sexta-feira, 27 de maio de 2011

Fora Téo: Não subestimem as redes sociais nem tampouco a juventude


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O movimento dos servidores públicos de AL resolveu adiar seu ato previsto para hoje, sexta-feira, dia 27/05. Isso por causa do ato chamado nas redes sociais e assinado pelo “movimento caras-pintadas”. A alegação era que nãos e sabia quem era que convocava e tinha o receio de ser coisa orquestrada para criar confusão.

Pois bem...

Tiro n’água...

O ato aconteceu, compareceram entre 700 e 800 pessoas espontaneamente. Tudo aconteceu de forma pacifica.

O que houve?

Subestimaram o poder de mobilização das redes sociais e da juventude.

Em outra postagem disse que a CUT estava perdendo um momento histórico (veja aqui). Isto por que desde as manifestações contra aumento de passagens em 2001 que não acontecia uma mobilização popular de forma espontânea.

Sem água, passagem, sem transporte ou qualquer tipo de estrutura. Na verdade, nem pauta econômica-salarial-corporativa essa juventude tinha. Só a desaprovação de um governo que nada faz pelo povo alagoano.

A pauta dessa moçada é política!

Alagoas é o Estado mais federalizado do país e nada aqui acontece sem o governo federal. Isso se deve a nossa “doce” elite açucareira que nunca esteve tão bem representada com agora com Téo Vilela como governador.

O fora Téo significa que não dá mais pra continuar do jeito que está. Só pra se ter uma idéia se mata mais em Alagoas no que nas guerras no oriente médio. É melhor ser soldado norte-americano na guerra do Iraque ou Afeganistão do que ser cidadão ou cidadã em Alagoas.

Hoje ficou provado que não se pode subestimar nem as redes sociais tampouco a juventude.

Espero sinceramente que isso não aconteça mais. Que os movimentos sociais tradicionais dialoguem melhor com as novas tecnologias. Chega de velharia, e não falo sobre idade, mas sobre concepção das coisas.

Outra coisa provada hoje é que sim a juventude quer debater política, não quer debater politicagem. Quer sim participar da vida política de sua comunidade, cidade, estado ou país, mas não quer ser apenas massa acrítica. Quer opinar, ser ouvida...

Entre tantos preconceitos como machismo, racismo, homofobia... Existe um que ninguém fala: o preconceito geracional. Mas isso fica como tema pra outro texto.




*Fotos por Dir. LGBT da UNE Ridina Motta (@ridina)

Um comentário:

Edberto Ticianeli disse...

Muito boa a sua análise, Cadu. É isso mesmo: tem que se respeitar as mídias sociais. Não vai demorar e teremos movimentos sociais "em nuvens". É melhor do que ter a cabeça nas nuvens, como a velharada.

Edberto Ticianeli