quarta-feira, 13 de julho de 2011

Reforma Política: Mais programa e mais diversidade nos espaços políticos

Muita gente diz por aí que este é o melhor momento pra fazer a reforma política. Se é, eu não sei, mas que já passou do tempo, isso já.

Está mais do que claro que mudar o modus operanti da política brasileira é necessário. Mudar a lógica personalista e coronelista dos espaços políticos. Todos eles. Inclusive o Poder judiciário. Que como um dos três Poderes que compõe o Estado brasileiro também é político e não “técnico-judidiquês” como apregoam alguns.

A necessidade urgente da reforma política não significa que pode ser qualquer reforma. A “mãe” das reformas precisa vir para fortalecer debates programáticos e os partidos políticos ideológicos; fortalecer a participação popular com toda a sua diversidade de gênero, cor, orientação sexual e geracional.

Hoje apenas cerca de 8% do Congresso Nacional é composto por mulheres. As mulheres são mais de 50% da população brasileira. Este disparate não é pelo fato das mulheres não serem capazes de legislar. Este disparate se deve ao modelo patriarcal de sociedade que vivemos onde os "grandes" espaço são dos homens. No capitalismo isto é pior, mesmo reconhecendo que sociedades patriarcais também podem se configurar em estados socialistas.

Daí a importância do feminismo na luta pela verdadeira emancipação humana. Como também a luta anti-racista; anti-homofóbica e as lutas da juventude brasileira.

O Estado brasileiro precisa estar mais perto da realidade do povo. Abandonemos o Estado elitista e saudosista dos tempos do “Império dos Pedros”.

Neste sentido ocorre em Maceió no próximo dia 15/07 (Foto) o debate: Mulheres e a Reforma Política, promovido pela Frente de Mulheres Partidárias. O evento contará com a participação das Deputadas Federais Luiza Erundina do PSB/SP e Janete Pietá do PT/SP, além das representações partidárias contidas na parte de baixo da foto acima.

Sem reforma política, qualquer outra reforma fica prejudicada. Afinal todas as decisões que se possam tomar em qualquer esfera são decisões políticas.  Tomemos para nós este debate, porque quem não gosta de política é dominado, queira ou não, por quem gosta.



O Analfabeto Político
Bertolt Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe,
da farinha, do aluguel,
do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

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