Muitos
dos comentários sobre as eleições em Maceió foram sobre a
“frieza” da campanha. Mesmo com o W.O. promovido pelas elites
para dar a seu candidato a prefeitura, para muita gente esta eleição
teve um comportamento inesperado. Não dava para ser muito diferente
numa eleição sem disputa. Sem disputa, não no sentido de
concorrência a altura e sim sem concorrentes de fato.
Mesmo com
uma eleição sem campanha e sem disputa, com característica de
bionicidade, havia em certa medida um certo embate entre eleitoras de
cada candidatura. Como é natural, de forma mais intensa entre
eleitores de Rui e Ronaldo. Um dos principais campos dos embates
foram as redes sociais.
Até aí
nada demais, não fosse o sumiço das eleições no dia seguinte à
eleição. É como se ela não tivesse acontecido, isso é péssimo e
só constata a má formação política de nosso povo. A novela da
Globo e temas afins tomaram conta das timelines
maceioenses.
Isso é
fruto da criminalização da política exercida pela grande imprensa
com ecos em escolas, faculdades e igrejas (não todas) das mais
variadas matizes. É melhor falar da Carminha – e aqui sem nenhum
tipo de condenação a quem gosta e acompanha novelas, mas não dá
pra dar mais relevância a elas do que as eleições.
Quem
ganha com a ausência de debate político é a classe dominante. É
ela que se beneficia da letargia do povo, do nosso analfabetismo
político. Por isso que muita gente vota no “mais bonitinho” ou
“em quem vai ganhar”.
Os
próximos quatros anos sofrerão os reflexos do último 07 de
outubro. E a Carminha ou Rita nem sequer virão aqui tomar uma água
de coco ou comer tapioca.
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