domingo, 24 de abril de 2011

PIG ataca novamente!


A tentativa de manipular informações político-partidárias é infindável. Veja como a Folha de S. Paulo (22/04/11) informou os dados da última pesquisa Datafolha: “O PT largou na frente [sic] do PSDB na disputa pelos votos da chamada nova classe média, faixa que reúne as famílias com renda mensal entre três e dez salários mínimos. Dados mostram que os eleitores deste segmento social, também conhecido como classe C, são os que mais dizem preferir o PT entre todos os partidos políticos. O PSDB tem o melhor desempenho entre os brasileiros mais ricos, com renda familiar acima de dez salários”. Falso! Mentira! Basta observar o gráfico acima (abaixo): o PT tem o dobro da preferência partidária (16%) entre os brasileiros mais ricos, com renda familiar acima de dez salários, relativamente aos 8% que preferem o PSDB!

Por Fernando Nogueira da Costa*

Mas a Folha de S. Paulo informa “imparcialmente” que “o menor índice do PT é justamente entre os mais ricos, com rendimento acima de dez salários (R$ 5.450). Nesta faixa, que compõe as chamadas classes A e B, o partido é citado como o mais admirado por apenas [sic] 16%. Isso inclui a elite econômica e a classe média tradicional”.


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No gráfico de barras, em vez de colocar a comparação lado a lado, ou seja, barras para o PT e o PSDB na mesma escala, apresenta um gráfico abaixo do outro com escalas distintas. No jornal impresso, a barra dos 8% do PSDB está maior do que a dos 16% do PT para a classe A-B, dando impressão equivocada para o leitor que apenas vê ligeiramente o resultado. Um peso, duas medidas…

Na fatia mais pobre, com orçamento até dois salários (R$ 1.090), a sigla tem 23%. Esta é a faixa mais alheia ao jogo partidário: 58% não têm uma legenda favorita. Portanto, a maioria dos entrevistados (54%) diz não preferir nenhuma legenda. Estes eleitores tendem a escolher os candidatos sem considerar seus partidos.

O PT aparece à frente das outras siglas em todas as faixas de renda. No total, registra 26% de preferência, contra 6% do PMDB (sem candidato à Presidência desde 1994) e 5% do PSDB. Mas a Folha de S. Paulo dá sua preferência partidária para este, estampando a pretensa “disputa polarizada” e não destacando que o aliado político PMDB possui maior simpatia popular que o PSDB.





*Retirado do blog do Fernando N. da Costa (clique aqui)

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