Quanto
tempo um cidadão comum fica sem pagar suas contas de energia sem que
ela seja cortada? Quanto seria o valor que um pessoa ou uma empresa
comum conseguiria ficar devendo à Eletrobras sem que esta cortasse
sua energia? O governador do Estado, o usineiro Téo Vilela deve,
através de suas usinas 30 milhões de reais em energia. Foi o que
apurou em dezembro de 2011 o jornalista Odilon Rios ao Portal Terra.
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Esta é
mais uma prova do quanto é nocivo unir o poder político ao poder
econômico.
Fala-se
tanto em ficha limpa em períodos eleitorais. Mas e sobre empresas
ficha limpa, ninguém fala. Será que uma empresa que deve a União,
e não deve qualquer quantia, deve R$ 30 milhões, poderia realizar
doações para campanhas eleitorais?
Mesmo que
seja em uma eleição municipal, não há aí um conflito de
interesse direto?
Afinal,
uma empresa devedora ao Estado brasileiro está investindo em uma
candidatura para uma das esferas do Estado, a prefeitura.
As Usinas
Reunidas Seresta, de propriedade do atual governador do Estado,
Teotônio Vilela Filho, doou R$ 100 mil à candidatura de Rui
Palmeira. É o que consta em sua segunda prestação de contas
parcial (imagem abaixo).
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Isso é o
novo?
Não tem
dinheiro para pagar a conta de luz, mas tem para financiar campanha
eleitoral. Mesmo que se diga que R$ 100 mil não são R$ 30 milhões.
Isso não justifica.
Queria
ver você que lê isso agora devendo essa quantia à Eletrobras se
estaria sem a luz cortada.
Não se
pode dar mais poder a quem já tem demais. Os usineiros cooperados em
Alagoas já fazem o que querem só pelo fato de serem os detentores
do poder econômico local. Se damos mais poder a eles, não sei nem o
que eles são capazes de fazer.
É mais
do que pertinente o debate sobre a Reforma Política. Empresas
privadas, de qualquer natureza, financiando campanhas transformam
parlamentares e gestores em lobistas de seus interesses. O país
precisa debater mais a fundo essa questão.
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