A
taxa de desocupação em janeiro chegou em 5,4% contra 4,6% em dezembro de 2012. É
o melhor índice para o primeiro mês do ano desde o início da série histórica em
2002. Continuamos no pleno emprego. Pelo menos nos moldes do sistema
capitalista.
Esse
é um dado para se comemorar. Mais um nos governos Lula e Dilma. Mas a Agência
Estado – o grupo Estado de São Paulo – distribuiu a notícia como sendo algo
ruim. “Desemprego avança 17,2% em janeiro”.
A
maioria das pessoas leem o título e o primeiro parágrafo (lide) da notícia. Por
isso é comum vermos manchetes estranhas ao texto e o fato principal da notícia
fora do lide.
No
lide, principal parte da notícia, onde estão todas as informações principais
(ou pelo menos deveria), não há menção alguma sobre o fato de o mês de janeiro em
2013 ser o melhor janeiro desde 2002. Tampouco também que o número de carteira
assinada aumentou 4,1% no setor privado em relação a janeiro do ano passado.
A
variação entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013 foi de 0,8%. Na verdade esse
índice permaneceu estável.
A
renda média subiu 2,4% em relação ao primeiro mês de 2012, passando a R$
1820,00.
O
Brasil, apesar dos agourentos de plantão continua com o emprego a pleno vapor!
O
grupo Estado já demonstrou mais esse ano que não tem muita preocupação com o
jornalismo. Em 09 de janeiro desse ano veiculou matéria de capa que o Ministério
Público Federal (MPF) havia orientado investigação de supostas denúncias de
Marcos Valério contra o ex-presidente Lula. Naquela mesma manhã, sua manchete e
até então “furo” foram desmentidos.
É
o (nada) bom e velho jornalismo de esgoto praticado pela autoproclamada “grande
imprensa” brasileira posto em prática com primazia. Esse é o tipo de jornalismo
que mantem relação de retroalimentação com a classe média tradicional. Apurando
todo o tipo de preconceito de classe e moralidade seletiva.
São
as agências de notícias da “grande imprensa” alimentam os jornais e sites
locais em todo o país e assim dissemina-se todo o seu antijornalismo.
A
tática agora não foi o “disseram que alguém disse”, mas a da inversão do lide. Ela
é mais comum do que parece, mas é menos chamativa e mais difícil em textos
sobre economia.
Enquanto
formos censurados economicamente pelos grandes grupos que controlam os meios de
comunicação no Brasil, não se poderá confiar plenamente na informação que
circula por aí.
Está
aí um dos grandes gargalos dos governos de Lula e Dilma: o enfrentamento aos
monopólios na comunicação social no país.
2 comentários:
Esta e a vergonhosa Mídia Golpista, que pode até não fazer a guerra, mas faz pouquíssimo pela Paz ou nada.
O custo Midia é o que mais pesa pro BRASIL êsse pessoal da midia são ums analfabetos funcionais.
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