quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Desastre em Cuba não passa na Globo




A solidariedade seletiva da grande mídia, em especial a TV Globo, é de causar náuseas. A emissora dos Marinho gasta boa parte do tempo de seus noticiários mostrando os reflexos do furacão Sandy nos EUA.

Mostraram a destruição causada por Sandy e como os estadunidenses estão superando o desastre.

Mas e os outros países atingidos pelo furacão não merecem atenção?

Vários países na América Central foram atingidos por Sandy e pouco ou nada se fala nos telejornais globais.

Será que esta ocultação de informação tem a ver com o fato de Cuba está na América Central?

Ora, o sentimento antiamericano é forte em todo o planeta e também é forte o sentimento de solidariedade em casos de desastre natural. Mostrar excessivamente cidades dos EUA destruídas por Sandy diminui em certa medida o antiamericanismo.

Mostrar Cuba seria “humanizar” a “satânica” ilha socialista no quintal estadunidense.

Mostrar os desastres em Cuba seria confirmar uma eficiência em lidar com desastres similar ao da maior potência mundial. Lá, na “ilha de miséria” da grande mídia, não houve mortes e a solidariedade impera entre os cubanos.

Mostrar os desastres em Cuba seria “humaniza-la” para aqueles que discordam ou mesmo odeiam a ilha de Fidel.

A TV é o principal meio de comunicação de massa. Chega a todo lugar e o fato de ter imagens lhe dá uma capacidade emotiva sem comparação.

Assim como a moralidade na imprensa é seletiva, sua solidariedade também é.

Assim como a defesa da Constituição da Grande imprensa também é seletiva. Tanto o é que fazem o que fazem para impedir que os Artigos Constitucionais sobre a comunicação social no Brasil não sejam regulamentados.

ATUALIZAÇÃO
Quando esta postagem foi escrita as informações erma de que não haviam mortes em Cuba. Agora, às 17:20h (horário de Maceió/AL), informações circulam que o número de mortes em Cuba está na casa das dezenas.

Um comentário:

Miguel Baia Bargas disse...

Caro Cadu
Em Cuba, morreram 11 pessoas: 9 em Santiago de Cuba e 2 em Guantâmano.
Abraço e parabéns pelo trabalho