sábado, 16 de outubro de 2010

Vamos comparar...

Recebí por email de uma ex-professora minha na UFAL. 

Por Cibele Rodrigues*

1 - No programa de Governo de Serra há várias mênções à redução de gastos federais. Para os tucanos isso significa = menos concursos públicos, salários congelados, menos investimentos em políticas sociais.

Também há a proposta de PROTEC que insinua investimento em escolas técnicas privadas que foi a política para Educação do governo FHC e de seu ministro Paulo Renato (atual secretário da educação do governo Serra). Educação pública é gasto para o PSDB.

2 - texto do site "Com Lula e Dilma, o Brasil mudou. O crescimento econômico e a distribuição de renda passaram a caminhar lado a lado. O resultado é que, de 2003 para cá, 31 milhões de brasileiros entraram para a classe média, 24 milhões saíram da pobreza absoluta e 13 milhões conquistaram um emprego com carteira assinada."

3 - Eu fiz essa pesquisa: número de universidades públicas criadas no governo Lula é maior do que em 100 anos de república. No governo de FHC houve uma explosão de criação de faculdades particulares.
O governo Lula reformulou o programa de bolsas para estudantes nas IES (Instituições de Ensino Superior) privadas, criando o PROUNI (Programa Universidade para Todos). 



Foram criados 214 campi criados, apenas 3 localizam-se em capitais - INTERIORIZÇÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS e apoio a estudantes de baixa renda nas universidades privadas. (Além de 14 novas Universidades)**

Governo de Fernando Henrique Cardoso:
Vagas no setor privado: de 71,1% para 85,7%
Vagas na univ. Públicas: de 28,9% para 14,3%.

Governo Lula:
Univ. pública:  de 14,3% para 32,95%.
Dados da sinopse do Censo da Educação Superior de 2008 do INEP

4 - Outra pesquisa Dados de investimento do governo Federal em programas de Habitação,
CEF/FGTS – Atendimento por faixas de renda (Em %)

FHC 2002 (%)

2003    (%)
Lula
 2004      2005         2006
Até 3 SM
23
16
   37         47            57
3 a 5 SM
30
54
   37         31             27
Mais de 5 SM
47
30
   26         22            16
               Fonte: SNH/Ministério das Cidades apud IPEA (2007) 




[1] A título de comparação é importante lembrar que no período 1995-2000, o financiamento se concentrou na Carta de Crédito Individual (60%), sendo menos de 20% os recursos destinados para o programas de habitação para baixa renda (HBB e Pró-Moradia).

Fontes de Recursos: FGTS, SUBSÍDIO FGTS, FAR, FDS, PSH, OGU, FAT, CAIXA
Fonte de Informação: MCIDADES e Relatório BEF

Informações atualizadas até
30/07/2007





Confira :
Se ainda não está convencido/a  tem mais um texto de um jornalista

Na Constituinte, vejam como Serra  votou:

Serra negou seu voto pela garantia do salário mínimo real
Pra que salário mínimo real, não é mesmo?, ideal para nossa direita seria arrochar ainda mais os baixos salários dos trabalhadores brasileiros, até mesmo o salário mínimo;

Serra negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário
Para a direita brasileira, férias já são quase um... abuso, imagine-se ainda pagar 1/3 do salário por elas;

Serra negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio
Afinal, FHC se vangloriava que “a era Vargas acabou”, ele achava o máximo o mínimo de carteiras de trabalho assinadas, contava vantagem de ter diminuído drasticamente o número de carteiras de trabalho assinadas nos seus governos (1994-2002), isto é, apresentava como “modernidade” direitos trabalhistas atirados ao lixo.

Serra negou seu voto pelo aviso prévio proporcional
Bom mesmo para Serra seria logo acabar com o aviso prévio;

Serra votou contra mais garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego
Pra que estabilidade no emprego? Bom mesmo para os tucanos, e seus aliados preferenciais (o DEM e a mídia conservadora), é seguir as receitas do FMI, todo o dinheiro do país para banqueiros, nada de investimento em produção, país parado, desenvolvimento zero, daí seu ódio ao PAC e sua tentativa de paralisá-lo. Se o emprego para Serra e sua turma já é um luxo, estabilidade no emprego para eles só pode ser supérflua.

Serra votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas
Para a direita representada por Serra, aí já se trata de muito abuso, o que para eles a negrada, isto é, o povo brasileiro, precisa, é trabalhar mais e ganhar menos; afinal, para eles, salário não passa de “privilégio”;

Serra negou seu voto pelo direito de greve
Ei, o que é isso, direito de greve?!, na Constituição? Para a direita, bom mesmo era como a ditadura tratava as greves, a polícia política se encarregava dos grevistas (os DOPS e DEOPS de triste memória), grevistas eram “vagabundos e subversivos” na visão policial e patronal;

Então Serra desde muito tempo já é contra esse elementar direito democrático, o direito de greve, isso talvez explique a forma ditatorial e repressiva como tratou grevistas em São Paulo;

Serra negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical
Pra que sindicato, sindicato pra quê?, é o mantra da direita brasileira; sindicato bom pra ela é sindicato inexistente;

Serra votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias
Aí também é demais, né não? Operários se reunindo no local de trabalho, é demais; para a direita trabalhador tem só que trabalhar, não discutir nada e sempre agradecer ao patrão.

Numa escala de zero a dez, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), entidade fidedigna e conceituada, atribuiu nota 3,75 a Serra.

Tire suas conclusões e vote com consciência em 31 de outubro.



*Pesquisadora. Coord. Geral de Estudos Educacionais (CGEE) - Fundação Joaquim Nabuco

**Acréscimo de informação feita por mim

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