Resposta ao artigo do Célio Gomes – editor geral da Gazeta de Alagoas – publicado no jornal Gazeta de Alagoas na edição de 13 de fevereiro
Que em via de regra os editores dos grandes jornais brasileiros são conservadores e detestam qualquer movimento para o fortalecimento dos trabalhadores deste país é sabido, porém, Célio Gomes é especial. Especial porque ele é Editor-Geral de um jornal que só é grande em Alagoas, mas se comporta como se fosse Editor da FSP, com uma arrogância de deixar até a Paris Hilton enojada; especial porque, como jornalista que é, deveria conhecer bem a realidade do Estado onde vive, sua situação econômica e social; a concentração de renda e a não diversificação da economia nas terras Caetés, mas ou não sabe ou não quer dizer (não sei o que é pior).
No último domingo, dia 13 de fevereiro, Gomes mais uma vez mostra sua sanha bajuladora para com a elite econômica alagoana. Mais uma “doce” babada de ovo deste “jornalista” para com os usineiros de Alagoas.
E não somente no jornal impresso, mas suas babadas também ocorrem com freqüência em seu blog na internet.
Ao tratar das manifestações dos movimentos de luta pela terra ocorridas na última semana em Maceió, Gomes claramente criminaliza os movimentos e o INCRA. Chegando a dizer que as ocupações à sede da autarquia federal são combinadas. “Eles estão juntos” escreve o editor e último biscoito do pote no jornalismo alagoano.
Os movimentos e INCRA (Governo Federal) estão juntos no interesse de promover a igualdade social, distribuição de renda e melhoria na qualidade de vida dos mais pobres.
Com inúmeros problemas é bem verdade. Limitações inerentes ao perfil do Estado brasileiro, o que independe de governos, limitações no tocante a tática estabelecida pelos movimentos. Tá aí mais um motivo para a realização da Reforma Política, mas política mesmo e não só eleitoral como apregoam alguns.
Dizer que o INCRA em Alagoas está degradado é no mínimo inverdade. Em 2003 eram aproximadamente 3000 famílias assentadas e hoje são em torno de 15000. Hoje temos em torno de 160 assentamentos.
Problemas com lotes existem e aos poucos estão sendo solucionados, muito pior foi o estrago feito com o acordo dos usineiros que destruíram o PRODUBAN por exemplo, Gomes sequer levanta esta questão quando fala de conflito agrário.
O Governo Federal e os dirigentes de seus órgãos têm lado, caro Célio Gomes – maior defensor da imoralidade burguesa em Alagoas – e pelo o que escreve em seus artigos, não é o seu.
Ótimo! Estamos no caminho certo.
O fato dos movimentos pedirem a saída do Juiz agrário, Dr. Ayrton Tenório, é legítima. Como de qualquer outro ocupante de cargo público. Assim como também é legítimo sua subserviência ao Poder econômico de Alagoas. Isto é parte da democracia.
Se o magistrado tivesse seguido a Constituição não teria ordenado as reintegrações de posse, pelo simples princípio constitucional da função social da propriedade. Conhece este princípio?
Você com toda a sua “inteligência superior” deveria questionar o uso excessivo da força nas reintegrações. Mas ao que vejo pra você tudo bem. Trabalhador tem mais é que se lascar mesmo, não é?
O interesse político ao qual o INCRA e o governo federal são subordinados é da promoção da igualdade, das oportunidades, da melhoria de vida dos brasileiros e das brasileiras e da democracia. Democracia que garante que você escreva sua adoração à nossa “doce’ elite alagoana. Esta sim, domina tudo por aqui, menos os corações e as mentes de alagoanos e alagoanas que querem que este Estado seja realmente livre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário