Ontem, 08/11/2011 a PresidentA Dilma Rousseff fez um pronunciamneto à nação em Redes de rádio e TV sobre novos programas na area de saúde, o "SOS Emergência" e o "Melhor em Casa". 
Falou em contratação de médicos, de otimizar o tempo de espera nos pronto-socorros e em assumir a resposabilidade do Estado brasileiro com a saúde pública...
Mas não é que ao tempo que o pronunciamento acontecia, muita gente saiu dizendo que ela estava anunciando a privatização do SUS.
Como assim?
Bom... Abaixo segue o texto e o vídeo do pronunciamento. Assista e tire você suas conclusões.
Minhas amigas e meus amigos,
Lançamos hoje dois importantes programas de Saúde: o SOS Emergências e  o Melhor em Casa. Vamos lutar com toda garra para que eles tragam  melhorias no atendimento à população, para que signifiquem também uma  nova atitude dos governos, dos profissionais de Saúde e do meio  científico em favor de uma saúde pública de mais qualidade no Brasil.
O SOS Emergências é uma ação integrada de melhoria no atendimento e  na gestão do setor mais crítico da Saúde: as emergências dos grandes  hospitais do país. O programa vai começar nos 11 maiores  pronto-socorros, com a meta de alcançar, até 2014, os 40 mais  importantes. Queremos criar um novo padrão de qualidade no atendimento  das pessoas que procuram nossas emergências, da recepção aos  ambulatórios, dos centros cirúrgicos aos setores de internamento.
Vamos começar esse esforço por alguns dos hospitais que enfrentam  mais dificuldades. Para isso, iremos trabalhar com os melhores hospitais  privados do país. Eles nos ajudarão na melhoria da gestão hospitalar,  na qualidade do atendimento e na garantia de um tratamento rápido,  humano e efetivo.
O Melhor em Casa,é um sistema de tratamento médico domiciliar que  será implantado gradativamente em todo o território nacional para  atender os doentes crônicos, os idosos, os pacientes em recuperação de  cirurgias e as pessoas com necessidade de reabilitação motora.
Esses pacientes terão visitas regulares de médicos e enfermeiros em  suas próprias casas. Vão receber medicamentos e, se necessário,  equipamentos fornecidos gratuitamente pelo governo. Tudo isso, perto do  carinho de suas famílias, protegidos dos riscos de infecções e outras  pressões psicológicas causadas por hospitais sobrecarregados.
O Melhor em Casa e o SOS Emergências são programas importantes e de  implantação complexa, que não vão resolver da noite para o dia todos os  problemas do atendimento médico, mas que irão contribuir para dar um  tratamento mais digno e mais humano aos usuários da rede pública de  saúde.
Tão importante quanto seus efeitos é a mudança de atitude que eles  representam, pois significam também uma parceria e divisão de  responsabilidade entre os governos federal, estadual e municipal. Por  isso, fiz questão de convidar governadores e prefeitos para firmarmos  hoje um pacto de emergência republicana, na área da saúde. Um pacto onde  cada um tem que assumir sua responsabilidade e não fugir jamais aos  desafios. Da parte do governo federal isso significa uma lição de  humildade e de coragem. Humildade para reconhecer que a situação da  saúde pública não está boa e precisa melhorar; coragem, porque estamos  atraindo para nós a responsabilidade de liderar este processo.
Não tenho medo de assumir essa tarefa. Mas quero pedir a vocês  compreensão e consciência do esforço que o Brasil tem feito e precisa  fazer cada vez mais em favor da melhoria da saúde.
Minhas amigas e meus amigos,
Esse esforço vem sendo feito ao longo de muitos anos. Talvez nem  todos saibam, mas o Brasil é o único país do mundo com mais de 100  milhões de habitantes que assumiu o desafio de ter um sistema universal,  público e gratuito de saúde. Para que vocês tenham uma ideia, hoje, dos  190 milhões de brasileiros e brasileiras, 145 milhões dependem  exclusivamente do sistema público de saúde. Isso significa, entre outras  coisas, um milhão de internações por mês. Isso significa três bilhões e  duzentos milhões de procedimentos ambulatoriais por ano, e 500 milhões  de consultas médicas anuais. Isso envolve feitos como a manutenção da  maior rede de bancos de leite humano do mundo, ou a realização do maior  número de transplantes gratuitos de órgãos do planeta.
Quando, mundo afora, cito números como esses a outros presidentes,  vejo o ar de espanto e surpresa em suas faces. O fato é que somos,  Brasil e povo brasileiro, suficientemente fortes para enfrentar e vencer  o desafio que está agora diante de nós: garantir a qualidade do  atendimento prestado à nossa população, com hospitais bem administrados e  com um número de médicos suficiente para atender a todos que  necessitem.
Minhas amigas e meus amigos,
O SOS Emergências é um desafio e tanto! Vamos intervir de forma  gradativa, porém decisiva, onde muitos governos evitam assumir  responsabilidade direta: a emergência dos grandes hospitais públicos. Já  ouvi de algumas pessoas que seria como enxugar gelo, pois se trata de  um esforço de 24 horas por dia que pode ser prejudicado por um único  erro. Para nós, é mesmo necessário um esforço de 24 horas. E cada erro  será mais um motivo de superação. Vamos tomar medidas para reduzir o  tempo de espera para o atendimento de emergência e internação. Para  acelerar a realização de exames e para aumentar o número de médicos.  Além do decisivo papel dos médicos e profissionais de saúde da rede  pública, vamos contar também com a participação de equipes parceiras de  importantes hospitais privados de excelência.
Vamos implantar, em cada pronto-socorro, núcleos de eficiência e  qualidade. Entre outras funções, eles vão realizar auditorias  permanentes nos setores de atendimento, de recursos humanos, de  equipamentos, insumos, controle e qualidade dos gastos.
Minhas amigas e meus amigos,
A implantação do Melhor em Casa e do SOS Emergências demanda tempo,  dedicação e recursos. Temos uma orientação clara: fazer mais com o que  temos, e não ficarmos de braços cruzados, esperando que os recursos  caiam do céu. Para isso, vamos continuar a aperfeiçoar métodos,  fiscalizar gastos, acabar com o desperdício e combater sem trégua os  desvios e os mal-feitos.
Por sinal, só nos primeiros seis meses do nosso governo, conseguimos  economizar mais de R$ 600 milhões, por causa de medidas que implantamos,  como a compra centralizada de medicamentos, um maior controle nos  repasses e a realização de auditorias permanentes. Essas medidas serão  ampliadas, e vamos continuar, também, reforçando o controle de  frequência e a permanência no trabalho, premiando e incentivando os bons  profissionais e punindo, com rigor, os maus.
Vamos também contratar mais médicos, dando especial atenção para as  áreas de atendimento prioritário e para as regiões mais remotas. Por  exemplo, os médicos recém-formados que trabalharem em áreas de pobreza  terão vantagens para quitar o crédito estudantil. Daremos até 10% de  pontuação adicional nas provas de residência para os profissionais que  atuarem em áreas prioritárias. Vamos, antes de tudo, lutar para oferecer  melhor saúde aos mais pobres; porque, quanto mais pobre é uma pessoa,  mais ela precisa e merece ter um bom atendimento de saúde. Vamos, em  suma, continuar nossa luta em favor de um Brasil cada vez melhor, porque  partidos, governos, pessoas, somos apenas instrumentos passageiros da  grande e permanente ação republicana de garantir o bom funcionamento das  instituições, a melhoria da qualidade dos serviços públicos e o bem  estar de todos os brasileiros e brasileiras.
Obrigada e boa noite.

 
Um comentário:
Oi Cadu, tem uma nova rede social que está com vários debates interessantes, inclusive debates sobre o partido (PT), e percebi que lá postaram conteúdos como este, além de outros temas que estão na mídia, acho que vale a pena a gente se cadastrar para acompanhar os debates (2012!!!!) conheça! http://migre.me/66O2Z
Abs,
Fernanda (fernandamentamattos@gmail.com)
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