O
debate sobre a liberdade na internet tem ganhado mais força nos últimos dias. Isso
por que o projeto de lei do Marco Civil (PL 2126/11) está em vias de ser
votado. O que está em jogo é o seu direito de ter acesso à rede mundial de
computadores por completo e não de acordo com os pacotes das empresas de
telecomunicações.
Simples
assim. O resto é conversa fiada!
O
pior é que como a desinformação corre solta nas redes sociais, tem um monte de
gente repetindo besteira ou quando não, é sua posição ideológica mesmo. Explico:
não é raro você ler mensagens como “o governo quer censurar a internet” ou
mesmo “a internet só será livre se o governo não intervier em nada”.
Ora,
se não haver regulamentação, as empresas de telecomunicações, as chamadas
teles, vão cercear o acesso à internet. Como? Impondo pacotes em que você
pagará por cada tipo de uso à rede que quiser usar.
Hoje
você paga por uma velocidade de conexão (que convenhamos, as teles não cumprem)
e pode acessar o que quiser: vídeos, redes sociais, emails. Enfim, tudo. Se a
neutralidade de rede acabar, você terá que pagar uma quantia X para acessar
emails; outra quantia Y para acessar as redes socais; uma valor Z para ver
vídeos ou ouvir músicas, e por aí vai.
Onde
está a liberdade nisso? Fora a liberdade das empresas de telecomunicação de
decidir – ou impor – como você vai acessar sua internet. Parece piada, mas tem
gente que acha que o correto é deixar as teles no comando.
E
a propaganda desse discurso é o mesmo usado sobre a regulamentação dos meios de
comunicação. Já perceberam? “É um ataque à liberdade!”. Liberdade de quem, cara
pálida?! Das pessoas em terem o direito de acessar a internet livremente ou das
teles em impor seus pacotes onde o acesso será divido pelo recheio dos bolsos e
contas bancárias?
E
logo a internet que tem um caráter tão liberal, que valoriza o individuo. Afinal,
as pessoas estão sozinhas na frente de um computador. O contato coletivo é
virtual. É cada um na sua, num mesmo espaço. Sem contato direto.
Aos
enganados, abram o olho. Os outros são ideologicamente conservadores e
defensores da liberdade e dos direitos das grandes empresas sobre a vida das pessoas.
E ponto final. A esses apenas o desalento.
É
disso que se trata. É isso que defende quem é contra o Marco Civil da internet
e a neutralidade de rede. Vale a liberdade do capital e não do ser humano. É ridículo,
mas é verdade.
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