segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eleições na UFAL. É pra frente que se anda.






Hoje aconteceram as inscrições de candidaturas à reitoria da Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Três são as candidaturas: Eurico Lobo atual vice-reitor; Paulo Vanderlei diretor do Centro de Ciências Agrárias – CECA e Valéria Correia do curso de Serviço Social e ex-pró-reitora estudantil.


Como sempre o debate acerca da reitoria da UFAL deve ser acalorado. Toda a comunidade acadêmica se envolve. A eleição entra em todas as rodas de conversas nas três categorias da universidade: estudantes, técnico-administrativos e professores.

Não estou mais na UFAL, acompanho apenas de longe esta disputa. Mas acompanhei de perto as mudanças na Universidade nos últimos oito anos. Como a UFAL melhorou em estrutura humana e física no governo Lula.

O número de cursos aumentou significativamente, bem como professores e técnico-administrativos. Mas em muitos locais/cursos esta política precisa ser consolidada. É onde entra o papel da reitoria da universidade.


Mesmo com esses avanços, ainda temos problemas de infra-estrutura em cursos da UFAL, notadamente no interior.

Mas hoje temos UFAL no interior. Essa é uma conquista que só teremos sua real dimensão daqui a uns 20 anos. Quando pudermos afirmar que temos uma geração formada na UFAL no interior.

Ganhos na cultura política, na forma de interação com a sociedade e a não dependência do poder político local, quase sempre coronelista, estão pra mim, entre as principais conquistas da interiorização da UFAL.

É obvio que ainda se tem muito por fazer. A demanda das universidades brasileiras é histórica. Desde a concepção da criação da primeira universidade no Rio de Janeiro, criada apena para dar título Honoris Causa à um chefe de Estado Inglês à políticas neoliberalizantes dos anos 90.

Até 2002 a política central para as universidades era a do desmonte. Em estrutura e capacidade humana. As grades curriculares eram atrasadíssimas e quase não se debatia a sua renovação. Era um clima antidemocrático em todos os sentidos.

Ainda hoje há aqueles que querem manter aquele como um espaço de poucos, uma ilha de excelência. Se estivesse na UFAL, que se propusesse a combater esta ótica sairia na frente pelo meu voto.

Outro aspecto é o papel de indutor do desenvolvimento que a UFAL pode e deve cumprir em Alagoas. Como temos os piores índices de desenvolvimento do país, a universidade joga papel central para tirar Alagoas desta sofrível situação. Este tema também ajudaria a definir meu voto. Como também dentro da expansão que passou a universidade, políticas que garantam a unidade da UFAL. Não só do ponto de vista administrativo, mas também curricular e em estrutura humana e física.

E claro, valores democráticos dentro da universidade. Espaços coletivos fortalecidos e em constante política de fortalecimento. Garantia de espaço par aos três segmentos da comunidade acadêmica.

Será um bom/boa reitor/reitora da UFAL quem se propuser a fazer com que ela ande pra frente, sempre corrigindo os erros e busacando alternativas não elitistas aos problemas enfrentados.
Vamos aguardar como se dará o debate desta eleição. Como já disse acima acompanho de longe, mas sempre de forma atenta.

Até porque foi na UFAL que me defini ideologicamente. Foi lá onde iniciei minha militância política e compreendo a UFAL como um instrumento importantíssimo de inclusão social, de fortalecimento da democracia (democracia não é só escolha em eleições, é também garantia de acesso as necessidades básicas de existência).

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