O
Banco Itaú, da família Setúbal, parece realmente não gostar do Brasil. O que é uma
contradição, pois poucos países no mundo dão tanto lucro aos bancos quanto o
nosso.
Em
outros momentos, seus executivos defenderam a geração de desemprego
para, pasmem, melhorar a economia do país. Não basta ter lucros estratosféricos,
tem que ter gente desempregada para a distância entre ricos e pobres ser a
maior possível.
Agora
é a vez de referendar a ditadura civil-militar de 1964. Em sua agenda
personalizada, o Banco Itaú chama o golpe de 1964 de revolução e
reafirma a tese oficial do regime – à época, com o devido apoio da imprensa
grande – sobre a morte de Vladmir Herzog: suicídio.
Revoluções
são feitas com o apoio popular. É a forma que os povos encontram de mudar os
rumos de suas nações de forma abrupta. Golpe de Estado é a forma encontrada
para tomar o poder afim de, única e exclusivamente, manter ou conquistar poder.
Eles podem ser violentos ou não. O que houve em 1964 foi um golpe.
O
povo brasileiro apoiava as medidas de João Goulart. Todas no sentido de
democratizar as relações sociais, econômicas e, consequentemente, políticas no
Brasil. A elite, para manter seu status
quo, fez o que fez. Apesar de termos tido manifestações de rua, ali não
estava o povo e sim as camadas mais abastadas da população.
É
muito pouco provável que todos os clientes desse banco pensem o Brasil como
pensa seus executivos. Um país para a elite, onde poucos têm o direito ao
acesso a bens de consumo e oportunidades. Tampouco sobre o período do governo
ditatorial.
Mas
o banco dos Setúbal prefere fazer a disputa política para além dos bastidores. Como
a mídia, se comporta como um partido político. Além, é claro, de financiar
tantos outros por aí.
Porém,
se tem algo de bom na postura que adota o banco, é que dar para ter uma ideia de
como pensam os brasileiros mais abastados. Desemprego e golpe contra a
democracia.
Isso
está no cerne da formação das classes sociais no Brasil. Não importa se aqui há
miséria, se não há democracia, o que importa é o lucro e o status de elite bem,
mas bem distante dos mais pobres. Contanto que se possa ir a Paris no final de
semana, está tudo certo.
Como
resposta, aqueles brasileiros e brasileiras que conhecem a nossa História,
sabem pelo o que esse país passou para chegar até aqui, sabem das sequelas que
todas as arbitrariedades de nossa elite nos causou em nosso desenvolvimento econômico,
social e político deveriam boicotar o Itaú e tudo o que ele está envolvido.
Se
isso não basta, saiba que o Itaú deve à Receita Federal 18,7 bilhões de reais e
é o banco que mais demite trabalhadores no Brasil.
Se
o banco não gosta do Brasil, o Brasil também não pode gostar dele. Sim, por que
chamar o golpe de revolução e afirmar que Herzog se suicidou é não gostar do
país. Além de um desrespeito à inteligência e à memória de nosso povo.
SEM DÚVIDA ALGUMA TODOS NÓS TEMOS QUE ACABAR COM ESTES GRUPOS ECONÕMICOS E TAMBÉM COM ESTAS MÍDIAS GOLPISTAS QUE ESTÃO AÍ SOMENTE PARA DAR GOLPE NÃO SÓ ECONOMICO MAS TAMBÉM INTELECTUAL. E UMA DAS MANEIRAS É ESTA DE TIRAR AS CONTAS DESTAS INSTITUIÇÕES E TAMBÉM DEIXAR DE ASSISTIR ESTAS MÍDIAS.
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