terça-feira, 17 de dezembro de 2013

2014 chegando e a oposição ainda perdida

O final de ano em 2013 está com cara de 2014. Não acham? Especialmente no samba das articulações políticas para o pleito de outubro próximo. Algumas batucadas não mudam. Não mudam nunca. Como o da “grande imprensa” sobre os setores mais populares da política nacional.

Na oposição as peças se mexem mais bruscamente. Afinal é ali que se tem que correr atrás do tempo perdido. E, sinceramente, pelo andar das coisas, tudo continuará como está. Perdidos.

Joaquim Barbosa, que não diz nem que sim nem que não sobre sua candidatura em 2014, quer que agências de publicidade façam a comunicação do Supremo Tribunal Federal (STF), ou como consta em documento enviado ao Conselho nacional de Justiça (CNJ), ao Poder Judiciário.

Na proposta de Barbosa não há previsão de teto com gastos publicitários. Aliás, para quê gastos publicitários? O Poder Judiciário não é executor de políticas e obras. Não cria nada de novo em quê as pessoas precisam ficar sabendo e, por ventura, alguma regra, método ou forma de execução de suas atividades junto à população, tem-se a cadeia de rádio e tevê para fazer isso.

Além de campanha publicitária, Joaquim Barbosa não quer – lembrando – teto de gastos. Ao contrário dos outros dois poderes.  É o Supremo supremo.

Será que ele vai disputar as eleições do ano que vem?

Ninho tucano
Se Barbosa vai, ele ainda não disse. Mas o PSDB vai. Só não se sabe ao certo como. (Extra) oficialmente o candidato é Aécio Neves. Ele foi alçado à presidência do partido, como apoio do FHC e tudo, para ter mais projeção.

Mas nem todos os bicos sorriram com essa decisão, entre eles José Serra. O eterno candidato ainda não disse não ser candidato em 2014. Joga nos bastidores para minar o colega mineiro-carioca.

Serra ajuda tanto o PSDB para a disputa eleitoral do ano que vem que afirmou que o uso de cocaína deve ser pauta da campanha. Ora, não tem dois meses que 450 quilos de pasta base de cocaína foram encontrados dentro de um helicóptero em uma fazenda no Espírito Santo. A aeronave e a propriedade rural são da Família Perrella, aliados de Aécio em Minas Gerais.

Somente daí dá para perceber como Serra ajuda o PSDB e Aécio. E essa ajuda parece ter ares de maldade. Ele publicou em seu perfil no Facebook que o PSDB deveria lançar Aécio o mais rápido possível. A notícia foi dada como que ele havia desistido de se candidatar para apoiar o correligionário, mas ele negou que houvesse pulado fora do barco. Continua na disputa interna do tucanato.

Além da disputa interna, as coisas não andam boas entre eles. As pesquisas são desanimadoras. Ao que tudo indica – ainda tem muita água para passar por baixo da ponte – a eleição presidencial será definida no primeiro turno e com vitória de Dilma.

Tendo isso em vista, Aécio resolver trocar seu marqueteiro. Ele trocou Renato Pereira, que atuou na campanha de Caprilles, contra Hugo Chávez na Venezuela em 2012. Segundo notícias vinculadas na imprensa, Aécio deve recorrer a uma solução caseira, trazendo para sua equipe as mesmas pessoas que coordenam as campanhas do PSDB em Minas desde 2002.

Tendo um colega de partido com o José Serra, Aécio deveria chamar um espanta assombração e não um marqueteiro.

Campos e o PSB
Quer sinal melhor de como as coisas estão feias no ninho tucano? Roberto Freire, o mais fiel aliado do PSDB – do Serra, é verdade –, e seu PPS, fechou acordo com Eduardo Campos do PSB e deve apoiá-lo em 2014. O governador de Pernambuco é outro que não consegue descolar sua campanha do chão.

Teve um momento de pop star ao filiar Marina Silva e sua Rede no PSB, mas depois voltou a ser um ilustre desconhecido da população brasileira. Tirando a visibilidade que a mídia lhe deu por ter filiado a ex-senadora, a grande vitória de política de Campos em seu voo solo é o apoio do PPS.

Agora responda a si mesmo se por acaso o candidato do PSDB for o Serra, você acha que o PPS abandona Campos para se juntar ao tucano?

Eduardo Campos segue fechando diversos acordos estaduais com o PSDB. Já houve notícias de que haverá apoio mutuo em um eventual segundo turno e, ao que consta, sem ser dada a menor importância ao que Marina pensa disso tudo.

Marina que, aparentemente, caiu em uma armadilha. Não conseguiu cumprir a burocracia para fundar seu partido anti-partido e, no desespero, se deixou seduzir pelos olhos verdes de Eduardo Campos. Está fadada, caso nada altere o quadro, a ser, se quiser, candidata ao Senado no Acre.

E o PT?
Ao PT cabe fortalecer as alianças eleitorais. O fato de o vento, nesse momento, soprar (muito!) a favor não pode significar imobilismo. Nem pragmático, muito menos programático.

É preciso que se melhorem as ações de governo. Que se formulem políticas que ampliem as conquistas dos trabalhadores, fortaleçam a democracia e a soberania de nosso povo.

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