De
2008 a 2013 foram 62 milhões de postos de trabalho foram perdidos no planeta. A
crise do capitalismo, que é permanente, pois esse é um sistema que vive de
crises, mas teve uma explosão em 2008 ainda não acabou. Porém no Brasil, os
números seguem na contramão internacional. Aqui, nesse mesmo período (contando
a partir de 2007, para ser mais preciso), foram gerados 10,5 milhões de empregos.
A
Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que no mundo existam mais de
200 milhões de pessoas desempregadas. Isso é igual à população brasileira.
Essa
é uma notícia que não se dá o devido destaque na imprensa grande. Sabe por quê?
Por que ela tem como objetivo aniquilar tudo que tenha viés trabalhista e que
valorize, de verdade, o povo brasileiro. Ela, a mídia, insiste em fazer crer que
o crescimento econômico, PIB mesmo, é infinito. Está aí mais uma fábula do
capitalismo!
Além
desse tipo de debate, na base do “economês”, cabe uma reflexão: o que vale
mais, PIB gigante ou emprego e renda? PIB por si só não significa que um povo
esteja mais rico, mais feliz e com as acesso a bens de consumo e serviços
básicos. Emprego e renda é o oposto. Se as pessoas trabalham mais, então têm
acesso a mais bens de consumo, estão mais felizes e por consequência, acabam
tendo mais acesso a serviços básicos.
Explico.
Se
as pessoas estão vivendo com mais dignidade, elas conseguem exigir mais seus
direitos. Questionar aquilo que acham que está errado, defender o que creem
estar correto. Daí a classe média, que antes formava opinião, já não mais o
faz. Antes era esse setor do losango social que impunha uma agenda por, mesmo
sem deter a riqueza, ter dignidade e condições de questionar e propor rumos ao
país. Para a elite, o topo do losango, basta apenas a manutenção de sua
condição, do status quo.
E
essa realidade que a imprensa grande se mobiliza para desconstruir. Por que é
emprego e renda o que mais importa para o povo brasileiro. Especialmente com o
histórico do Brasil nas relações capital/trabalho.
Porém
mesmo com os acontecimentos econômicos em 2008, os mais ricos ficaram mais
ricos. Um por cento da população detém metade da riqueza mundial. São 85
pessoas que possuem a renda de 3,5 bilhões de seres humanos ao redor do
planeta.
O
número de pobres ao redor do globo está aumentando. Fruto da concentração de
riqueza imposta pela fase do capitalismo que vivenciamos hoje, o capitalismo
monopolista. O Brasil também segue em sentido contrário em relação ao resto do
mundo no combate à pobreza. Aqui, graças às políticas públicas e principalmente
à valorização do salário mínimo, a pobreza está diminuindo.
Em
2002, cerca de 10% de nossa população vivia na pobreza extrema, e 25% na
pobreza. Hoje esses números são próximos de 5% e 10%, respectivamente. E é isso
o que conta de verdade, emprego e renda.
Mesmo
no debate sobre PIB, que a mídia grande tenta usar para desvirtuar as condições
econômicas do país, nosso desempenho não está entre os piores. Crescemos mais
do que o esperado antes da crise em 2008. Crescemos mais do que países como
Holanda, Japão, Suécia e Alemanha. Mesmo a cantilena do “pibinho”,
independentemente da discussão de crescimento infinito, é falsa.
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No gráfico acima, as
setas indicam qual seria o crescimento do PIB mantidas as taxas anteriores a
2007. A barra azul o que de fato cresceu.
E
agora, o que resta à oposição nas eleições de outubro? Tirando o ódio de
classe, claro.
A geração de renda atrelada ao emprego numa economia de mercado é muito positiva quando o mercado vai bem.
ResponderExcluirO Brasil adota a inclusão social a partir do repasse de recursos a programas sociais. Isto gera consumo, que gera produção, serviços, que gera uma economia solidária, uma sociedade solidária, de todos, com todos para todos, conflitando com o conservadorismo.
O Brasil de antes adotava para o repasse de recursos grandes obras e grandes projetos para o deleite de grandes empresas. Quando estes recursos conseguiam alcançar a pobreza era no subemprego muitas vezes na informalidade.
Esta geração de renda a partir do emprego, não empodera