sexta-feira, 24 de setembro de 2010

À NAÇÃO

Em uma democracia nenhum poder é soberano.

Soberano é o povo.

É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.

Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.


Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaça de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.

O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.

Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.

O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.

Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão.

A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.

É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa.

Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo.

Mesmo quando acusaram sem provas.

Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta.

Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.

A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos.

Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade. Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante.

O Brasil passou por uma grande transformação.

Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.

Ninguém nos afastará desse caminho.

Viva o povo brasileiro.


Assinam:

Leonardo Boff

Maria Conceição Tavares

Oscar Niemeyer

Marilena Chaui

José Luis Fiori

Emir Sader

Theotonio dos Santos

Fernando Morais

Nilcea Freire

Laura Tavares

Walnice Galvão

Eric Nepomuceno

Martha Vianna

Felipe Nepomuceno

Pablo Gentili

Florencia Stubrin

Flavio Aguiar

Renato Guimarães

Ivana Bentes

Vera Niemeyer

Giuseppe Cocco

Sergio Amadeu

Hugo Carvana

Martha Alencar

Carlos Alberto Almeida

Luiz Alberto Gomez de Souza

Ingrid Sarti

Gaudêncio Frigotto

Isa Jinkings

Leila Jinkings

Sidnei Liberal

Sueli Rolnik

Celio Turino

José Gondin

Lejeune Mirhan

Monica Bruckman

Izaias Almada

Clarice Gatto

Fernando Vieira

Rafael Alonso

José Fernando Balby

Breno Altman

Elisabeth Sekulic

Carlos Otavio Reis

Cassio Sader

Tatiana Roque

Monica Rocha

Carlos Augusto Peixoto

Antonio Lancetti

Benjamin Albagli Neto

Geo Brito

Barbara Szaniecki

Henrique Antoun

Francisco de Guimaraens

Mauricio Rocha

Cibele Cittadino

Adriano Pilatti

Marcio Tenambaum

Jô Gondar

Rodrigo Guéron

Paulo Halm

Maria Candida Bordenave

André Fetterman Coutinho

Carlos Eduardo Martins

Lucia Ribeiro

Helder Molina

Elizabeth Serra Oliveira

Isadora Melo Silva

Janes Rodriguez

Claudio Cerri

Gloria Moraes

Peter Pal Pelbart

Mari Helena Lastres

Cecilia Boal

Alexandre Mendes

Mauro Rego Costa

Ana Miranda Batista

Ana Maria Muller

Ronald Duarte

Osmar Coelho Barboza

Joaquim Palhares

Marco Weissheimer

Silvio Lima

Isabella Jinkings

Marcia Aran

Cezar Migliorin

Susana de Castro

Ricardo Rezende Figueira

Eiiana Schueler

Virgilio Roma Filho

Ana Lucia Magalhaes Barros

Maria de Jesus Leite

Marcos Costa Lima

Alberto Rubim

José Cassiolato

Beth Formaggini

Marilia Danny

Fabrício Toledo

Ana Maria Bonjour

Ana Maria Alvarenga de Barros

Marcio Miranda Ferreira

Marcio Pessoa

Marco Nascimento Pereira

Vanessa Santos do Canto

Monica Horta

Ana Maria Muller

Fernanda Reznik Santos

Eliete Ferrer

Felipe Cavalcanti

Francini Lube Guizardi

Rodrigo Pacheco

Edna Krauss

Luis Felipe Bellintani Ribeiro

Rosa Maria Dias

Leneide Duarte-Plon

Licoln de Abreu Penna

Marcelo Saraiva

Francisco Bernardo Karan

Lucy Paixão Linhares

Luiz Carlos de Sousa Santos

Eliana Dessaune Madeira

Lucio Manfredo Lisboa

Isabel Moraes da Costa

Sandra Menna Barreto

Angelo Ricardo de Souza

Roberto Elias Salomão

Angelo Ricardo de Souza

Ricardo Elias Salomão

Eleny Guimarães Teixeira

Elisa Pimentel

Leonora Corsini

Maria Helena Correa

Isis Proença

José Adelio Ramos

Albertita Dornelles Ramos

Deborah Dornelles Ramos

Tamarah Dornelles Ramos

Xavier Cortez

Rodrigo Gueron

Aparecida Martins Paulino

Leonardo Palma

Paulo Roberto Andrade

Urariano Mota

Lea Maria Reis

Ferreira Palmar

Gabriel Rebello

AGFilho

Newton Pimentel

Patricia Ferraz

Pedro Alves Filho

José Antonio Garcia

Afonso Lana Leite

Mariana Rodrigues Pimentel

Jussara Rodrigues Pimentel

Affonso Henriques

Ana Muller

Mario Jakobskind

Fabio Malini

Dayse Marques Souza

Tania Roque

Jussara Ribeiro de Oliveira

Rita de Cassia Matos

Fernando Santoro

Washington Queiroz

Araken Vaz Galvão

Paulo Costa Lima

Carlos Roberto Franke


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