É
natural que toda uma geração que hoje começa a assumir como
principal faixa etária na economia do país não tenha lembrança
alguma de como foi o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Afinal, Lula e Dilma completam no final do ano 12 anos de governos do
PT e aliados.
Se
essa geração citada acima tem hoje entre 25 e 30 anos, teria quando
o governo FHC terminou entre 13 e 18 anos. Não lembrar é normal.
Ainda mais com a mídia que temos no Brasil que esconde o passado da
governança tucana, pois apoiava suas práticas e nega tudo o que se
tem conquistado no Brasil nesses anos de Lula e Dilma.
Também
é verdade que por vezes – muitas vezes – o debate político gira
em torno de acusações mútuas. Isso não ajuda na construção
comparativa que consequentemente ajuda no debate sobre os rumos do
Brasil.
Porém,
também é fato que o que tem se apresentado como novidade política
em nada o é. E o único objetivo é mudar o foco da disputa política
institucional no país capitaneada pelo PSDB e pelo PT.
O
que também é normal diante do pouco tempo de democracia no país.
Esses são os únicos partidos, à exceção de Collor, que tiveram –
ou tem – presidentes da República. Se a política brasileira
precisa se renovar, não é forçando a barra que isso vai dar certo.
É muito mais importante renovar métodos e conceitos do que,
necessariamente, siglas partidárias.
E
os partidos não são ilhas, eles também refletem a cultura política
média da sociedade e do tempo histórico em que estão inseridos.
Negar isso é conversa fiada. O objetivo de essas novidades é apenas
tomar o lugar de PT e PSDB. Só isso. Mudar apenas as siglas
partidárias.
Assista
abaixo um vídeo com momentos dos governos FHC e Lula, entenda um
pouco mais as diferenças entre eles e o papel da imprensa grande
nesse processo. O PSDB continua insistindo nas mesmas teses do
governo FHC para a economia do país e a mídia faz você achar que
essa é a única alternativa que temos para fazer o Brasil avançar
economicamente.
Também
certo que muita coisa não conseguiu ser quebrada nos governos Lula e
Dilma, mas aí entra a diferença entre governo e poder. Os petistas
estão no governo, enquanto o poder continua nas mãos daqueles em
que sempre estiveram e o PSDB é o partido do poder no Brasil. Se não
foi fundado para sê-lo, se tornou.
Abaixo
o vídeo.
Todas
as crises econômicas citas na fala de FHC foram muito menores do que
a de 2008 em que Lula afirmou que no Brasil seria uma “marolinha”.
E foi!
FHC foi um desastre. E a mídia golpista procurou, o quanto pôde, mascarar isso. Mas não deu, pois o povo sentiu na pele.
ResponderExcluirOs governos progressistas da América Latina têm conseguido remar contra a maré, ainda nos marcos do capitalismo. Enquanto a Europa come o pão que o deus mercado amassou, aqui ainda se criam empregos. Mas isso é temporário. Mais cedo ou mais tarde, o povo de Nuestra America terá que decidir se continua sob o sistema econômico capitalista ou se muda para outro sistema mais equânime.
ResponderExcluirCadu pela primeira vez meu amigo ,vou discordar de vc em um ponto. Não é o PSDB que tem o poder é a elite dominante . E os tucanos são insignificantes sem representação em nenhum segmento. No final do governo de FHC a elite acabou com eles. E FHC ñ fez seu sucessor..E na sua lógica vão perguntar, então porque votar no PT? Vamos votar então no PSDB .
ResponderExcluirAninha, o PSDB é braço político da elite, é portanto, partido do poder. Porém, essa condição não é exclusividade e, na disputa entre os braços políticos da elite, há contradições, daí o apoio pontual de setores conservadores ao governo capitaneado pelo PT.
ResponderExcluirNo limite, é o PSDB que representa melhor os interesses da elite brasileira. Seguido do DEM, PMDB, PPS e um bocado de "P's" por aí...
Abraços, minha amiga!