Ato público pela anistia, Rio de Janeiro, 1982. |
A
Presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem, com publicação no Diário Oficial da União
de hoje, os nomes dos membros da Comissão da Verdade. Comissão com a finalidade
de revelar os bastidores dos períodos ditatoriais de 1946 até 1986, em
especial, do Golpe de 64. De prisões ilegais a torturas cometidas pelo Estado
brasileiro, revelando inclusive, nomes. A Comissão não tem caráter punitivo.
Já
a algum tempo que se anseia pela criação desta comissão. Nosso país já não pode
mais ficar com a pendenga do desconhecimento dos bastidores ditadura militar. Quem
e quantos foram mortos pelo regime; onde estão os seus corpos e os nomes de
seus torturadores.
Como
já afirmei em outra postagem, não se trata de revanchismo. Falar em revanchismo
na impunidade é fácil, como ficam a todo o tempo os pelancos da ditadura que
ainda insistem em querer falsear os fatos deste período nefasto de nossa
História.
Recentemente,
o ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social da ditadura
militar) em São Paulo, Claudio Guerra, lançou um livro chamado: “Memórias de uma
Guerra Suja” (clique aqui). Guerra nunca esteve nas listas conhecidas de
torturadores.
A
Comissão terá muito trabalho.
A
“Ditabranda” da Folha de São Paulo ficará desnuda.
A
composição da Comissão não é unanimidade. Para muita gente faltou a representação
e alguns setores da sociedade. Mas nem de longe seu anúncio é considerado uma
derrota.
Dentre
as pessoas que compõem a Comissão da Verdade está a advogada de Dilma durante a
ditadura militar. Trata-se de Rosa Maria Cardoso da Cunha.
Isso
é de uma simbologia sem tamanho.
Sua
composição é:José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro
do Superior Tribunal de Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada),
Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro
(diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista).
Mas
a Comissão, independente da composição que tenha ou viesse a ter, sem pressão
da sociedade, daqueles que querem curar de uma vez as feridas causadas pelos
militares, não cumprirá seu papel de revelar ao país o que precisamos e ansiamos
saber.
Várias
comissões auxiliares nos Estados foram criadas. Aqui em Alagoas a proposta foi
do deputado Judson Cabral (clique aqui)
Como
afirmou Dilma no anúncio dos nomes da Comissão: “Não podemos deixar que, no Brasil, a verdade se corrompa com o
silêncio”.
A Globo “passa
recibo”
No
programa Bom Dia Brasil, o âncora, Alexandre “Gagárcia”, ao falar da Comissão,
quase que textualmente afirmou que esta não deveria fazer nada. Deixar como tudo
como está. Passar uma borracha. Botou umas falas estranhas na boca do velho
Brizola que não está mais aqui para se defender.
Mas
não resistiu a sanha direitosa e golpista que nortearam o Golpe de 64 e norteia
a grande imprensa brasileira. Chamou os militantes de esquerda, presos ou não de
terroristas.
Uma
vez PIG, sempre PIG.
Acesse o site do Projeto Memórias Reveladas – clique aqui ou aqui
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