Como
há muito tempo se previa, o Supremo Tribunal Federal (STF) tratou o “mensalão”
do PSDB de forma diferente com que tratou o do PT. Eduardo Azeredo não será
julgado pelo STF e sim, em primeira instância. Foi com esse objetivo que ele
renunciou ao mandato de deputado federal. E tem gente que diz que o Judiciário
cumpriu a Lei com os petistas.
Uma
das coisas mais tristes disso tudo é a confirmação de que o julgamento da Ação
Penal (AP) 470 estava contaminado e que a imprensa grande no Brasil não tem o
menor compromisso com a democracia e o Estado de Direito.
Agora
cabe aos réus da AP 470 recorrer À Organização dos Estados Americanos (OEA)
para rever seu julgamento comandado pela sede de holofotes de Joaquim Barbosa
que ventilou – ou ainda ventila –a possibilidade de se candidatar a presidente
em outubro.
A menina dos olhos
de ontem
A
Petrobras sempre foi a menina dos olhos da elite nacional. Desde sua criação
que o grande capital tenta – até agora sem sucesso – destruir a empresa estatal
para que grupos internacionais passem a geri-la e tomar conta de nosso
petróleo. Getúlio Vargas precisou de campanha popular de arrecadação de
dinheiro para fundá-la.
... E de hoje
Agora
tentam a todo custo vender a imagem de que a Petrobras está quebrada e mal
gerida. A empresa de petróleo brasileira é uma das mais valiosas do mundo e seu
valor hoje vale 113 bilhões de dólares contra 15,6 bilhões de dólares do
governo FHC. E com as camadas Pré-sal esse valor só tende a subir.
Especulação
econômica
Uma
das armas do mercado financeiro é a especulação. Especula-se que determinada
empresa vai mal, a mídia grande para atender os interesses econômicos dos
especuladores reproduzem esse discurso, os valores de suas ações caem e, em
seguida, compra-se as ações por um preço menor. Quem compra? Os especuladores
que no início divulgaram que a determinada empresa estava mal das pernas.
Especulação
política
E
vale de tudo para concretizar esse movimento. Até institutos de pesquisa estão
nesse jogo. Basta reparar como há diferença em apenas uma semana entre duas pesquisas
do Ibope. Sempre lembrando que Augusto Montenegro, presidente do renomado
instituto, afirmou que Dilma não seria eleita em 2010. Credibilidade é isso aí.
Especulação
econômica e política
Voltando
à Petrobras, agora é o caso da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA)
que movimenta o mundo político e financista. Logo ao sair o primeiro boato e a
contestação da resposta oficial sobre o caso, uma ata da reunião onde se
definiu a compra da refinaria confirmou a versão oficial. Até o presidente do
Grupo Abril, de Veja, deu razão à Dilma sobre o caso.
Especulação
econômica e política 2
É
mais do que evidente que a oposição vai tentar usar toda essa gama de factoides
sobre a Petrobras para tentar impedir a reeleição de Dilma em outubro. Tudo isso
com o sorriso largo de grandes grupos internacionais que atuam no setor de petróleo
e de grupos que atuam no mercado financeiro. Eles devem estar salivando à espera
de abocanhar a empresa brasileira.
Campos e Marina
Eduardo
Campos e Marina Silva apareceram no programa partidário do PSB/Rede. Ambos diziam
serem “filhos da esperança” e que foram ministros de Lula. Ao que parece vão
querer manter certo grau de ligação com a imagem do ex-presidente. Do mesmo
jeito que fez o Serra no começo da campanha em 2010, e o resultado todos sabem
qual foi.
Campos e Marina 2
Tentando
surfar na onda de especulações, Campos e Marina também falaram da Petrobras. E assim
como a imprensa grande, se utilizam da desinformação sobre o histórico recente da
empresa e seu momento atual. Aliás, todos os temas abordados por Campos e
Marina no programa partidário estavam recheados de informações falsas. Em todas
as áreas citadas, basta uma simples pesquisa na internet para confirmar isso. A
nova política já nasceu caduca de velha.
Esqueceram o
saudoso Miguel Arraes
Eduardo
Campos sequer citou o nome de seu avô, o ex-governador de Pernambuco Miguel
Arraes. Arraes foi um governante à frente de seu tempo. Falava em reforma
agrária quando ninguém o fazia e combateu o golpe de 1964 na cadeira de
governador e depois de deposto pelos golpistas. Marina chegou a lembrá-lo que
tinha Arraes como avô, mas sem citar seu nome. “Seu avô”, ela disse. Perguntaram
nas redes sociais: Eduardo Campos não citou seu avô, Miguel Arraes, por medo
dos conservadores?
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