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Está
em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) o fim do financiamento privado
de campanhas eleitorais. Pelo menos o fim de doações feitas por empresas. O
julgamento foi motivado por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolado em setembro de 2011.
A
sessão para debater o tema teve início com no dia 11/11 e dois votos já foram
apresentados. O do ministro relator Luiz Fux e do presidente do STF, Joaquim
Barbosa. Ambos votaram a favor do fim do financiamento privado de campanhas
eleitorais por empresas. Barbosa foi além e defendeu que nem pessoas físicas
possam fazer doações.
Fux
alegou que as novas regras deveriam começar a valer em 24 meses para não deixar
um hiato na legislação eleitoral. Essa lei tem como princípio a anuidade.
Barbosa afirmou que ela já deveria valer em 2014 e que, se o Congresso não
discutiu, não o fez por que não quis. As votações retomam hoje (12), mas devem
se estender até o ano que vem.
Se
aprovado, conforme a OAB solicitou, já em muito melhora o equilíbrio das disputas
eleitorais. Os advogados pediram para extinguir as doações feitas por empresas,
não por pessoas. Isso ainda dá margem para que “laranjas” sejam usados nas
doações. Mas já é um avanço.
É
certo que mesmo com o provável aprimoramento das regras eleitorais no Brasil, o
caminho foi o das vias tortas. É o Congresso Nacional que tem a prerrogativa de
legislar e, cada Poder da República, tem o seu tempo. A fala de Barbosa é
típica dos autores de “canetaço”. Se você não fez, faço eu e ponto final!
A
posição de Fux de que as mudanças passem a valer, na prática, somente em 2016,
é a mais coerente. Ela não dá brecha para que o princípio da anuidade seja
ignorado em debates futuros sobre as regras do jogo político no Brasil. E
Barbosa sabe disso, mas como ele gosta de fazer bravata...
De
todo jeito é bom lembrar aos navegantes que a decisão do STF – qualquer que
seja ela ao final desse julgamento – vale para o texto atual das leis
eleitorais e dos partidos políticos. Em nada há impedimento de que o Congresso
faça novas leis.
Não sei, com p pstf fico sempre com o pé atrás...
ResponderExcluirEu não confio, mas vamos ver o desenrolar.
De boas intenções o inferno tá cheio e o pstf dá lotado.
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Helder