Roberto
Gurgel, procurador-geral da República – por pouco mais de 20 vinte dias ainda! –
destituiu a vice-procuradora, Deborah Duprat, por ela ter discordado de sua
opinião sobre a competência do Congresso Nacional na discussão de regras para a
criação de novos partidos. Ao contrário de Gurgel, ela defende que é o
legislativo a instância responsável por esse tipo de discussão.
Quem
também entende ser o Congresso o espaço para esse debate é a Constituição. Em seu
artigo primeiro, parágrafo único consta que “todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”.
A
“casa do povo” é o Congresso Nacional. Ponto. Mas infelizmente existe no país a
cultura da judicialização da vida e das relações sociais. Nessa midiatização
das togas e adjacências, valem as falsas premissas da infalibilidade,
neutralidade e incorruptibilidade. Porém, o que se observa é justo o contrário.
Incontáveis
são as falhas, as tomadas de partido e sempre a serviço de interesses que
fariam a mula chorar se contadas ao dono da carroça. O que Gurgel fez mostra
bem o seu jogo de interesses, que não é o bom funcionamento do Ministério
Público. Às vésperas de deixar o cargo que ocupa, ele destituiu sua vice na
Procuradoria por ela ter discordado? Toda vez que Roberto Gurgel usasse a
palavra democracia deveria tomar uma “pedala Robinho” na cabeça.
Para
além da incapacidade de convivência com a divergência, a seletividade do sósia
do Jô Soares é mais explícita do que o botox da Ana Maria Braga. E ainda
questionam a PEC 37.
2 comentários:
Quem perde é o Brasil. Se ela estava substituindo e era a vez do MPF falar,entendo que ela falou de acordo com a sua consciência. Não entendi,a demissão mas o que sei é que teremos eleições presidenciais no próximo ano e a coisa vai se definindo. É bom estarmos atentos.
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/06/12/quem-apoia-deborah-para-a-pgr/
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