Geralmente não posto nada aos domingos, mas depois de ler o blog do Coronel Coutinho (clique aqui) sobre manifestação de estudantes contra a comemoração do golpe militar de 64 por partes de militares no Rio de Janeiro. Coutinho diz que os estudantes ferem a liberdade de expressão ao protestar contra a comemoração de assassinatos, sequestros e corpos desaparecidos... Até onde sei apologia ao crime é crime. A ditadura militar foi um ato criminoso que militares cometeram contra o povo brasileiro.
Coutinho tem o despautério de questionar onde estavam os líderes políticos destes estudantes. Ele afirma que na época da ditadura estavam bebendo vinho na Europa e em países sulamericanos. Ora, até onde sei só o Serra fugiu pro Chile, isso mesmo fugiu e abandonou a UNE e o país. Só ele ficou saboreando vinhos finos nesse período e com certeza, nessa manifestação não tinha tucano não.
Falar de revanchismo na impunidade é fácil, Coutinho. Diz isso a quem tem um parente desaparecido. E o fato de não ter vivido o período não tira o direito de querer saber a verdade dos fatos, onde estão os desaparecidos e o nomes dos torturadores.
E que nunca se esqueça e que nunca mais aconteça.
Seu corporativismo militar é que é idiota e infantil. E enquanto os militares não reconhecerem o erro do golpe de 64 nunca serão de fato respeitados pelo povo brasileiro.
O fato de protestar contra a comemoração do golpe não quer dizer que os estudantes não pensem, debatam e questionem os problemas atuais como você diz. Muitos dos quais gerados pela ditadura militar como o fato de termos um hiato gigantesco em nosso amadurecimento democrático, projeção de lideranças políticas, partidos ideologicamente fortalecidos e cultura de participação popular em espaços políticos.
É isso que militares como você querem comemorar? Faz-me rir... Essa é uma pida de 1º de abril de péssimo gosto.
Violência e prepotência tem os viúvos ou os pelancos da ditadura que ainda hoje teimam falar asneiras por aí. E saiba você e quem mais defende a ditadura, sempre haverá gente disposta a lutar pelas liberdades, em especial estudantes.
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