segunda-feira, 4 de junho de 2012

A invenção Gilmar Mendes


O embate pelos rumos da CPMI da Veja / Globo/ Cachoeira promovido pela grande imprensa a cada dia toma mais cara de comédia pastelão baseado na invencionice.

Já inventaram de tudo. Inventaram que a Veja não tinha nada a ver com isso. Já inventaram que nunca houveram notícias plantadas para beneficiar o esquema do bicheiro e pra fazer chantagem política. Já inventaram um Mino Carta bajulador da ditadura militar (leia a resposta do Mino aqui), inventaram até um Gilmar Mendes (ou será Mentes?) vítima de pressão de Lula para adiamento do julgamento do suposto “mensalão”.

A única invenção que deu certo foi o tiro no pé. Ao contrário da capa de Veja, o tiro foi no “pisante” da grande imprensa. Seu desespero é fruto de anos de manipulações e posturas antidemocráticas. O povo não aguenta mais.

De um país igual a um jardim de flores na ditadura militar; passando pelo debate Lula / Collor em 89, passando inclusive pela criação do Collor nacionalmente; passando pelas manipulações de informação em favorecimento aos governos de FHC, o ocultamento do esquema das privatizações, por exemplo; passando pelos ataques gratuitos a Lula, ao PT e aos movimentos sociais, com tentativas de golpes com notícias inventadas pra derrubar o governo federal; passando pela campanha pró-Serra e Alckmin nas eleições (2002, 2006 e 2010); áudios sem grampo com a participação do Gilmar Mendes, bolinhas de papel, mosqueteiro da ética e agora a pressão mais forjada que a humanidade já viu.



Mas deixo aqui uma para o sabor de quem lê essa postagem: “Na coluna do jornalista Bastos Moreno, no jornal O Globo, está dito que Gilmar Mendes, ao sair do escritório de Jobim, foi, enfurecido, a uma reunião com a cúpula dos Democratas”, lembra Wálter Maierovitch. Isso é verdade? Se afirmativa a reposta, o senhor não acha que seus colegas do Supremo Tribunal Federal deveriam ter a primazia, diante dos fatos? Com quem e sobre o que o senhor conversou com o DEM? O DEM sabe destes fatos há um mês, e também se calou?

Agora Gilmar é alvo do tiroteio. Voltou-se contra si sua medíocre participação no esquema da grande imprensa. Leia mais aqui.

Gilmar no seu intestino antidemocrático não suporta a ideia de ser criticado. Talvez na Alamenha, país que ele adora - tanto que fala melhor o alemão do que o português e que, segundo ele mesmo, vai até lá como o Lula vai a São Bernardo - e até já se encontrou com o Demóstenes pra bater um papo e tomar um chopp... - Leia mais aqui sobre sua irritação.

Tal comportamento só nos mostra quem realmente é contra a liberdade de expressão.

Liberdade de expressão não é o mesmo que mentir. Algumas pessoas podem pensar assim ao colocar no mesmo bolo das mentiras a frase: “dizer o que quiser...”

Pode-se dizer o que quiser, sobre quem quiser, onde e quando quiser. Só não pode acusar sem prova, inventar ou ocultar fatos.

Aqui a imprensa é totalmente livre, livre até dos fatos, como diria o jornalista Franklin Martins.

Se não for regulamentada a comunicação no Brasil, sempre estaremos ao sabor das firulas das elites brasileiras, em especial das famílias Marinho (Globo), Frias (Folha), Civita (Abril / Veja), Mesquita (Estadão)...

Serão estes os quatro cavaleiros do apocalipse?

Muitos destes episódios se devem ao fato dos governos Lula / Dilma (ainda) não terem feito a Ley de Medios. Sobre isso o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação emitiu interessante nota – leia aqui.

Sem falar que a grande imprensa quer por que quer que Lula não fale mais nada. Nunca mais opine sobre nada.

Nada mais antidemocrático do que isso.


Mas a maior invenção de todas é Gilmar Mendes ser ministro do Supremo Tribunal Federal. 

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