Ontem, dia 12 de junho, tivemos amais um capítulo
da CPMI do Cachoeira (e de Veja). Dessa vez compareceu para dar depoimento o
governador de Goiás, Marconi Perillo. Aos tucanos coube rasgar elogios. Se dependesse
deles o depoimento, longo por sinal, seria uma ode ao tucano goiano.
Natural que os tucanos o defendessem. Natural que o
elogiassem, mas nem sequer perguntas fizeram. Nem pra tapear.
Ao contrário, ficaram falando em julgamento do “mensalão”.
Como se o PT ou o governo tivesse algo a temer (sem trocadilho com o atual
vice-presidente). Leia mais aqui
As transmissões pela TV das sessões, não só da CPMI
ou das CPI’s, mas de todas as sessões do Congresso pelas TV’s Câmara e Senado
transformam tudo em espetáculo.
Temos essa cultura do espetáculo. É parte da lógica
da indústria cultural. Até os noticiários são assim. Quem começou com isso no
Brasil foi a “grobo”, mas esse não é o debate aqui.
A coisa só esquentou quando chegou a vez dos
parlamentares do PT (e alguns da base aliada) fazerem seus questionamentos. Os tucanos
não queiram nem deixar os petistas falarem.
O primeiro bafafá foi quando o relator Odair Cunha
perguntou se Perillo abriria mão de seus sigilos telefônicos e de SMS do ano de
2011.
Só por isso.
O José Dirceu abriu mão de todos os seus sigilos.
Bancários, telefônicos e por aí vai. Leia mais aqui
Um dos argumentos de Perillo era o de não conhecer
o Bicheiro, mas em gravações, Cachoeira afirma o ter elegido para o governo de
Goiás. Leia mais aqui
Segundo Odair Cunha, uma denúncia anônima foi protocolada
no gabinete do goiano sobre as atividades nada republicanas de Cachoeira. Isso
ante de Perillo jantar com o bicheiro. Leia aqui
Eu não janto com quem não conheço, nem que conheça
na hora do jantar, e você que lê isso agora?
Perillo também poderia explicar como foi que a revista CartaCapital sumiu das bancas de Goiânia. Leia mais aqui
Agora uma das coisas que mais me incomoda, é o fato
de o único parlamentar de é incisivo na CPMI em relação à participação da “revista”
Veja no esquema do Cachoeira é o Collor.
E aqui não faço defesa nenhuma de sua
personalidade, tampouco de seu comportamento político.
Também não dá pra negar que existe sim um “Q” de
vingança por parte dele contra a publicação da Editora Abril.
Existe certa razão nesse sentimento, mesmo que este
não seja um sentimento nobre. Afinal como diz o “Seu Madruga”: “A vingança
nunca é plena, mata a alma e envenena”.
Esse sentimento é de cria abandonada aos leões pelo criador. Collor se tornou "o Collor" que o Brasil conhece graças à Veja e à Globo. Quando as ruas já não mais podiam ser seguradas, as "irmãs siamesas" nãosó o abandonaram, mas engrossaram o coro contra presidente pop star.
Mas não dá pra tirar por conta disso a razão do
senador. Ele está certo em manter Veja na CPMI.
Por tudo que já foi divulgado nas gravações da PF
e a própria postura de Veja, de suas capas, durante a duração da Comissão.
Sumiu o denuncismo. A não ser pra atirar no PT com
coisas como a balela do Gilmar Mendes (ou será Mentes?). Serviu a carapuça.
Collor inclusive que o Procurador-Geral, Fernando Gurgel,
responde pelo seu ato de prevaricação. O que também é justo. Leia mais aqui e aqui
Também não se pode deixar de colocar a presepada
que a Globo News, através da repórter Cristiana Lôbo.
Num intervalo do depoimento, aparece ela toda
serelepe falando em acordão. Depois é claro de ressaltar as belíssimas respostas
do governador tucano, Marconi Perillo.
O que a Cris não contava era que tucanos (oposição)
e petistas (base aliada) iriam desmenti-la em questão de segundos. Foi só
recomeçar o depoimento que o clima esquentou e não parou mais.
A Globo não tem jeito mesmo. Uma vez golpista,
sempre golpista.
Na vez do Agnelo, se ele conseguir provar que o que
falam contra ele é mentira, a Globo vai fazer fala dizendo que ele se enterrou
mais.
Por quê?
Porque uma vez golpista, sempre golpista.
Quando Collor estava no auge de sua fala sobre a
Veja o sinal da Globo News saiu do ar. O ancora que estava no estúdio disse que
eram problemas com sinal da TV Senado. Só que na Record News a transmissão não
parou e o sinal é o mesmo. E na própria TV Senado (em algumas antenas e na
internet) o sinal continuou perfeitamente.
E porque só o da Globo News caiu?
A resposta é a mesma das duas últimas perguntas.
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