Mais
uma vez surge a polêmica sobre o aumento de vereadores na Câmara Municipal de
Maceió. Agora com um novo projeto, de autoria do vereador Carlos Ronalsa (PP),
aumenta o número de parlamentares para 29.
Há
quem argumente ser contrário por pensar não ter a necessidade do aumento. Este argumento
é verdadeiro, mas discordo.
Há
quem argumente que o custo do parlamento vai aumentar. Este é falso!!
E
o pior que muita gente que cantarola isso por aí sabe disso.
O
repasse de verbas às casas legislativas é constitucional. Vejamos o trecho do
texto da emenda 58, a PEC dos vereadores aprovada em 2009 (clique aqui):
Art. 2º O art. 29-A da Constituição Federal passa a
vigorar com a seguinte redação:
"Art. 29-A.
..............................................................................
I - 7% (sete por cento) para Municípios com
população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
II - 6% (seis por cento) para Municípios com
população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com
população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil)
habitantes;
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por
cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e
3.000.000 (três milhões) de habitantes;
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com
população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de
habitantes;
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento)
para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.
..............................................................................................
"(NR)
O
número de parlamentares precisa ser revisto com certa periodicidade, pois vale o
princípio da proporcionalidade, populacional e partidária.
Se
se acha que não se precisa de mais vereadores e de vereadores melhores,
melhores vereadores não exclui o ajuste numérico dos parlamentos.
O
centro do debate sobre as casas legislativas é a Reforma Política. Pauta sempre
tergiversada, em especial pela mídia.
Se
os mandatários não o fazem, a imprensa devia fazer.
Quem
é contra faça o debate real, verdadeiro. Sem invencionices sobre aumento de
verba ou discursos moralistas que não levam a lugar nenhum.
A
política brasileira já está farta de moralistas. Vide Lacerda e Demóstenes.
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