O Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Rede Brasil Atual junto com blogs parceiros realizam, uma vês por mês, um programa chamado Contraponto. Nele acontecem entrevistas sobre temas da atualidade política, econômica e social. Sempre sob um olhar não presente na imprensa grande.
A
última edição contou com a participação do jornalista Franklin Martins. Ele foi
secretário de comunicação social no segundo mandato de Lula na Presidência da
República. Na função, coordenou a elaboração da proposta de regulamentação dos
meios de comunicação.
O
documento foi o saldo da Conferência Nacional de Comunicação. Realizada em
2009. Em seu teor não há nada além do que prevê a Constituição de 1988. “Regulamentação
apenas para a radiodifusão dentro do que conta na Constituição. Impressos
escrevem o que querem e como querem, mas o direito de resposta deve estar
regulamentado e a justiça punir crimes de calúnia, difamação e injúria”,
defendeu.
A
concentração da mídia no Brasil é algo vergonhoso. Quatro empresas dominam a
informação que circula no país. Determinam o que as pessoas devem saber e como
devem saber. E não precisa ser muito inteligente para saber que o olhar sobre
as informações que circulam no país é o da classe dominante.
E
a lógica é tão atrasada que nem o discurso liberal de que (no capitalismo)
todos têm vez e voz, eles nem se preocupam em, pelo menos, manter a aparência.
Voltando
a entrevista. Franklin Martins comenta a destinação de verbas publicitárias, o
boom da internet e marco civil, e a maior mentira sobre a lei de meios, tão propagada
pela imprensa grande, de que esse debate é para implantar a censura no Brasil.
“Nós
precisamos fazer com que essa mídia se democratize. Não é para calar, não é
para impedir ninguém de falar, não é para obrigar ninguém a falar X ou Y. É
para permitir que mais grupos, mais pessoas, mais entidades, mais associações, mais
correntes da sociedade possam se expressar. Como é no mundo todo”.
Abaixo o vídeo com a íntegra da entrevista
*Fica a dica para sindicatos e associações de todo o país: façam como o Sindicato dos Bancários de São Paulo!
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