quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Mais um calo que dói em JHC: O Iprev

Imagem gerada por IA

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC) – ainda no PL – sempre demonstrou muita segurança em público, especialmente ao lidar com a mídia. A exceção foi o período que o acordo que fez com a Braskem ganhou o noticiário nacional devido à iminência de colapso da mina 18. Naqueles dias, as entrevistas eram concedidas de cara amarrada e com certa gagueira ao responder perguntas indigestas. Tivemos exposto ali um calo do prefeito da capital alagoana.

Algum tempo depois, veio o questionamento sobre os R$ 8 milhões pagos à escola de samba Beija-Flor no Rio de Janeiro. Tivemos aí outro calo em JHC com o qual ele não soube lidar, ao ponto de até processar jornalistas que comentaram e questionaram o uso desse recurso. Inclusive, este escriba.

O tempo passou e a segurança voltou com tudo. Mas agora, o tema que envolve aplicações com recursos do Instituto de Previdência dos Servidores de Maceió (Iprev). De acordo com denúncia feita pelo vereador Rui Palmeira (PSD), que é o antecessor de JHC na Prefeitura de Maceió, foram aplicador R$ 117 milhões em letras financeiras do Banco Master com orientação da consultoria Crédito e Mercado, investigada pela Polícia Federal na Operação Rebote por causar prejuízo de R$ 400 milhões ao PreviCampos, de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Segundo Rui Palmeira, documentos apontam que um representante da consultoria, Renan Calamia, participou da reunião que aprovou o investimento. A empresa é suspeita de envolvimento em prejuízos bilionários em diversos fundos previdenciários no país.

Discussões para cá, discussões para lá, vereadores justificando a autorização para os contratos acolá, o que cabe também destaque é que o caso mexe com o humor do prefeito, ainda mais por ser de Rui Palmeira a primeira voz que trouxe essa situação a público. Não diria ódio, mas a falta de amor – vamos dizer assim – entre eles não é novidade.

E isso é tão verdade que somente após Rui Palmeira denunciar este caso que o Iprev o notificou, extrajudicialmente, para que ele comprove repasses que deveriam ter sido feitos ao IPREV durante o período que se estende de 2016 a 2020.

Só agora, já no segundo mandato. Por quê?

Ora, evidente que é por que Rui Palmeira encontrou mais um calo em JHC que, aparentemente, não sabe muito bem lidar com esbarrões na calosidade, provavelmente por estar acostumado somente a receber tapinhas nas costas.

Bom, se eu fosse da linha de frente da oposição a JHC, bateria todos os dias nesses calos: acordo com a Braskem e todos os seus desdobramentos; o dinheiro da Beija-Flor, que mostra o preterimento à cultura local; e o caso do Iprev. Calo em quem a gente “não gosta” tem que ser pisado o tempo todo.

P.S.: E aqui sem qualquer insinuação de mau uso de recursos. Trato somente da luta política.

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