quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Na OAB/AL um voto custa R$ 5 mil



Já havia comentado por aqui sobre as eleições para a OAB/AL. Sobre como as candidaturas são faraônicas e que ninguém fiscaliza sua eleição. Ora, a OAB sempre é chamada a fazer falas sobre os processos eleitorais e sempre que possível, pelo menos o presidente da seccional de Alagoas, moralista.

Como todo moralista é um vigarista em potencial, vide Demóstenes Torres, pego em relações íntimas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, vide a coisa feita em papel couché Veja, que também mantém relações íntimas com o bicheiro, vide diversos maus sacerdotes de diversas religiões pegos com atos de pedofilia ou se vangloriando dos dízimos recebidos por fiéis.

Em períodos eleitorais, especialmente, é comum vermos a OAB, seja nacional ou estadual, cobrando posturas éticas e morais a um nível quase angelical. A grande imprensa, moralista como só ela, adora as falas da Ordem.

A OAB em São Paulo tem um processo contra Celso Russomano por exercício ilegal da profissão, mas seu presidente foi candidato a vice em sua chapa na eleição municipal da capital paulista.

E aqui em Alagoas o presidente Omar Coelho foi flagrado em conversa gravada discutindo como se faz e quanto custa a compra de votos ou anuidades para a eleição da OAB/AL. Estavam nessa conversa com Omar, sua candidata a sucessão na seccional alagoana, Rachel Cabús e o seu vice e atual tesoureiro Paulo Breda – que é advogado da Cooperativa dos Usineiros.

Também participaram, Marcelo Teixeira que é Procurador Geral do Estado de Alagoas; Augusto Galvão que é Procurador de Estado e candidato a Presidente da Caixa de assistência da OAB/AL; e João Lippo, candidato a conselheiro seccional e Fernando Maciel juiz eleitoral.

Segundo Omar, na gravação, sem o pagamento das anuidades o custo da campanha não sai por menos de R$ 300 mil. “O que vai encarecer é se a gente vai ou não pagar anuidade”.


Ainda segundo ele, existem cerca de dois mil advogados inadimplentes. E o dinheiro já estaria e poder da chapa para executar os pagamentos caso essa fosse a decisão. “Aquele saco de dinheiro que a gente botou ali é a relação dos inadimplentes”, comenta Omar na gravação.

Segundo Omar, quem deve à OAB é gente alta com grandes dívidas. “Pagamos R$ 5 mil por um voto”.

Ou foi já para essa eleição ou foi para a última. Omar ainda comenta que não sabe se foi pago, só que “deram o dinheiro para os cabras”.

A chapa ainda diz ter o controle da máquina e discutem em como garantir que as outras não consigam fazer o mesmo.

Até juiz está nessa turminha tão preocupada com a qualidade da OAB.

Também com o nível de STF que temos e de PGR, espertar o quê?

Omar disse que a gravação apesar de verdadeira, está cortada e cortada justo na parte em que os participantes condenam a compra de votos para a eleição da OAB.

Volto a perguntar: quem fiscaliza as eleições da OAB?


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