesamento é do próprio.</p><p>Voltando ao caso em questão, mais um ataque da mídia grande a Lula e seus aliados. Mais uma lorota que cai por terra. O problema disso é que essa mentira já serve como combustível para a extrema-direita alimentar seus biroliros de estimação.</p><p>É a vida, é a luta. Sigamos.</p><p><br /></p><p><b><i><span style="color: red;"><a href="https://revistaforum.com.br/politica/2023/11/18/exclusivo-denuncia-ao-mpt-df-relata-armao-de-estado-no-caso-dama-do-trafico-147976.html" target="_blank">LEIA REPORTAGEM DA REVISTA FÓRUM AQUI</a></span></i></b></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-36663290846456239302023-11-13T09:49:00.003-03:002023-11-13T09:49:14.579-03:00Moro “mão fina”?: bens apreendidos da 13ª Vara Federal de Curitiba sumiram<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib42uhO6gKyzD-RySTXl7LIutksp8UfRHdI6QZWB1gP0SCH-oA46BtT11SUd7r0toG95sM6i-aeBoWcL8AUd59gkGZXQyBr1dkW54j2VVNKZMCRqw4MVZRHHRLMSGR375VbhsWY7jSCY2Qu3Z8-yit5qglT9wON-7z_8MFOsEkEU_-hdwpkrAkabY5w94/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib42uhO6gKyzD-RySTXl7LIutksp8UfRHdI6QZWB1gP0SCH-oA46BtT11SUd7r0toG95sM6i-aeBoWcL8AUd59gkGZXQyBr1dkW54j2VVNKZMCRqw4MVZRHHRLMSGR375VbhsWY7jSCY2Qu3Z8-yit5qglT9wON-7z_8MFOsEkEU_-hdwpkrAkabY5w94/w556-h313/Design%20sem%20nome.jpg" width="556" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Sumiram bens apreendidos por Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba<br /></i><br /></td></tr></tbody></table><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Que o ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e, ainda, senador pelo Paraná
Sergio Moro nunca foi muito dado a cumprir leis, até as pedras em
Saturno já sabem. E não é a toa que o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) realiza uma correição na 13ª Vera Federal de Curitiba,
comanda pelo “marreco de Maringá” por muitos anos. Foi lá,
inclusive, que ele ajudou a lascar o país com a Lava Jato.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Ocorre que o CNJ não
encontrou nenhum inventário sobre onde foram guardados os itens
apreendidos pela 13ª Vara quando Moro a comandava. Entre os itens
estão obras de arte. Também não foi possível identificar diversos
bens e recursos. Inclusive, os confiscados no exterior.</p><span><a name='more'></a></span><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Também não é a
toa que Moro vive fugindo do oficial de Justiça. Ao menos até o
final de setembro deste ano.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Ainda na série do
“não é a toa”, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou
a movimentação de mais de R$ 20 bilhões, durante a Lava Jato, sem
a devida transparência. E como não citar o esquema de porta
giratória de Moro. Ao deixar o Ministério da Justiça de Bolsonaro,
ele foi atuar na empresa de consultoria estadunidense Alvarez &
Marsal, contratada para a recuperação judicial da Odebrecht,
quebrada por Moro através da Lava Jato.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Ou seja, Moro quebra
a empresa e vai trabalhar com a consultoria contratada para recuperar
a empresa que ele mesmo quebrou. Segundo o que se veiculou, Moro
recebeu cerca de R$ 45,2 milhões.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Para o CNJ, Moro
deixou a 13ª Vara Federal de Curitiba um “caos”.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">De acordo com o site
Conjur, “o resultado parcial da correição extraordinária,
divulgado em agosto deste ano, já demonstravam a bagunça da 13ª
Vara. A conclusão é de que houve uma ‘gestão caótica’ no
controle de valores oriundos de acordos de colaboração e de
leniência firmados com o Ministério Público e homologados por
Moro”.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">O que o CNJ está
verificando é a lambança de quem se achou acima de tudo e todos,
resultado da inflada de ego gerada pela superexposição midiática.
Daí, dar aquela afinada na mão não seria problema. Afinal, “sou
um super-herói”, pode ter pensado o marreco de Maringá.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">O grau do sumiço
das coisas na 13ª Vara Federal de Curitiba só saberemos daqui algum
tempo. Mas o que já se sabe é que quando mais põe lupa sobre a
vida de Sergio Moro e seus próximos, mais sujeira se vê.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>LEIA </b><i><a href="https://www.conjur.com.br/2023-nov-12/correicao-na-13a-vara-de-curitiba-revela-caos-e-sumico-de-bens-na-gestao-de-sergio-moro/" target="_blank">AQUI </a></i><b>O TEXTO DO
CONJUR</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>LEIA </b><i><span style="color: red;"><a href="https://revistaforum.com.br/politica/2023/10/30/moro-fugiu-de-oficial-de-justia-que-tentou-intima-lo-por-investigao-no-cnj-146832.html" target="_blank">AQUI</a></span> </i><b>MORO
FUGINDO DE OFICIAL DE JUSTIÇA</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>LEIA </b><i><span style="color: red;"><a href="https://revistaforum.com.br/blogs/cafezinho/2023/9/22/tcu-tambem-denuncia-maracutaias-da-lava-jato-144577.html" target="_blank">AQUI </a></span></i><b>O TCU
QUESTIONADO A TRANSPARÊNCIA DA LAVA JATO</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>LEIA </b><i><span style="color: red;"><a href="https://www.cartacapital.com.br/politica/consultoria-dos-eua-que-contratou-moro-recebeu-r-425-milhoes-de-alvos-da-lava-jato/" target="_blank">AQUI </a></span></i><b>MORO NA
ALVAREZ & MARSAL </b></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-55593889953553378632023-11-06T10:38:00.005-03:002023-11-06T10:48:10.066-03:00Genocídio em Gaza aumenta – ou cria – sentimento anti-Israel <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGJTfGUD07VztqrxhDhC3JnSLMk18A0YhJli7tNwg8_A5eiHQ2hdYth5cgIGTzfwo0g8BZE8WbtokUNvVj021XnwTafQLN3gDB2hd455KjY4bVWCWu3DSbmIYB6NY7kgN-HwS46GHBpm8t2oaJxNYfF8KRwCPVxPXiPHjDed53eVZe8JXUagZo_usebP4/s1201/Design%20sem%20nome.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="602" data-original-width="1201" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGJTfGUD07VztqrxhDhC3JnSLMk18A0YhJli7tNwg8_A5eiHQ2hdYth5cgIGTzfwo0g8BZE8WbtokUNvVj021XnwTafQLN3gDB2hd455KjY4bVWCWu3DSbmIYB6NY7kgN-HwS46GHBpm8t2oaJxNYfF8KRwCPVxPXiPHjDed53eVZe8JXUagZo_usebP4/w582-h291/Design%20sem%20nome.jpg" width="582" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Ato pró-Palestina em Washington, nos EUA e Benjamin Netanyahu (Fotos: reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p><br /></p><p>O Estado – terrorista – de Israel descartou completamente
qualquer tipo de filtro em suas ações contra os palestinos em Gaza,
cuja população é composta, em cerca de metade, por crianças de
até 14 anos de idade. Sob o argumento de resposta a um ataque do
Hamas, o sionismo promove um verdadeiro massacre em Gaza e isso tem
feito aumentar manifestações em todo o planeta contra o governo de
Benjamin Netanyahu.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Até mesmo em países
alinhados a Israel é crescente o número de pessoas se manifestando
contra o crime de lesa-humanidade no Oriente Médio. Inclusive nos
Estados Unidos, país que mais dá sustentação aos desmandos de
Israel, os atos condenando o genocídio contra palestinos têm
crescido. Inclusive, na porta – literalmente – da Casa Branca,
sede do governo estadunidense.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Toda essa
movimentação, muito provavelmente, se desdobrará num aumento –
ou criação – de um sentimento anti-Israel, como há o
antiamericanismo. O que Israel promove é o mesmo que os nazistas
fizeram com os judeus na primeira metade do século 20.</p><span><a name='more'></a></span><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Assim como os
nazistas, o guarda-chuva do discurso se baseia em direito ao
território, superioridade de raça e desígnio divino. E ainda retórica anti-nazista para confundir as pessoas.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">A Alemanha nazista
contou com os “ouvidos de mercador” mundo até que Hitler decidiu
“tomar tudo”. Até quando o mundo assistirá o genocídio dos
palestinos pela tevê?</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Creio que isso se
dará até quando o Tio Sam bancar o assassinato em massa, tendo a mídia corporativa como caixa de ressonância. Mas isso
não ficará em custo.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Israel e os Estados
Unidos restarão abraçados na rejeição global. Odiados, mas
enquanto forem os donos do dinheiro, presentas na sala.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">E a Europa? A Europa
é só uma lembrança daquilo de já foi. Está de joelhos e só abre
a boca, basicamente, para repetir – como um papagaio – o que os
Estados Unidos querem.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Ah, o Zelensky
percebeu que nunca passou de um espantalho do Tio Sam... </p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">(<b>ATO NA CASA BRANCA </b><i><span style="color: red;"><a href="https://gazetabrasil.com.br/mundo/2023/11/05/video-manifestantes-pro-palestinos-tentam-escalar-portao-da-casa-branca/" target="_blank">AQUI</a></span></i>)</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">(<b>ZELENSKY CHORANDO AS PITANGAS </b><i><span style="color: red;"><a href="https://www.poder360.com.br/europa-em-guerra/guerra-no-oriente-medio-tira-o-foco-da-ucrania-diz-zelensky/" target="_blank">AQUI</a></span></i>)</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-23902346078810892542023-10-31T09:38:00.002-03:002023-10-31T13:15:49.071-03:00Agora é o Senado que tensiona com Executivo e STF. Por quê?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTYMdp81ndVU7_h6A1sXi7F9JNi3eNfJj1nd-uA4p-OduJx_kInQHJsWpykqk-xOHMxnd7jRanvsa43dCXe9JHhBHbVXOLkB09-ikouMJ_pvwm80L6KNwYR8vokQpfzrWUWpKap-FHb8wuiQFFRfy8zbkedHOkBDxa5J16iENVBR97wt7z0ELTJ-2fReU/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTYMdp81ndVU7_h6A1sXi7F9JNi3eNfJj1nd-uA4p-OduJx_kInQHJsWpykqk-xOHMxnd7jRanvsa43dCXe9JHhBHbVXOLkB09-ikouMJ_pvwm80L6KNwYR8vokQpfzrWUWpKap-FHb8wuiQFFRfy8zbkedHOkBDxa5J16iENVBR97wt7z0ELTJ-2fReU/w573-h322/Design%20sem%20nome.jpg" width="573" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Disputa pelo comando do Senado fez Casa mudar de tom (Fotos: reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p>No início de 2023, era a Câmara dos Deputados que tencionava a relação com o Poder Executivo e, em grau menor, com o Supremo Tribunal Federal (STF). Por tensão, não entenda choque direto, mas pautas incômodas e demoras além da conta para votação de matérias. Sem falar nas aprovações dos temas “pela metade”.</p><p>Agora, de algumas semanas para cá, quem tem cumprindo esse papel é o Senado. Por quê? Até algum tempo atrás, a Casa era tida como ambiente tranquilo para Lula e demais poderes. Inclusive, impôs mais freios aos devaneios de Jair Bolsonaro (PL) quando este estava na Presidência da República.</p><p>Uma das razões, creio, se deve ao fato de o Palácio do Planalto ter dado mais atenção à Câmara dos Deputados que ao Senado nesses 10 meses de governo Lula. Justificável porque a correlação de forças lá era bem mais complicada que no Senado. Há certo ciúme aí, um reclame por mais “atenção e carinho”.</p><p>Mas não é só isso.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Rodrigo Pacheco (PSD), atual presidente do Senado, pautou mudança no STF e agora mais poder aos parlamentares sobre o Orçamento da União. Na prática, isso representa o enfraquecimento dos poderes Legislativo e Executivo. (<b>MAIS <i><span style="color: red;"><a href="https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/senado-retoma-discussao-de-emenda-constitucional-para-reduzir-poderes-do-stf" target="_blank">AQUI </a></span></i>e <i><span style="color: red;"><a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/10/senadores-tentam-aprovar-projeto-que-reduz-controle-do-governo-sobre-orcamento.shtml" target="_blank">AQUI</a></span></i></b>)</p><p>Recentemente, o Senado vetou a indicação do Planalto para a Defensoria Pública da União, saída de lista tríplice do órgão.</p><p>Rodrigo Pacheco é ligado – quase umbilicalmente – ao senador Davi Alcolumbre (União Brasil), que deve ser candidato à presidência daquela Casa. Ele, inclusive, indicou três ministros no governo Lula: Daniela do Waguinho no Turismo, Juscelino Filho (MA) nas Comunicações e Waldez Góes no Desenvolvimento Regional.</p><p>Daniela foi trocada por Celso Sabino, indicado por Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados. O líder do “centrão” indicou dois ministros e o novo presidente da Caixa Econômica.</p><p>Com o fortalecimento de Arthur Lira, Davi Alcolumbre se enfraquece. Se fica mais fraco, mais dificuldade para sua volta ao comando do Senado. </p><p>O portal Congresso em Foco realizou pesquisa entre os senadores e Davi Alcolumbre aparece como favorito, seja em opção de voto, seja em expectativa de vitória. Mas há outro nome bem citado entre seus pares: Renan Calheiros (MDB). (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://congressoemfoco.uol.com.br/area/congresso-nacional/lideres-apontam-amplo-favoritismo-de-alcolumbre-no-senado-revela-painel-do-poder/" target="_blank">VEJA AQUI</a></span></i></b>)</p><p>Renan Calheiros é muito próximo a Lula e tem um filho como ministro: Renan Filho (MDB) nos Transportes. Ter um ministério robusto em recursos ajuda bastante no convencimento de parlamentares para votar em eleições de mesa diretora. </p><p>E aqui, como sempre repito nos vídeos no canal no Youtube, não me refiro a malfeitos, mas ao acesso a recursos para destinação às bases eleitorais, tudo dentro da regra do jogo.</p><p>Em princípio, seria mais interessante ao Planalto ter Renan Calheiros no comando do Senado que Davi Alcolumbre.</p><p>Mas o que tem a ver o fortalecimento de Arthur Lira nisso dai?</p><p>Tem que Lula tem atuado para dirimir as quizilas entre Arthur Lira e Renan Calheiros. O senador não esteve no lançamento do Novo PAC em Alagoas, mas o ministro Renan Filho e Arthur Lira, sim. E as falas foram em tom de cordialidade. Com algumas alfinetadas, é verdade, mas nada fora do tom.</p><p>Sem contar já haver algum tempo que Renan Calheiros não bate em Arthur Lira nas redes sociais. </p><p>Logo, insinuar que o Senado pode ser uma “casa-problema” para o Planalto e para o STF é uma forma de pressionar para limpar o meio de campo. Enquanto Davi Alcolumbre conseguir fazer isso, fará. É do jogo.</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-39460984192603274592023-10-28T07:15:00.003-03:002023-10-28T07:43:07.202-03:00Ao tentar barrar CPI da Braskem, Rodrigo Cunha aponta vontade de ser vice de JHC<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ_7sjjQ7nEOzxAVO0HYiFtZ3VvtAk1iMFrjuPssVStExTu7hpma-bxNjeqvfkAFE-5DDlg4hl5z7QM3IrE1PrqKXBppirtwlF6fQAi4I6AnXjHCcb_ysR7C61GOnvnn1a5z9zKpB9mzlOGmJxhb7pzI1zy7Q-gwDAxjlkuixPiJWbbtCuYFV9aRmhFh8/s1280/Design%20sem%20nome%20(1).jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="325" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ_7sjjQ7nEOzxAVO0HYiFtZ3VvtAk1iMFrjuPssVStExTu7hpma-bxNjeqvfkAFE-5DDlg4hl5z7QM3IrE1PrqKXBppirtwlF6fQAi4I6AnXjHCcb_ysR7C61GOnvnn1a5z9zKpB9mzlOGmJxhb7pzI1zy7Q-gwDAxjlkuixPiJWbbtCuYFV9aRmhFh8/w577-h325/Design%20sem%20nome%20(1).jpg" width="577" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Rodrigo Cunha quer ser vice de João Henrique Caldas em 2024</i></td></tr></tbody></table><p><br /></p><p>Uma CPI para apurar como a Braskem atuou para reparar os danos que causou na cidade de Maceió com a exploração de sal-gema, com o afundamento do solo de quatro bairros foi aprovada pelo Senado no dia 24 de outubro. De iniciativa do senador Renan Calheiros (MDB), a Comissão deve convocar vítimas e pessoas que participaram de forma direta na elaboração dos acordos de indenização.</p><p>Também de Alagoas, o senador Rodrigo Cunha (Podemos) tentou barrar a criação da CPI. Para isso, alegou não caber ao Senado investigar esse caso, o que foi prontamente desconstruído pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD); e atacou o senador Renan Calheiros e o ex-governador, e atual ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).</p><p>Rodrigo Cunha usou argumentos enganosos em sua fala no Senado. Evidentemente para gerar a republicação em Alagoas, especialmente na rádio do prefeito João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Primeiro, ele afirmou que Renan Filho permitiu as atividades da Braskem que resultaram no afundamento dos bairros. O tom que adota faz parecer que a extração de sal-gema só começou após o emedebista se eleger governador e não na década de 1970.</p><p>Os outros argumentos enganosos foram de que Renan Calheiros foi presidente da extinta Sal-gema – antecessora da Braskem – entre 1993 e 1994. Isso em si é verdade, mas como alguém que passou alguns meses na empresa há 20 anos pode ter responsabilização direta no ocorrido em 2018?</p><p>Noutro momento, o senador do Podemos adota a velha máxima da “presunção de culpa” contra o senador Renan Calheiros, em uma das muitas ações geradas a partir da desmoralizada Lava Jato.</p><p>Essa narrativa de Rodrigo Cunha visa descredibilizar a CPI da Braskem no Senado. E ele o faz poque tenta garantir que JHC consiga usar livremente os R$ 1,7 bilhão pagos pela mineradora ao Município de Maceió como acordo de indenização.</p><p>Sem contar que Renan Calheiros “vira bicho” quando está à frente de uma CPI, vide a da pandemia, e Rodrigo Cunha pode até ficar de fora da composição da CPI.</p><p>O Podemos compõe o mesmo bloco partidário que o MDB no Senado (MDB, UNIÃO, PODEMOS, PDT e PSDB), que só terá quatro vagas na CPI, entre os 11 titulares.</p><p>Voltando ao R$ 1,7 bilhão, esse valor é considerado bem abaixo do estimado em prejuízos à cidade de Maceió uma vez que falava-se em R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões, enquanto a Prefeitura recebeu R$ 1,7 bilhão após ter anunciado que pediria R$ 10 bilhões. (<b><i><span style="color: red;">MAIS <a href="https://tribunahoje.com/noticias/politica/2023/05/17/120666-vitimas-da-braskem-calculam-que-prejuizos-chegam-a-r-40-bilhoes" target="_blank">AQUI</a> e <a href="https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2021/12/31/os-r-10-bi-que-podem-manter-jhc-na-prefeitura-de-maceio" target="_blank">AQUI</a></span></i></b> -<span style="color: red;"> <b>ou no vídeo ao final do texto</b></span>)</p><p>Rodrigo Cunha quer JHC fazendo fuá desse dinheiro para facilitar sua reeleição para prefeito. </p><p>Ora, até aí tudo bem. Afinal, trata-se do único “amigo” na política que Rodrigo Cunha tem em Alagoas. Certo? Certo. Ocorre que se o senador for o candidato a vice-prefeito de JHC em 2024, assumirá o comando da Prefeitura de Maceió em 2026, uma vez que JHC será candidato – dizem – a governador de Alagoas.</p><p>Por somar muito pouco politicamente, Rodrigo Cunha tenta mostrar lealdade a JHC e “comprar” o passe para vice-prefeito. Atualmente, segundo o noticiário político, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que indicar o nome na vice de JHC.</p><p>Até por que se Rodrigo Cunha for mesmo vice de JHC e este sendo reeleito em 2024, a mãe do prefeito assume o mandato no Senado, já que é suplente de Rodrigo Cunha. Disso daí para a traição com Arthur Lira é um pulo. Ou ao menos mudar o tom das conversas à mesa.</p><p>Agora, para Rodrigo Cunha se não for vice de JHC em 2024, pode dar tchau ao Senado em 2026. Pelo menos é que quase todos os analistas locais apontam, ainda mais se Arthur Lira for mesmo candidato ao Senado nas próximas eleições gerais.</p><p>Em resumo, só lhe resta a vice, que mais gente quer – e quem não quer sentar na cadeira de prefeito de Maceió “sem fazer nada”?</p><p><br /></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nLeUs7zBDpU?si=ddfmjlEtCoMoMMZs" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-52638134963543344912023-10-25T10:34:00.003-03:002023-10-25T10:34:26.218-03:00O tempo de Lula para indicação da chefia do Ministério Público<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGSVnVNMg6LX3Fn0nh4Py4pbJ4NgJxf_S8xcJtJOra4xvJUhPqJqMlaZcqdVa1bStBkDU30F3vySYimQnp7GuiF38pilGWsoy8lgH97HzDqlHnpDptvJth2B5skaXMdj0dRAPMOrD2WfsBI9NEqy90yvOcizUM-MaSSfHIW3BrVLd4dsSROWeZysfk-_Y/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="330" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGSVnVNMg6LX3Fn0nh4Py4pbJ4NgJxf_S8xcJtJOra4xvJUhPqJqMlaZcqdVa1bStBkDU30F3vySYimQnp7GuiF38pilGWsoy8lgH97HzDqlHnpDptvJth2B5skaXMdj0dRAPMOrD2WfsBI9NEqy90yvOcizUM-MaSSfHIW3BrVLd4dsSROWeZysfk-_Y/w587-h330/Design%20sem%20nome.jpg" width="587" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Escolha de Lula para a PGR é a mais importante que as anteriores</i></td></tr></tbody></table><br /><p>Nesta quinta-feira, 26 de outubro, completará um mês sem que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha um titular. Com a saída de Augusto Aras – o bajulador-mor de Jair Bolsonaro –, o órgão que comanda o Ministério Público no Brasil está sob a interinidade da subprocuradora Elizeta Ramos, vice-presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O presidente Lula (PT) tem demorado mais para fazer esta indicação que o de costume. </p><p>Desde a campanha eleitoral de 2022, com destaque à entrevista para o Jornal Nacional durante a corrida do primeiro turno, Lula já adiantava que não escolheria o sucessor de Aras com base nae lista tríplice da Associação Nacional do Ministério Público (ANMP) – na prática, um sindicato –, gesto não previsto em lei e implantado por Lula ainda em seu primeiro mandato.</p><p>Sempre é bom a gente entender que o gesto de Lula significava que ele abria mão de exercer seu poder enquanto presidente da República. Um naco pequeno, é verdade, mas abria mão de poder. E deu no que deu. Nenhum órgão interno de controle, mais especificamente o CNMP, pôs freio na patota da Lava Jato em Curitiba.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>O conluio do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) com o juizeco Sergio Moro resultou num conjunto de crimes que destruíram parte da indústria brasileira e bagunçou a já confusa política brasileira, a criminalizando. Com destaque para o PT e o próprio Lula.</p><p>Até mandar recursos brasileiros para os Estados Unidos essa turma pensou e executou. Assim como criar um fundo para que estes fizessem política e encherem seus bolsos.</p><p>Tudo também em conluio com a imprensa grande, que legitimou cada vírgula mal escrita da horda lavajatista. </p><p>Também é sempre bom lembrarmos que o lavajatismo é o bolsonarismo de sapatênis. Ou seja, tudo manifestação do “fascismo à brasileira”, como costumo fala em meu canal no Youtube.</p><p>Augusto Aras pode até ter atuado para pôr fim à Lava Jato, mas isso se deu por interesse de Jair Bolsonaro que em poucos meses rompeu com aquele que lhe prestou a melhor ajuda nas eleições de 2018. Sergio Moro prendeu Lula para que o petista não concorresse naquele pleito e foi ser ministro da Justiça do capitão reformado do Exército.</p><p>Lula precisa escolher a dedo quem comandará a PGR pelos próximos anos. Não porque precise de ajuda na esfera do Judiciário, mas para pôr alguém que tenha, realmente, uma visão de Estado para o órgão, que não se envaideça com holofotes e nem ceda a pressões de toda ordem.</p><p>E se tem uma coisa que é abundante no Ministério Público, em qualquer esfera, é a vaidade por holofote e pouco espírito de Estado. O segundo problema vem desde as faculdades, penso eu. Há pouca ou nenhuma formação política, no sentido de se entender a diferença entre Estado e governos, a importância do distanciamento das disputas partidárias, de temas que cabem à política decidir. Em resumo, entender que é parte do trampo ficar distante da vida política.</p><p>Um fator que amplifica mais esse problema é o fato da origem de classe da maioria dos estudantes de Direito no Brasil, os que já lhe dão um caráter mais elitista. E sem a formação política – no sentido mais amplo da palavra – breu.</p><p>É evidente que os chefes dos ministérios públicos se relacionam com a esfera política, mas estes devem manter as instituições distantes das disputas.</p><p>O primeiro diz respeito à natureza atual de nossa sociedade, cada mais midiatizada e, por consequência, idiotizada. No popular, todo mundo quer ser artista. </p><p>Agora, se juntarmos os dois fatores citados acima teremos um prato cheio para novas Lava Jato.</p><p>Essa escolha de Lula para a PGR não é qualquer coisa. É a mais importante de todas. Talvez só equivalente à de Sepúlveda Pertence, o primeiro PGR após a redemocratização.</p><p>Tanto a Lava Jato é problema que um monte de lavajatista por aí agora nega seu amor pelo sapatenismo bolsonarista, como, por exemplo, a própria Elizeta Ramos, os nomes saídos da lista da ANMP e por aí vai. Até o Aras andou negando Jair Bolsonaro para tentar se manter no cargo.</p><p>É verdade que não se pode demorar demais para escolher o nome que comandará o Ministério Público no país, mas diante da importância da escolha, deixa Lula com o tempo dele.</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-25556050693309416452023-10-22T08:59:00.001-03:002023-10-22T09:43:57.208-03:00Árvore de Natal é de JHC armadilha para desviar debate sobre hospital<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRuk6x6tCVuWuEnMPclE99-D72wuDDjf5TAHlegzvvsGNQPrmE5CrU65Op8vo8250WNWsHlSocp9kko_vcxDLZudmULaT34p9ffnY30MbabGcpSvawt80-TuKlaUzto3sJNOUGTLB8Jbb_j3daSCqOQtyVT1fSu22ihTrt6ynyNHriDcJzsJGL7Iqgc0Y/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRuk6x6tCVuWuEnMPclE99-D72wuDDjf5TAHlegzvvsGNQPrmE5CrU65Op8vo8250WNWsHlSocp9kko_vcxDLZudmULaT34p9ffnY30MbabGcpSvawt80-TuKlaUzto3sJNOUGTLB8Jbb_j3daSCqOQtyVT1fSu22ihTrt6ynyNHriDcJzsJGL7Iqgc0Y/w517-h291/Design%20sem%20nome.jpg" width="517" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>JHC usa árvore de Natal para encobrir debate sobre compra de hospital</i></td></tr></tbody></table><br /><p>O prefeito João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, montou uma armadilha narrativa para tentar desviar o debate acerca da duvidosa compra do Hospital do Coração pelo Município ao mandar instalar – à revelia – uma árvore de Natal no Marcos dos Corais, situado bem na curva da orla de Ponta Verde, região mais “nobre” da capital alagoana. </p><p>Ainda em 2022, Prefeitura de Maceió e Governo do Estado passaram pela mesma divergência, mas prevaleceu um acordo judicial para a instalação do bibelô natalino. Apesar de ficar na orla de Maceió, o Marco dos Corais é um equipamento sob os cuidados do Governo do Estado. Logo, precisa de sua aprovação para a instalação de qualquer coisa no local.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Inclusive, esse é também um entendimento judicial. Após a retirada da árvore de Natal de 2022 no início deste ano, o Governo do Estado apontou a existência de danos gerados pelo enfeite natalino. Como reportou o portal do Jornal Extra de Alagoas, no último dia 19 de outubro, “o caso virou processo (nº 0741046-25.2022.8.02.0001) e o governo obteve vitória em decisão judicial determinando que qualquer intervenção na área deve passar pela autorização da Setur [Secretaria de Estado do Turismo]”. (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://ojornalextra.com.br/noticias/alagoas/2023/10/97081-governo-notifica-prefeitura-de-maceio-para-retirar-estrutura-da-arvore-natalina-no-marco-dos-corais" target="_blank">LEIA AQUI</a></span></i></b>)</p><p>Ou seja, JHC já sabia que teria de comunicar ao Governo do Estado e apresentar toda a documentação exigida para a instalação do adereço de Natal, a exemplo de garantias de não danificação do Marco dos Corais.</p><p>A Prefeitura de Maceió foi notificada e a montagem da Árvore de Natal. Logo, e até onde vi, partiu da primeira-dama de Maceió, Marina Candia, chamar o Governo do Estado – ou o governador Paulo Dantas (MDB) – de Grinch. Trata-se de personagem que detesta o Natal e tenta a todo custo evitar que pessoas de um vilarejo próximo o comemorem. Grinch foi interpretado no cinema pelo ator Jim Carrey.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtmrfys5SFraYmg3Wtd3eZZgIrWiNM8IhTUCz_gTRVGFgMAHmEcTTMH6vP0uNf13D5TvfZGqxq3NG_RLEXeOVG_bjH-dlHsNBZjoVJo4LyMh8W90bNV9jKsfo07Qw9csYxsq-6ZntDXHuXeNVfYqyDp14sidpRp40jyh2B-tjQ9wp7PKh8zcbiSXCW5fM/s720/dama.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="585" data-original-width="720" height="325" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtmrfys5SFraYmg3Wtd3eZZgIrWiNM8IhTUCz_gTRVGFgMAHmEcTTMH6vP0uNf13D5TvfZGqxq3NG_RLEXeOVG_bjH-dlHsNBZjoVJo4LyMh8W90bNV9jKsfo07Qw9csYxsq-6ZntDXHuXeNVfYqyDp14sidpRp40jyh2B-tjQ9wp7PKh8zcbiSXCW5fM/w400-h325/dama.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Primeira-dama de Maceió, Marina Candia, nas redes sociais</i></td></tr></tbody></table><br /><p>JHC sabia dos trâmites para a instalação da Árvore Natal, mas não os fez justamente para gerar essa polêmica menor. É mais fácil engajar as pessoas, os eleitores médios, com pequenas coisas.</p><p>O eleitor médio não está interessado em política, ao menos não 24 horas por dia, sete dias por semana. Quando muito, esse eleitor, que é a maioria entre nós, lê manchetes de sites e jornais ou sabe de algo através de algum meme na internet. É assim no Brasil, é assim no resto do mundo. O que diferencia, talvez, é a proporção desse perfil em cada população. (<b>ENTENDA MAIS NAS OBRAS DESTES LINKS: <i><span style="color: red;"><a href="https://www.google.com/search?q=cabe%C3%A7a+do+brasileiro&rlz=1C1WNOO_pt-PTBR978BR978&oq=cabe%C3%A7a+do+brasileiro&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIICAEQABgWGB4yCAgCEAAYFhgeMggIAxAAGBYYHjIICAQQABgWGB4yCAgFEAAYFhge0gEINjk3MGowajmoAgCwAgA&sourceid=chrome&ie=UTF-8" target="_blank">AQUI</a></span></i>, <i><span style="color: red;"><a href="https://www.google.com/search?q=cabe%C3%A7a+do+eleitor&rlz=1C1WNOO_pt-PTBR978BR978&oq=cabe%C3%A7a+do+eleitor&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIGCAEQRRhAMgkIAhAAGEMYigUyCQgDEAAYQxiKBTIHCAQQABiABDIPCAUQLhhDGIMBGLEDGIoFMgcIBhAAGIAEMg0IBxAAGIMBGLEDGIAE0gEIMTk1OGowajeoAgCwAgA&sourceid=chrome&ie=UTF-8" target="_blank">AQUI </a></span></i>e <i><span style="color: red;"><a href="https://www.google.com/search?q=a+mao+e+a+luva%2C+o+que+elege+um+presidente&rlz=1C1WNOO_pt-PTBR978BR978&oq=a+mao+e+a+luva%2C+o+que+elege+um+presidente&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIICAEQABgWGB4yCAgCEAAYFhgeMgYIAxBFGEDSAQg2MzY5ajBqN6gCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8" target="_blank">AQUI</a></span></i></b>)</p><p>JHC está sob ataque da oposição, mais notadamente do senador Renan Calheiros. Nesta semana, dois vereadores de Maceió, José Márcio Filho (MDB) e Joãozinho (PSD), foram impedidos de entrar no Hospital do Coração, comprado por R$ 226 milhões com recursos da indenização da Braskem ao Município de Maceió.</p><p>Para tentar justificar o valor pago, apontado como sobrepreço, JHC divulgou um parecer da própria Prefeitura, da Secretaria Municipal de Ações Estratégicas e Integração Metropolitana (SEMAEMI), assinada pelo titular da pasta, Ricardo de Luna Gomes.</p><p>Faz-me rir. Será que alguém crê na possibilidade de um secretário dar um parecer contrário a uma ação de gestor que o nomeou?</p><p>Mas como as coisas que envolvem os recursos da Braskem parecem ser feitas às pressas na Prefeitura de Maceió, o tal parecer aponta contradições em relação ao discurso de JHC para se promover com a compra do Hospital do Coração, como pontua o jornalista Edvaldo Júnior. Há inconstâncias sobre a quantidade de leitos e sobre a área total do imóvel desapropriado por JHC. (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://edivaldojunior.blogsdagazetaweb.com/laudo-assinado-por-secretario-de-maceio-desmente-jhc-no-caso-do-hc/" target="_blank">LEIA AQUI</a></span></i></b>).</p><p>Se o desgaste em torno da imagem de JHC por causa da compra do Hospital do Coração terá resultado suficiente para enfraquecê-lo eleitoralmente para 2024, só o tempo poderá mostrar. Mas, confesso, até agora, parece pouco diante do acumulado de capital político em Maceió que ele adquiriu. Mas o caso foi judicializado e pode – difícil, mas não impossível – resultar em inelegibilidade de JHC para 2026.</p><p>Capital político se ganha com processo cumulativo, independente do instrumento que se use ou área em que se atue. JHC ficou mais de dois anos nadando de braçada, sem oposição constante e permanente. É para isso que serve oposição, evitar ou atrapalhar os adversários políticos de acumular força.</p><p>Mas independente de os ataques por causa da compra do Hospital surtirem ou não o efeito desejado, o prefeito João Henrique Caldas sentiu o golpe. Tanto sentiu que não fala nada sobre os questionamentos, exceto pelo parecer “faz-me rir” de uma de suas secretarias.</p><p>Tanto sentiu que montou a armadilha narrativa em torno da árvore de Natal.</p><p><br /></p><p><b><span style="font-size: x-large;">MAIS SOBRE ESSE TEMA:</span></b></p><p><br /></p><p><b><i><span style="color: red;">Maceió: JHC driblou lei, mas vereadores teriam que aprovar desapropriação de Hospital</span></i></b></p><p><a href="https://caduamaral.blogspot.com/2023/10/maceio-jhc-driblou-lei-mas-vereadores.html">https://caduamaral.blogspot.com/2023/10/maceio-jhc-driblou-lei-mas-vereadores.html</a></p><p><b><i><span style="color: red;"><br /></span></i></b></p><p><b><i><span style="color: red;">Prefeito JHC parece estar com pressa para gastar dinheiro da Braskem</span></i></b></p><p><br /></p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/IsZzhc9P8jk?si=-NirkVOan6xVkcrl" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-43852017854965778522023-10-19T09:21:00.005-03:002023-10-19T09:21:41.027-03:00Veto dos EUA na ONU comprova posição de Lula sobre Conselho de Segurança<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs-3WsrQC7lEndrOzPqtSh9KHCgZzgUiPvasF2BRPVOTVJaccKd-t0oB0b_jOX2CzXgojN9-2nQqDP1k2-ICdAT1SeUiwp6dmV6u_tbAhuSpHzg3nz-LVQ4VHi4yNaHhnfxAZYz9c8Ihtx2HEkCp7KyifE-bT79rEAHPnjuiNt0aqBrygiT9vKN_Fk9To/s919/Design%20sem%20nome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="517" data-original-width="919" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs-3WsrQC7lEndrOzPqtSh9KHCgZzgUiPvasF2BRPVOTVJaccKd-t0oB0b_jOX2CzXgojN9-2nQqDP1k2-ICdAT1SeUiwp6dmV6u_tbAhuSpHzg3nz-LVQ4VHi4yNaHhnfxAZYz9c8Ihtx2HEkCp7KyifE-bT79rEAHPnjuiNt0aqBrygiT9vKN_Fk9To/w580-h326/Design%20sem%20nome.jpg" width="580" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Lula na ONU e EUA vetando proposta do Brasil sobre guerra na Palestina (Reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p>Não é de hoje que o presidente Lula (PT) tem defendido a reformulação no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), criado após a Segunda Guerra Mundial e cujo poder interno real pertence somente a cinco países: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França. Os demais são rotativos e a presidência o órgão, quando não ocupado por dos cinco, é apenas simbólica.</p><p>A votação da resolução (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://news.un.org/pt/story/2023/10/1822057" target="_blank">MAIS AQUI</a></span></i></b>) apresentada pelo Brasil sobre a guerra na Palestina, nesta quarta-feira (18), é um excelente exemplo da razão de Lula sobre a necessidade de o Conselho de Segurança da ONU ser reformulado. Dos 15 países que compõe o colegiado, a proposta brasileira obteve 12 votos favoráveis, duas abstenções e um voto contrário dos Estados Unidos. Logo, o documento foi rejeitado.</p><p>Se um dos cinco países permanentes for contra qualquer proposta ali discutida, “tchau e benção”. Esse formato é anacrônico com os dias atuais. Se no período pós-Segunda Guerra, nos anos de Guerra Fria, fazia algum sentido ter um órgão, que se propõe a ter magnitude, mais enxuto e tirar resoluções de forma consensual, hoje isso não faz mais sentido algum, exceto manutenção de poder – mesmo que simbólico – global.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Cito o exemplo dessa votação, mas há inúmeras ao longo do tempo. A Rússia já se beneficiou disso, por exemplo, em votação sobre a guerra na Ucrânia.</p><p>E como o formato permite que nada não consensual seja aprovado, os países, na verdade, fingem que seguem o que sai dali. Sejamos francos. As potências bélicas e econômicas não dão a mínima para o Conselho de Segurança da ONU. Se assim não fosse, os EUA seriam um tantinho menos belicistas, por exemplo.</p><p>Se os países quiserem que a ONU deixe de ser um “enfeite” global, precisam reformular os colegiados e regras que a fazem funcionar (ou não). E esse tipo de coisa tem de começar pelo principal órgão, aquele que, de fato, motivou a criação do organismo internacional.</p><p>Quanto mais plural for o Conselho de Segurança da ONU e que os países que o compõem tiverem equivalência de poder decisório, mais forte esse colegiado será. Não se pode ter cinco países com poder de veto enquanto outros dez servem somente de perfumaria. Na prática, o órgão segue aos moldes pós-Segunda Guerra. </p><p>No posicionamento internacional, o Brasil saiu bem na foto. Apresentou uma proposta que obteve a aprovação de 12 entre 15 membros do Conselho. Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, chegou a ressaltar o protagonismo internacional de Lula e que seu país estreite laços com o nosso.</p><p>Além da operação de repatriamento de brasileiros – e latino-americanos – da Palestina, o que também posiciona o Brasil como um agente de paz, diálogo e negociação entre as nações.</p><p>Até a mídia comercial xexelenta e chinfrim do Brasil reconhece a exitosa ação de repatriamento e a justeza da proposta brasileira para a guerra na Palestina apresentada à ONU.</p><p>Mas somente boas ideias e muita vontade de gastar saliva para resolver conflitos, bélicos ou econômicos, não é o suficiente sem que haja – de fato – um espaço de poder decisório mais igualitário entre as nações. Conflitos econômicos acabam resultando em bélicos, guerras. Ressalte-se.</p><p>A recente votação do Conselho de Segurança da ONU, apesar de péssima, especialmente aos cidadãos palestinos, servem para mostrar que, mais uma vez, Lula tem razão.</p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-36608487749632128592023-10-17T08:51:00.008-03:002023-10-18T05:27:35.497-03:00Maceió: JHC driblou lei, mas vereadores teriam que aprovar desapropriação de Hospital<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjjW8WRbTAAG90ShGW5h9Thm_W_d_oWoSVDPg4XJkayiLEw_wH7LxJ0Z18Gt9GjZWSbijUAMmKIqm10PxGmAPFChyphenhyphenl8ozoTthLvPQfwKxb5QrT7GrnuIf9qSJU4baUyIO4mx7pdQiY3jaNtY2o4hK2cvES-8jmDRGeIRpiLR7Z_Vlp8-N3Mm2tRfP3Cr8/s1280/Design%20sem%20nome.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjjW8WRbTAAG90ShGW5h9Thm_W_d_oWoSVDPg4XJkayiLEw_wH7LxJ0Z18Gt9GjZWSbijUAMmKIqm10PxGmAPFChyphenhyphenl8ozoTthLvPQfwKxb5QrT7GrnuIf9qSJU4baUyIO4mx7pdQiY3jaNtY2o4hK2cvES-8jmDRGeIRpiLR7Z_Vlp8-N3Mm2tRfP3Cr8/w560-h315/Design%20sem%20nome.jpg" width="560" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ao que parece, trâmite de desapropriação de hospital não passou pela Câmara</td></tr></tbody></table><br /><p>O prefeito de Maceió João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC,
anunciou a compra do Hospital o Coração pelo Município por R$ 266
milhões. Além da suspeita e superfaturamento tão alardeada pela
oposição e que resultou no início de investigação pelo
Ministério Público de Alagoas (MP/AL), o prefeito bolsonarista
driblou a lei de licitações.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Pelo valor pago, a
compra precisaria passar por um processo licitatório, mas JHC
desapropriou o hospital. O decreto da medida foi publicado no Diário
Oficial do Município (DOM) em 29 de setembro e assinado no dia 27.
Mas segundo a legislação sobre as desapropriações, citadas
inclusive no decreto, seria necessário que a Câmara Municipal de
Maceió aprovasse a transação entre a Prefeitura e o Hospital do
Coração.</p><span><a name='more'></a></span><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixwsHqMT80WrW7dFmJLCfZ4UqSlr8u3-CoVtxFy7Jyi2t2CiLq1TTvDtFpNDAW9YKwoPSn_QrpPMYHxPrPPX1Jy0mcMVemEwiX6gPKDa4rSNPsJMzfhmJitpnfQA8bHy0EGB8pe92zgEYj-uHBYQm6CxiRlXVS6r2tpOmXgDCkkd-oq7taW9e_k2-Y36A/s1508/decreto%20hospital.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1508" data-original-width="612" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixwsHqMT80WrW7dFmJLCfZ4UqSlr8u3-CoVtxFy7Jyi2t2CiLq1TTvDtFpNDAW9YKwoPSn_QrpPMYHxPrPPX1Jy0mcMVemEwiX6gPKDa4rSNPsJMzfhmJitpnfQA8bHy0EGB8pe92zgEYj-uHBYQm6CxiRlXVS6r2tpOmXgDCkkd-oq7taW9e_k2-Y36A/w261-h640/decreto%20hospital.jpg" width="261" /></a></div><br /><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Diz o caput do
artigo 2º do decreto-lei 3.365, de 21 de junho de 1941, que
“mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão
ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito
Federal e Territórios”. Mas o parágrafo 2º deste artigo ressalta
que “será exigida autorização legislativa para a desapropriação
dos bens de domínio dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal pela União e dos bens de domínio dos Municípios pelos
Estados”.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Até a publicação
desse texto, não foi encontrado sequer o registro do pedido de
aprovação aos vereadores protocolado na Casa de Mário Guimarães,
ao menos não no portal do parlamento-mirim, na sessão de “leis e
atos”, onde deveria constar todos as matérias que passam pela
análise dos vereadores maceioenses. Nem da desapropriação, nem da
aprovação de utilidade pública do Hospital do Coração. (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://www.maceio.al.leg.br/" target="_blank">PROCURE AQUI</a></span>, NA SESSÃO "LEIS E ATOS"</i></b>)</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Tá certo que a
transparência no trâmite de projetos de lei e afins no portal da
Câmara Municipal de Maceió já viveu dias melhores, mas nem no “pai
google” há registro que esse tema passou pela discussão entre os
vereadores de Maceió.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">JHC tem sido
“mestre” em driblar questões um tanto quanto espinhosas e,
inclusive, trazer pautas dos outros para si. Foi assim, por exemplo
com o recursos dos precatórios do extinto Fundef, cuja luta sempre
foi do Sinteal, mas o então deputado federal fez parecer para muita
gente ter sido uma conquista de seu mandato na Câmara dos Deputados.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Se a aquisição do
Hospital do Coração não tiver passado pela Câmara Municipal de
Maceió, como a ausência de registros na internet faz parecer, temos
aí outra irregularidade nesse negócio. E jamais esqueçamos do
valor pago, apontado por muito como bem acima do valor.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">JHC está “forrado”
em recursos graças ao dinheiro pago ao Município pela Braskem como
forma de indenização. A mineradora pagou R$ 1,7 bilhão de reais,
festejados como a maior das botijas. Mas, convenhamos, este valor –
diante do estrago causado pela empresa em Maceió – foi um mero
“troco de pão”. Mesmo assim, dá muito bem para gerar um boom
para a campanha eleitoral que se avizinha.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">E de boom para 2024,
a Prefeitura de Maceió está com tudo. Deve entrar em vigor muito em
breve um voucher às escolas privadas; compra de vagas em creches de
institutos ligados aos vereadores, para compensar as 20 creches do
Governo do Estado rejeitadas por JHC; e, por exemplo, o "aulão" para o
Enem pago ao setor privado. Isso, além de desmerecer a capacidade
dos professores da rede pública, joga dinheiro público para o
privado.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Uma festa, e
recheada com recursos originados de um crime ambiental na cidade de
Maceió. Seja de forma direta – usando o dinheiro transferido pela
mineradora – ou indireta, devido à folga orçamentária que a
indenização da Braskem gerou ao orçamento municipal.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Talvez, talvez, se
JHC tivesse de lidar com uma oposição de verdade desde o início de
seu mandato, ele não teria tanta desfaçatez para usar o erário.
Talvez.</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 17px;"><b>[ATUALIZADO EM18/10, ÀS 5H30]</b></span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">Recebi o comentário abaixo, por mensagem, de Cássio Lima, procurador do MPT:</span>
<br /><br /><i><span style="font-size: 17px;">"</span><span style="font-size: 17px;">Cadu, não precisa de lei. Só precisa de lei quando a União quiser desapropriar bens dos Estados ou dos municípios, ou quando o Estado quiser desapropriar bens dos municípios. O hospital é privado, logo não precisa de lei.</span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">O que precisa de lei é o aproveitamento que o JHC está fazendo com o dinheiro recebido pela Braskem, pois todo recurso recebido pelos entes públicos precisam passar pelo orçamento, no caso teria que ter uma lei municipal prevendo os recursos extraordinários recebidos pelo município e os destinos que deve ser feito deles".</span></i><br />
<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_231018_052551_765.sdocx--></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-78305057246660664.post-26583034096268673652023-10-14T08:00:00.003-03:002023-10-14T08:10:25.462-03:00Na Globo News, Jorge Pontual defende assassinato em massa de crianças<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYciDLaDlddyY2v6-VVxzXGtBOswGX8q-yK88D_qfcjmtuD43roVvwmaCBhAIKOdjl8NGtmSinGD6Aq1eJrflBGCyl3-yoOLw-pBkYktslLMXu7DnVWCEew5UjG9ZqylT3puC3RG_cw8U_vPMcELFrSZffDPkF1D5TGSZywwYCKxNy0AIJltoB5WPmt30/s1250/pontual.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="1250" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYciDLaDlddyY2v6-VVxzXGtBOswGX8q-yK88D_qfcjmtuD43roVvwmaCBhAIKOdjl8NGtmSinGD6Aq1eJrflBGCyl3-yoOLw-pBkYktslLMXu7DnVWCEew5UjG9ZqylT3puC3RG_cw8U_vPMcELFrSZffDPkF1D5TGSZywwYCKxNy0AIJltoB5WPmt30/w554-h267/pontual.png" width="554" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Jorge Pontual legitimou o assassinato de crianças palestinas (Reprodução)</i></td></tr></tbody></table><br /><p><br /></p><p>Sim, o título desse texto parece “pesado” ou um click baite, mas não é. O comentarista da Globo News – residente nos Estados Unidos –, Jorge Pontual, defendeu abertamente o massacre de Israel a Gaza, onde vive majoritariamente a população da Palestina. Para ele, um cessar-fogo “favorece o Hamas”. Mas o papagaio dos interesses imperialistas do Tio Sam não cita que os israelenses estão assassinando crianças em nome de combater um “grupo terrorista”.</p><p>Tudo vale para manter a ordem imperialista das coisas.</p><p>Gaza é uma das regiões mais densamente povoadas do planeta, 6.000 habitantes por km², tendo 40% de sua população composta por crianças menores de 14 anos de idade. Israel não está respondendo ao ataque do Hamas, está dizimando – ainda mais – os palestinos.</p><span><a name='more'></a></span><p><br /></p><p>Com todo o aparato tecnológico que possui Israel e também seus aliados bélicos, daria para “responder ao Hamas” de forma mais cirúrgica e reduzir as baixas civis. Em vez disso, rolo compressor.</p><p>Os palestinos são o povo mais oprimido da Terra, atualmente. E toda essa opressão, um dia, arrebentará a corda.</p><p>O povo palestino está desaparecendo há décadas. O avanço de Israel sobre o território palestino também tem essa missão. </p><p>A tal “resposta de Israel” defendida por Jorge Pontual na Globo News é, na verdade, a defesa do extermínio de um povo. E ao defender que Israel aja assim, é como legitimar o que os nazistas fizeram aos judeus na primeira metade do século 20.</p><p>Sim, o sionismo é uma das formas de nazifascismo “moderno” em voga no mundo atualmente.</p><p>Jorge Pontual não passa de um papagaio de imperialista. Sempre foi e agora, depois de velho, não mudará mais.</p><p>De acordo com reportagem publicada em O Tempo, as crianças estão entre as principais vítimas em Gaza.</p><p>“Ao longo de 16 anos, de janeiro de 2008 a setembro passado (pouco antes, portanto, de eclodir a atual guerra no Oriente Médio), o conflito entre palestinos e israelenses matou mais de 5.300 pessoas neste estreito pedaço de terra na costa com o Mediterrâneo, segundo dados da ONU. Mais de 1.200, ou 23%, eram crianças”, pontua, destacando que no atual massacre israelense, “em menos de uma semana, morreram ao menos 1.900 pessoas na região, sendo 614 deles (33%) crianças, segundo balanço do Ministério da Saúde palestino divulgado na tarde desta sexta-feira (13)”, completa a reportagem publicada em O Tempo. (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://www.otempo.com.br/mundo/um-terco-dos-mortos-em-gaza-sao-criancas-dizem-palestinos-1.3254115">LEIA AQUI</a></span></i></b>)</p><p>Talvez por viver há tantos anos nos Estados Unidos e se parecer fisicamente com a porção dominante da sociedade daquele país, Jorge Pontual se sinta um deles. Pode estar aí a explicação de a cara sequer tremer quando ele solta as coisas que diz.</p><p>Israel não está respondendo ao Hamas, está acelerando o massacre aos palestinos. Israel não está respondendo ao Hamas, mas à oposição a Benjamin Netanyahu, fortalecida politicamente, inclusive com a maioria da população israelense o culpando pelo ataque do Hamas. Seja pela falta de defesa, seja pela forma como seu governo sionista trata os palestinos.</p><p>Em pesquisa divulgada pelo jornal The Jerusalem Post, e realizada pelo instituto Dialog Center, 86% dos israelenses culpam Benjamin Netanyahu pelo ataque do Hamas.</p><p>Netanyahu sequer tem o apoio entre os apoiadores da coalizão que o pôs no cargo de primeiro-ministro. O levantamento aponta que 79% dessa parcela da população de Israel o culpam pelo acesso de extremistas em território israelense.</p><p>Ainda de acordo com a pesquisa, 56% dos israelenses defendem a renúncia de Benjamin Netanyahu. Entre os apoiadores da coalizão governista, 28%. (<b><i><span style="color: red;"><a href="https://www.jpost.com/israel-news/article-767880" target="_blank">LEIA AQUI</a></span></i></b>)</p><p>Ter um inimigo comum – e perigoso – pode ajudar a unir um país e, assim, desviar o foco a outros temas. No caso, inclusive o massacre contra os palestinos. Não pensem que todos os judeus são sionistas. Há, entre todas as vertentes do judaísmo, quem condene o sionismo e o mal que isso faz ao mundo.</p><p>Mas para Jorge Pontual massacrar crianças e aumentar a dizimação de um povo é responder ao inimigo. </p><p><b>EM TEMPO</b></p><p><i>É possível defender a Palestina e seu direito a ter um Estado, um pedaço de chão para que os palestinos chamem de seu, sem apoiar o ato do Hamas, que não deslegitima a luta palestina. O povo palestino é, atualmente, o povo mais oprimido do mundo. Nunca devemos equivaler a reação do oprimido com a agressão do opressor.</i></p><p><i>Também é possível defender que os judeus tenham seu pedaço de chão. O que não dá é justificar o que eles fazem há décadas: massacre e roubo do chão dos outros.</i></p>Cadu Amaralhttp://www.blogger.com/profile/13484562786874212911noreply@blogger.com3