Desde julho que candidatos e candidatas às prefeituras e às Câmaras de
vereadores de todo o país já estão nas ruas na labuta pelo voto dos eleitores. Desde
julho que já estamos nos acostumando a ouvir jingles e receber papeis com as
fotos, nomes e números de postulantes a representantes do povo nos municípios.
Mas para muita gente a campanha só começa com a TV. Isto é, na última
semana de agosto. No caso de 2012, a partir de 21 de agosto.
De fato, antes da TV a campanha fica só nas articulações, reuniões com
setores e lideranças comunitárias. A estrutura financeira tem um peso ainda
maior. Como se fazer ser visto sem a TV e sem dinheiro?
A internet ajuda bastante, mas num universo sem fronteira, candidatos
do país inteiro se misturam na rede. É comum vermos nas redes sociais
propagandas de candidatos de outras cidades, por vezes de cidades do outro lado
do país.
Então, é a TV e o rádio que massificam as candidaturas. É a TV e o
rádio que fazem com que a população entre no clima das campanhas. Propostas e
críticas aos adversários ficam mais visíveis, mais claros. O fator torcida
começa pra valer. Enfim, temos campanha eleitoral.
E se a Justiça Eleitoral não quiser aparecer mais que os candidatos e
partidos, o debate de ideias acontecerá de melhor forma.
As eleições em Maceió
Já disse em outra postagem que com a TV Ronaldo Lessa, com muito mais
tempo, deve se afastar de Rui Palmeira. As últimas pesquisas foram feitas na
semana após o juiz da 1ª zona eleitoral, indeferir sua candidatura por conta de
uma multa eleitoral de 2010, recursada e julgada no fim do primeiro semestre
deste ano.
Não confio em pesquisas, ainda mais em Alagoas. Por n motivos, dentre os quais quem as
encomenda, mas, sobretudo porque elas teimam em errar. Leia mais aqui
Se o TRE der ganho de causa a Ronaldo, deslancha mais rapidamente. Se não,
enfrentará a mesma boataria das eleições de 2010 contra o atual governador Téo
Vilela. Isso porque Lessa deve recursar ao TSE da decisão do Tribunal Regional caso
esta lhe seja desfavorável.
O fato é que na parte da campanha onde só conta o “dim dim” e a
boataria, Rui que nunca exerceu função executiva de nada e tem perto de 20% de
rejeição, não deslanchou.
Tem os poderes do Estado ao seu lado. Tem todo o poderio econômico da
Cooperativa dos Usineiros consigo e não deslancha.
Com a TV vai ficar mais difícil.
Uma coisa todos esperamos que a campanha seja no âmbito das ideias. No âmbito
da política.
E sinceramente, espero que o povo dê um fim ao açúcar em nossa dieta
política. Estamos à beira de um surto de diabetes social.
Basta vermos nosso índices de violência, nossa geração de empregos
totalmente dependente da sazonalidade da cana de açúcar, e nossos rendimentos
no Ideb, sempre na rabeira dos estados brasileiros.
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