Bolsonaro, o capitão fujão - e cagão (Foto: Reprodução) |
O dia 8 de janeiro de 2023 ficará marcado na História brasileira como o dia da “micareta fascista”, onde cerca de 4 mil patriotários golpistas e terroristas depredaram as sedes dos três poderes da República – Presidência, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) – numa vã tentativa de destituir Lula e os demais poderes dos lugares que ocupam. Ainda ao final deste fatídico domingo, entre 300 e 400 terroristas foram presos. Ao final da manhã de segunda-feira, 8 de janeiro, 1.200. No início da tarde, o covarde Jair “capitão fujão” Bolsonaro se internou num hospital nos Estados Unidos alegando dores abdominais. A popular dor de barriga.
Todos os envolvidos, em boa medida, pagarão por seus crimes. Alguns casos podem demorar mais que outros, mas responderão à Justiça. Ou seja, ao Estado brasileiro. E se tem uma coisa que o Estado sabe fazer é se defender. Logo, o ato terrorista de 8 de janeiro não será esquecido.
O mundo chocou-se com as cenas de vandalismo e logo, até por obviedade, associou o terrorismo a Bolsonaro e ao congênere estadunidense Donald Trump e já tem até parlamentar estadunidense em defesa da devolução dele ao Brasil. Logo, a maioria das análises sobre desdobramentos dos atos apontou para o aumento da possibilidade de Jair Bolsonaro ser preso.
Eu ouvi amém?!
Esse aumento das chances de ele, o fujão, ser preso é real, até pelo que já escrevi acima: o Estado de defende e não esquecerá os atos terroristas.
Dos 1.200 presos em Brasília, podem apostar que ao menos uns 100 abrirão o bico e contarão que os contatou – ou contratou – para irem brincar de “micareta fascista”. Sem falar na apreensão dos aparelhos de telefonia celular, com registro de ligações e mensagens em aplicativos, como o Whatsapp e Telegram.
É questão de tempo para a casa dessa gente cair.
No Distrito Federal estavam somente os patriotários, em cerca de quatro mil deles. Quem está por trás, que banca de verdade isso tudo, seja financeiramente ou intelectualmente, passou o domingo em casa tomando seu uísque e rindo da cara de mais de 200 milhões de brasileiros.
Perceberam o número de terroristas? Só quatro mil. Isso não é nada. A quebradeira só obteve êxito porque teve a anuência de militares, seja da Polícia Militar do DF, seja do Exército lotado na capital federal. Isso é evidente e negar os fatos é dourar a pílula.
Ou seja, não dá para negar que boa parte dos aparelhos repressivos do Estado estão bichados, contaminados pelo fascismo à brasileira que se convencionou chamar de bolsonarismo. Mas essa doença não é algo impossível de curar, ao menos em médio e longo prazos.
Por conta dessa omissão dolosa, ainda no domingo, Lula decretou intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal e Alexandre de Moraes afastou o governador Ibaneis Rocha, que mesmo sendo do MDB, é bolsonarista.
E quanto ao José Mucio, ministro da Defesa que fez declarações afirmando que os acampamentos eram “democráticos”? Este é um problema a ser resolvido, sim. Mas, sinceramente, creio ser provável que Mucio esteja em busca de pacificar a relação com as Forças Armadas, o que por si só, já é uma excrescência.
Outro fato é que, segundo Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, foi o governo do DF que mudou o combinado em relação à proteção da Praça dos Três Poderes.
O tempo trará a verdade dos fatos à luz. Lembremos que o governo Lula só tem uma semana.
Contudo, os atos terroristas acabaram por dar mais poderes ao presidente da República. O Estado se fechou para punir os golpistas através de seus poderes constituídos.
Daí, dos 1.200 presos, sairá a fonte de – mais – informações sobre quem está por trás dos golpistas e Jair Bolsonaro sabe disso. Tanto sabe que já voltou a fazer o bom e velho mingué de sua "crônica" dor de barriga.
Ele se finge de doente bem no local ao qual se atribui ter sido esfaqueado em 2018. É a junção prefeita para os patriotários, de “líder que deu a vida por nós” e que ainda paga com sua saúde por isso. Durante seu mandato no Planalto não foram poucas as vezes que o “capitão fujão” foi internado alegando dores abdominais.
Esse filme é tão repetido que parece ser coisa da Sessão da Tarde, assim como o de “esquerdistas infiltrados”. Mas agora as coisas são diferentes. Ele não tem mais o cargo de presidente para o proteger e a seus cúmplices.
O Estado se defende e não esquecerá o dia 8 de janeiro.
Tem uma máxima que diz o seguinte: quem bate esquece, quem apanha, não. E o Estado brasileiro apanhou um bocado no dia 8 de janeiro. Já vinha sendo castigado há algum tempo, mas o segundo domingo de 2023 passou dos limites até aos passadores de pano tradicionais.
Entre estes estão somente os coniventes, os quais, boa parte, também terá de se ver com a Justiça em alguma medida.
Mas uma pergunta me pega pela orelha. Se com 1.200 presos, aparentemente, sem relação direta, Bolsonaro já “sentiu” dor de barriga, o que ele sentirá quando se chegar ao nome dele de fato?
Talvez a Medicina ainda nem tenha catalogado isso, vai saber.
2 comentários:
Bolsonaro precisa pagar pelos seus crimes
É preciso que as ações sejam efetivas e rápidas. Que a maioria dos envolvidos seja identificada, julgada e presa, principalmente os financiadores dos atos.
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