Saiu
um novo projeto de regulamentação da radiodifusão no Brasil. A minuta foi
divulgada dias atrás e a grande polêmica é a limitação à outorga para programas
religiosos e a políticos. Sobre a outorga a políticos isso já valia (no papel,
apenas) e sobre a limitação para programas religiosos, isso é novidade. – Leia aqui a íntegra da minuta
Pela
condição de laicitude do Estado, esta é uma boa novidade.
Mas
foi muito pouco.
Faço
minhas as críticas do Paulo Henrique Amorim, em seu blog o “Conversa Afiada” (clique aqui).
Cadê
a questão do monopólio? E dos oligopólios?
Há
uma tentativa de abordagem sobre atuação em vários meios de comunicação, que
seriam regras nesse sentido, mas estão muito tímidas.
Outra
coisa repetida algumas vezes é a proibição do proselitismo. Se valer
mesmo, o Bom Dia Brasil (?) da Globo acaba. O JN também... Na verdade todo o
jornalismo Global. Nada mais proselitista que o jornalismo global. Leia aqui o que, segundo o dicionário,significa proselitismo.
Apesar
de não ser mais mistério para quase ninguém a forma de como a Globo se tornou “A”
Globo. Das babadas entres as pernas dos militares e de todos os governos até
2003. Vale ressaltar que desde Sarney há um misto de compadrio e chantagem.
Outros
veículos de TV também tiveram uma postura subserviente em relação ao regime
militar, mas citar a Globo é emblemático por que ela deteve quase 80% da
audiência no período. Ela chegou até a negar um comício pró Diretas em São
Paulo. Noticiou que era em comemoração ao aniversário da cidade.
Sem
falar na tentativa de golpe na eleição do Brizola no RJ em 84, na manipulação
do debate Lula / Collor em 89, da negação, na mesma tática do comício das
Diretas, da existência de passeatas pelo impeachment do Collor no início dos
anos 90; das manipulações para a eleição e reeleição de FHC; das tentativas de
golpear as eleições de Lula e de derrubá-lo a todo instante e por aí vai...
Daria
pra fazer uma enciclopédia sobre o golpismo da Globo.
Mas
ela nunca esteve só. Sempre teve seus pares impressos.
E
sobre o jornalismo ou a comunicação como um todo se faz necessário
regulamentação. Garantir de fato a pluralidade de opinião. Fazer valer o ônus da
prova e tirar deles a divindade que tanto invocam para si.
Por
que não dá pra maior revista do país ter relações com o crime organizado,
enaltecer seu braço no parlamento brasileiro, chamando-o de mosqueteiro da
ética e ainda por cima plagiar, repito, plagiar matéria de outro órgão,
distorcer o que foi escrito e creditá-lo ao seu “inimigo”. Foi o que fez a
Veja. Leia mais aqui
Não
dá pra ter, diante disso tudo a cumplicidade que tem os outros veículos da
grande imprensa. Nada sai sobre o envolvimento de Veja com o Cachoeira,
tampouco do Serra, o vampiro que querem que presida o país.
Isso
se chama ocultação da informação. Uma das formas de manipulação da grande
imprensa. E feita de forma ordenada, organizada. Como um partido político.
Perseu
Abramo sempre atual. – clique aqui
Na
Argentina, Cristina Kirchinner quebra o monopólio do grupo, também golpista,
Clárin. Desde a produção de papel imprensa às transmissões de jogos de
televisão. Leia mais aqui
Deixemos
a rivalidade com os hermanos de lado
e aprendamos mais com eles. Mas pelo menos já foi um ínicio.
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