quarta-feira, 6 de julho de 2011

Lenilda no INCRA/AL

Aconteceu ontem, no auditório do Banco do Nordeste - BNB a cerimônia de posse de Lenilda Lima como nova Superintendente do INCRA em Alagoas. Diversas personalidades, entre movimentos sociais urbanos e rurais e órgãos públicos estiveram presentes.

A indicação de Lenilda para o INCRA significa a continuação da política de Reforma Agrária em Alagoas iniciada ainda no governo Lula em 2003. Alagoas teve um aumento em quase 130% entre 2003 e 2010.

Mais do que um simples troca de comando na autarquia federal,  o ato serviu também para reafirmar o compromisso com o desenvolvimento social, distribuição de renda e inclusão social tão necessários em Alagoas.


Plenário do Auditório do BNB
Alagoas é o Estado brasileiro com a pior distribuição de renda do país. Aqui, como já afirmei várias vezes no blog, ainda vivemos sob a lógica econômico-política dos tempos de comarca de Pernambuco. Tendo como ator principal no Poder político e econômico o setor sucro-alcooleiro. A personificação dessa política hoje é clara como cristal, o governador do Estado é um dos maiores usineiros de Alagoas.

A “doce” política aplicada historicamente em Alagoas pela nossa “doce” elite fez com que todos os nossos índices de desenvolvimento fossem os piores do Brasil. Somos hoje um Estado completamente federalizado. Alagoas não produz riqueza. Nosso banco estadual (PRODUBAN) foi quebrado pelos usineiros, não temos Empresa pública de assistência técnica para trabalhadores rurais, sem falar nos pelancos de coronéis que ainda existem no interior de Alagoas. Nossa economia é monopolizada.

É tanta cana-de-açúcar que faz até medo de epidemia de diabetes...

É nesse contexto que se tenta fazer Reforma Agrária em Alagoas e Lenilda tem capacidade e vontade política para a tarefa assumida a poucos dias.

Não será fácil, mas não tenho dúvidas será exitosa. Exitosa, mas sem a pretensão de acabar com a demanda secular de terra os trabalhadores rurais nela viverem e trabalharem. Afinal, não se resolve uma questão de mais de 500 anos em pouco tempo, mas os passos dados nesta direção, com Lenilda Lima a frente do órgão continuarão a ser dados.

Um comentário:

Carlos Eduardo Müller disse...

Grande Abraço ao Estevão e boa sorte a Lenilda na continuidade!