sábado, 17 de setembro de 2011

Alagoas 194


Na última sexta-feira comemoraram-se os 194 anos da emancipação política de Alagoas em relação a Pernambuco. Fomos comarca dos pernambucanos e assim como lá temos um cultura rica, mas infelizmente ao contrario de lá, em Alagoas pouco se conhece ou se manifesta tais manifestações culturais.

De Maracatu à Coco de Roda passando por Reisado, Chegança e Pastoril.

Assim como lá tivemos o inicio de nossas atividades econômicas na produção de cana-de-açúcar, mas ao contrario de Pernambuco nós não diversificamos nossa economia.

Ao contrário de Pernambuco ainda nos comportamos como colônia, como vira-latas.

Em nossas fronteiras temos as belas paisagens que possam existir. De praias a cachoeiras. Rios e lagoas “a dar com pau”. Mas temos, ainda, infelizmente, pelancos de coronéis.

Temos ainda pessoas que se julgam mandatários da vida alheia. Vivemos ainda na relação entre a casa grande e a senzala.

Não é à toa que o maior partido política do Estado é a Cooperativa dos Usineiros. Além do atual governador, persona que unifica o poder político com o poder econômico, a Cooperativa também detém os meios de comunicação, mesmo que de forma indireta através de publicidade.


Ah... a publicidade o que seria da velha imprensa sem ela.

Voltando ao tema Alagoas... por temos os piores índices de desenvolvimento econômico e social. Nossa capital: Maceió é a capital de Estado mais violenta do Brasil. É mais seguro ser soldado, de qualquer lado, no Iraque do que viver em Alagoas.

Nossa economia é um doce. Yes, nós temos cana! Só cana...

Somos talvez o único lugar do planeta onde após a construção de novo aeroporto, internacional diga-se, e de um centro de convenções que em nada deixa a desejar a outros que existem por aí, o número de visitantes cai a cada ano.

Isso mesmo, cai a cada ano. Mas mesmo assim nossos hotéis sempre lotam no verão e às vezes nas outras estações também.

Também é covardia num canário natural como essa daí de baixo, não é não?



Ah... Se não fossem nossas belezas naturais...

Com a duplicação da BR até Pernambuco, algo enaltecido aos montes e que de fato pode ser uma coisa boa, estamos às beiras de sofrer um abraço de urso. Ficar tão perto de uma capital bem mais desenvolvida que nos poderá ocasionar evasão de riqueza, inclusive humanas.

Como também é covardia o que se faz com nosso povo.

Mas seguimos em frente. Aos poucos vamos largando a síndrome de vira-lata. Aos poucos vamos nos libertando da “doce” relação de poder existente por aqui mesmo que com pontuais retrocessos.

Aos poucos, vamos de fato nos tornando a Terra da Liberdade.

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