Foto: Istoé |
Eduardo
Azeredo, tucano de bico fino e pena sedosa, será largado ao léu no julgamento
do “mensalão” tucano. Todas as falas de seus colegas de PSDB vão nesse sentido.
E para completar, Aécio Neves, presidente nacional do partido, afirmou que os
tucanos vão apenas observar o destino do ex-governador de Minas Gerais.
“Teremos
de acatar e respeitar a decisão do Supremo. Esperamos que ele possa se defender
de forma adequada”, declarou Aécio tentado se diferenciar do PT e criticando a
postura dos petistas em questionar o julgamento da Ação Penal 470, apelidada de
“mensalão”.
Ora,
se o julgamento dos tucanos for injusto. Se nos autos do processo não contiver
provas; se ele for baseado em justiçamento – no caso, para legitimar o do PT –;
se penas e multas forem excessivas e se todo o rito do Judiciário for
transformado em espetáculo midiático; o PSDB tem sim, a obrigação de questionar
o julgamento.
O
problema é que no afã de mostrar algo que possa parecer melhor que o PT, o PSDB
vai se tornar aquilo que diz ser o Partido dos Trabalhadores. A não ser que já
esteja tudo armado para apenas Azeredo pagar o pato.
Nesse
caso, fica o STF com o discurso de ser imparcial e plicar a lei e a prova é o
julgamento do PSDB. O PSDB faria o discurso de que teve um dos seus julgados e
aceitou a decisão do Judiciário. “Reconhece o erro” e vem toda uma campanha de
mídia mostrando como os tucanos são limpinhos e probos.
O
grande nó nessa possível articulação é o próprio Eduardo Azeredo. Será que ele
aceita ser o bode expiatório?
Ao
que tudo indica, mesmo com sua discrição, não. Senão ele não teria mandado o
recado que mandou em outra declaração à imprensa ao entrar em uma reunião
com lideranças tucanas: Para começar, essa campanha não foi minha, foi do PSDB
todo, inclusive de Fernando Henrique à reeleição.
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