quinta-feira, 17 de maio de 2012

Asneiras democráticas

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Em tempos que o Brasil começa, mesmo que em algumas análises de forma tímida, a tirar das gavetas informações sobre seu passado nefasto do período da ditadura com a implantação da Comissão da Verdade (leia mais aqui e assista vídeo aqui); em tempos onde não mais cabem relações de coronelismo de nenhum tipo, moderno, arcaico ou caricato, eis que surge o João “brabeza” da região Sul de Alagoas: João Beltrão.

“Remédio pra bandido é na espingarda!”

Essa fala de um dos últimos fosfatos de coronel em terras Caetés se deu na Assembleia Legislativa de Alagoas. O “dedo nervoso” é deputado estadual e metido a dono da região sul alagoana. Seu mandato foi iniciado a volta de muitas pendengas jurídicas (leia mais aqui).

Mas assassinato não é crime?

E apologia ao crime também não é crime?

Ah, mas deputado tem imunidade... É verdade podem falar a asneira que quiserem.


Teve um que até disse que compra voto e cadeia nacional (assista aqui).

Na verdade o prédio da Praça Dom Pedro II é um verdadeiro vandevu. De eleições toscas para o Tribunal de Contas à mesa diretora.

Mas a culpa não é dos deputados, não. Em parte é do eleitor e em parte – maior parte, na verdade – é do modus operanti da política brasileira.

Não podemos ir pelo discurso fácil de negar a política ou afirma que são todos iguais ou que ninguém presta e blá blá blá...

Este argumento é de uma incapacidade de raciocínio digna dos bonobos (veja aqui).

Mas ninguém quer discutir a Reforma Política... A imprensa não pauta porque reproduz a tese da negação da política.

Aliás, falar ou fazer besteira não privilégio dos alagoanos, não. Após um acidente ocorrido no metrô em São Paulo, a ex-apresentadora da MTV e atual bajuladora do DEMotucanato via PPS, ironizou o acidente (leia aqui).

Essas mazelas são parte do ônus da democracia. Sim, a “dedê” também tem ônus.

Pessoas falam o que querem e não necessariamente tem alguma coisa que preste nisso. Independente de posicionamento sobre qualquer coisa.

Principalmente numa democracia tão nova quanto a nossa. Este é o maior período democrático de nossa História, apenas 27 anos.

Mas antes tarde do que nunca, o Brasil elegeu um operário e uma mulher para Presidência da República; começamos a abrir os arquivos da ditadura militar e cada vez mais as pessoas estão participando da vida política em várias esferas e coisas como ditas como disse o “Jão” sobre o uso da espingarda ou balelas da Soninha já não são aceitas como antes.

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