É cada vez mais crescente a criminalização dos trabalhadores organizados em seus sindicatos por aqui na “doce” terra de Alagoas. É só um sindicato afirmar que vai deflagrar greve e logo é multado pelo Poder Judiciário.
“A greve é ilegal!” – bravatam os ditadores de toga alagoanos.
E o direito de greve e à livre organização, onde está? O direito à livre organização é só para a estrutura burocrática de sindicatos e associações, não. É também a forma de luta. Concordemos com ela ou não, cada setor da sociedade tem o direito de escolher como defenderá seus direitos.
Principalmente num Estado como o nosso. Com os piores índices de desenvolvimento humano, os piores índices econômicos e a maior concentração de renda do planeta.
Como não protestar numa situação dessas?
Ilegal não são as greves dos trabalhadores, ilegal é a forma como o povo alagoano sempre foi tratado por sua elite. Isso desde os tempos de comarca. O “doce mel de engenho” que escorre da boca dos donos do poder por aqui há muito fazem mal, um mal muito pior que a diabetes, ao nosso povo.
Ilegal é garantir as regalias aos “nobres” alagoanos. Ilegal é termos os poderes a serviço dos ricos de Alagoas.
Multar trabalhadores em luta é muito fácil.
Por que não se multa os responsáveis pela quebra do Produban (banco público estadual de Alagoas)?
O debate da Reforma Política não pode ficar somente na questão eleitoral. É preciso debater a relação entre os Poderes e formas de participação popular em todos eles.
Não é nada legal continuarmos a ter um Poder Judiciário elitista como temos em Alagoas.
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