quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Quinzena agitada para os movimentos sociais

Aconteceu nos últimos quinze dias o Conselho Nacional de Entidades de Base - CONEB, 6º Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE e o Forum Social Mundial. Os eventos da UNE em Salvador/BA e o FSM em Belém/PA.

No CONEB, participaram em torno de 5 mil pessoas entre delegados e observadores. Na Bienal esse numero cresce para em torno de 10 mil. Já no FSM algo em torno de 150 mil.

Esse eventos ocuparam os movimentos sociais nessa última quinzena.




O CONEB aprovou o projeto de Reforma Universitária da UNE. Instrumento da entidade para a disputa de uma nova concepção de universidade. O Clima do CONEB foi de consenso. O que mostra que o moviemnto estudantil vai estar unido em torno do projeto. O primeiro palco dessa luta será a Conferência Nacional de Educação. As etapa municipais já começam neste ano. A etapa nacional será em 2010. (veja o projeto aprovado no site da UNE: www.une.org.br )

Na Bienal, estudantes de todo o país debateram acerca da indentidade brasileira e latino-americana. Em conjunto aconteceu a 1ª Trienal de Cultura da OCLAE (Organização Caribenha e Latino-americana dos Estudantes).

No FSM, o tema central foi a saída para a crise financeira que assola o globo. Além da reafirmação do socialismo como alternativa para os povos de todo o planeta.

Dirversos debates, conferências e palestras aconteceram em Belém. Os que mais chamaram a atenção foram as que contaram com a participação dos presidentes Chavéz (venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Corrêa (Equador), Luggo (Paraguai) e Lula do Brasil.

A via campesina organizou um evento com todos os presidentes à exceção de Lula. Numa leitura equivocada, a meu ver, de que hoje Lula não faz parte da alternativa ao neoliberalismo na América Latina. Todos os presidentes citados são reflexo da presença de Lula na presidência brasileira. Tanto o é, que no ato com os cinco presidentes todos afirmaram isso.

Há quem diga que nesse ato apenas Lula não falou em socialismo. De fato não falou. Fez muito mais. Foi o único que apresentou propostas concretas para superar a crise e um novo perfil de Estado em contra-posição ao Estado neoliberal.

Na minha opinião, houve muito dilentantismo nas falas dos companheiros sulamericanos.

O mais importante é que o movimentos sociais do Brasil e do mundo saíram do FSM com uma agenda comum de luta contra o caiptalismo e sua mas recente crise.

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