Fusca 1975 de Itamar Santos queimando durante o ato contra a Copa do Mundo. Foto: R7 |
Mais
uma vez a turma mascarada intitulada de “Black Bloc” causou transtornos à
população em atos contra a Copa do Mundo. Com destaque para a cidade de São
Paulo, onde um fusca 1975 foi incendiado com toda a família de Itamar Santos,
um serralheiro de 55 anos que vinha da igreja na hora da confusão.
Em
outras cidades também foram convocados atos contra o evento esportivo, mas a
adesão foi baixa. Os mascarados dizem quebrar apenas “símbolos do capital”, mas
pontos de ônibus são quebrados e bancos públicos são destruídos. [ironia
mode on] Isso por que no Brasil, os trilhardários usam o ônibus para se
locomover e são assistidos pelos programas sociais do governo federal através
dos bancos públicos [ironia mode off].
Tudo
isso com o pseudo mote de que o “dinheiro da Copa deveria ser investido em
educação e saúde”. Tudo conversa fiada, o objetivo é tirar dividendos
políticos-eleitorais para derrotar Dilma em outubro. Se você participa dessas
manifestações acreditando que a causa é a que dizem ser, pare agora. Você se
tornou marionete de grupos fascistoides que são financiados por ONGs
internacionais.
É
claro que questionar o evento da FIFA no Brasil e todo o monte de capital que
circula em torno dele em um país que ainda apresenta enormes desigualdades é
legítimo, mas o que essa turma que usa máscara de filme americano quer é outra
coisa.
O
total de investimento, público e privado, para a Copa do Mundo é de R$ 22,46
bilhões. A previsão de retorno é de R$ 142 bilhões. Isso segundo a Fundação
Getúlio Vargas. O dinheiro gasto para a construção dos estádios privados também
privado. Os estádios públicos, que são estaduais, são recursos e parcerias dos
governos estaduais. Verba federal está sendo usada em obras de infraestrutura e
mobilidade urbana.
Em
2014, o Orçamento da União para a Saúde é de 10,74% do Produto Interno
Bruto (PIB) de 2013, são R$ 92,3 bilhões. Quatro vezes mais do que os investimentos,
públicos e privados, com a Copa do Mundo. Para a Educação, o Orçamento da União
é de R$ 81,2 bilhões de reais. Desses, R$ 13,6 bilhões são para a educação
básica (complementação do FUNDEB). Mas nesse montante não constam “as
obrigações constitucionais e legais (cota-parte do Salário-Educação), cujo
total de R$ 44,8 bilhões encontra-se em ‘Encargos Especiais’”.
Portanto
se você acha que está junto com o povo “protestando” contra o “descaso” com
educação e saúde, pare. Você não está fazendo isso. É apenas massa de manobra
de grupos fascistoides. É bom repetir para ver se assim você percebe. Aos que
tentam teorizar sobre as manifestações, junho e de agora, também pare. Não há
povo nas ruas. Povo e gente são coisas distintas, apesar de parecer o
contrário. Povo é espectro social, classe trabalhadora, grupo de pessoas que
vivem os problemas sociais coletivamente, é a maioria da população e, quando se
movem, o fazem diante de causas reais, mesmo que tenham, por ventura finalidade
política-eleitoral (isso por si só não é ilegítimo). Gente é outra coisa.
Gente
é outra palavra para ser humano. E só. Povo é os que se revoltaram contra os “BlackBlocs” na Praça da República, Centro de São Paulo. Povo é o senhor
Itamar Santos que teve seu Fusca 1975, instrumento de trabalho, queimado
enquanto pessoas que usam máscaras de filme americano destruíam tudo o que viam
pela frente.
Agora diante de toda essa
confusão, e claro de mexer com interesses poderosos do capital. Sim, pois a
Copa é do interesse do capital e isso não é segredo nem novidade. Está para ser
aprovada uma lei que vai tratar manifestações de rua como terrorismo para “combater
os Black Blocs”. Após a Copa essa lei será usada para criminalizar as
manifestações populares que virão. Sindicatos e movimentos sociais que se
cuidem, os mascarados criminalizaram vocês.
black blocs Tudo, mas tudo mesmo, tem que ser conquistado através da política. Aqueles que têm o que dizer ou não estão satisfeitos com “tudo o que está aí” que se filiem a um partido político e elejam-se deputado, vereador, seja lá o que for e defenda seus ideiais sem utilizar-se de vandalismo e baderna.
ResponderExcluirSe a polícia e o exército não pode enfrenta-los por questões legais, o povo pode. Alô to torcidas organizadas!!!
ResponderExcluirConsiderações:
ResponderExcluirAs manifestações de junho/13 trouxeram além da pauta o MPL, Mídia Ninja, Black blocs, Anonymous.
O governo federal disse ser legitimo e soberano o direito de manifestação popular, da sua compreensão a pauta e que para o Brasil avançar mais na direção dos anseios populares bom seria um “Plebiscito” com vistas a uma “Reforma Política”.
Entendi que a manifestação e concordou. Se não, todos saberíamos.
O Congresso sorriu, colocou-se contra e impediu.
Passei a entender mais.
Meses depois vem a luz denúncia de roubo de dinheiro público no transporte paulistano.
Suprimiu-se um terço do dinheiro investido o que representa exatamente a metade do que se tem, se poderia ter a mais.
Sem cobrança maior de civilidade, mas para quem liderou um movimento pautado no transporte paulistano, esperei ser convocado no mínimo para um acompanhamento da investigações.
O conflito “Copa x Educação” torna muito claro a necessidade de uma “Reforma Política” soberana e legitimada por um “Plebiscito”. Com fins de garantir a sociedade uma participação mais efetiva, nem em “Conselhos Chapas Brancas” nem e “Quebra quebra de vândalos” e que se possa discutir por exemplo o Art. 212 da Constituição que trata das parcelas mínimas dos orçamentos para a educação, valendo da União até o município. 18% pra União, 25% paro o estado e município. Esta é a ordem e é obedecida.