Reproduzo postagem do Paulo Henrique
Amorim em seu blog, o “Coversa Afiada” – clique aqui
Liga o amigo navegante cético:
- Ô, ansioso blogueiro, que história é esse de focar na Delta para a Delta puxar a perna do Cerra e daquele amigo
dele, o Paulo Preto ?
- E isso foi um desastre ?
- Não, meu querido, vai ser um
desastre daqui a pouco. O Cerra jamais vai se esquecer da Conceição Lemes.
Leia, amigo navegante, como a Delta vai puxar o pé do Cerra e do amigo
dele, fidelíssimo:
CPI: Paulo Preto e Cerra não vão depor ?
Liga o amigo navegante cético:
- Ô, ansioso blogueiro, que história é esse de focar na Delta para a Delta puxar a perna do Cerra e daquele amigo
dele, o Paulo Preto ?
- É, meu querido, a
Delta desembarcou em São Paulo, onde o trânsito hoje está um caos, simultaneamente à chegada do Cerra à Prefeitura…
- E isso foi um desastre ?
- Não, meu querido, vai ser um
desastre daqui a pouco. O Cerra jamais vai se esquecer da Conceição Lemes.
Leia, amigo navegante, como a Delta vai puxar o pé do Cerra e do amigo
dele, fidelíssimo:
CPI: Paulo Preto e Cerra não vão depor ?
O colonista (*) de muitos chapéus, no Globo,
na pág. 6, e na Folha (**), na pág. A6, está enojado com a “vulgaridade” do
Cabralzinho.
Este ansioso blogueiro está enojado com
outras coisas do Cabralzinho: com as relações promíscuas com um empreiteiro,
com um dos homens mais ricos do mundo, e com a Fundação Roberto Marinho.
Como se sabe, Cabralzinho desviou dinheiro
da enchente para dar à Fundação Roberto Marinho.
Cabralzinho parece padecer daquele mal que
persegue o Aécio Never e o Farol de Alexandria: o Cabralzinho gosta de rico.
E, num homem público, isso é um perigo.
Mas, como diz o Vasco, o colonista de muitos
chapéus exibe sempre a máxima indignação com questões de mínima relevância.
No caso, a vulgaridade.
Como a do amigo dele, o Cerra, que limpa o
nariz em público.
O PiG (***) desta quarta-feira se diverte
com a possibilidade de a CPI pegar três governadores: um do PiG (***), o
Perillo, e dois da Dilma (o Agnelo e o Cabralzinho).
“Se tem três governdores suspeitos de
ligação com Cachoeira, que esclareçam tudo à CPI”, diz, na capa do Estadão,
esse luminar da oposição, o senador Álvaro Dias, que vazava documentos da D
Ruth para a Veja pegar a Dilma.
O Conversa Afiada sugere empatar o jogo do
ilustre senador, também guardião da moralidade udenista, como foi Demóstenes.
Que o Tatto e o Odair, depois de convocar o
“Quarteto da Maré Baixa” – Robert(o) Murdoch Civita e os filhos do Roberto
Marinho – eles não têm nome próprio – chame dois ilustres representantes da
oposição.
Eles são o Padim Pade Cerra e o Paulo Preto
– que honram este ansioso blogueiro com ação judicial (clique aqui para ler
sobre as dezenas de ações que enriquecem a biografia deste ansioso blogueiro e
não perca a “Galeria de Honra Daniel Dantas”. )
A Delta locupletou-se em São Paulo nas águas
turvas dos rios que cortam São Paulo e que duas gerações de tucanos não
conseguem limpar.
A Delta aditivou-se em São Paulo.
Paulo Preto e Cerra, unidos desde a denúncia
da Dilma, no primeira debate de 2010, estão prontinhos para sentar no trono da
CPI, ao lado do Perillo, do Agnelo e do Cabralzinho.
Dois de cada lado.
Foi o que
anunciou este ansioso blogueiro – “Delta operou com Cerra na
marginal de SP”, e a Conceição Lemes demonstrou de
forma impecável no Viomundo:
por
Conceição Lemes
Nesta
semana começam efetivamente os trabalhos da CPI que investigará as relações do
bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários. Um dos
alvos, a Delta Construções, de Fernando Cavendish. Suspeita-se, com base em
informações da Operação Monte Carlo, realizada pela Polícia Federal (PF), do
envolvimento da empresa com Cachoeira.
No
dia da instalação da CPI do Cachoeira, 19 de abril, o governador Geraldo
Alckmin (PSDB), ao ser questionado sobre os contratos da Delta com o Estado de
São Paulo, disse não estar preocupado com eles, segundo a Folha de S. Paulo:
“Nem sei se tem [contratos], se tem são ínfimos ”.
A
verdade é outra. Levantamento feito pelo blog Transparência SP revela que, de
2002 a 2011, a Delta fechou pelo menos 27 contratos (incluindo participação em
consórcios) com empresas e órgãos públicos do governo do Estado de São Paulo.
Na
lista de contratantes, Desenvolvimento
Rodoviário S.A. (Dersa), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Departamento
de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Somam
cerca de R$ 800 milhões em valores nominais. Em valores corrigidos
(considerando a inflação do período) chegam a R$ 943,2 milhões.
Desses
R$ 943,2 milhões, R$ 178, 5 milhões foram celebrados nas gestões Alckmin (2002
a março de 2006 e de janeiro de 2011 em diante) e R$ 764,8 milhões no governo
de José Serra (janeiro de 2007 a abril de 2010).
DERSA
CONTRATOU DELTA PARA A NOVA MARGINAL DO TIETÊ POR R$ 415.078.940,59
O
maior contrato da Delta com órgãos e empresas do governo do Estado de São Paulo
foi com a Dersa para executar a ampliação da marginal do rio Tietê: R$
415.078.940,59 (valores corrigidos)
Apesar
de condenada por ambientalistas, geólogos e urbanistas, a Nova Marginal do
Tietê foi anunciada em 4 de junho de 2009, com bumbos e fanfarras, pelo então
governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (hoje PSD, na época DEM).
Na
época, o portal do governo do Estado de São Paulo informou: Investimento de R$
1,3 bilhão prevê, além de novas pontes e viadutos, plantio de cerca de 83 mil
árvores e implantação de ciclovia.
“irá
o tempo das viagens em cerca de 35%; “tráfego para as rodovias Castelo Branco,
Ayrton Senna, Dutra, Fernão Dias, Anhanguera e Bandeirantes terá fluxo mais
rápido”; junto com o Rodoanel e o Complexo Anhanguera, a Nova Marginal pretende
aliviar o trânsito nas principais interligações de bairros de São Paulo e
evitar o trânsito de veículos de passagem por bairros e o centro da cidade”.
Serra
ainda afirmou:
“É
uma obra que é financiada com recursos do Tesouro e com dinheiro público das
concessionárias, que é dinheiro do pedágio, segundo projeto e orientação do
próprio Governo”.
ӎ
uma obra que está tendo todo o cuidado ecológico, o que não é tradição em São
Paulo, pois as obras e a devastação andavam de mãos dadas, mas isso acabou nos
tempos atuais”.
A
obra tinha dois lotes: 1 e 2. A concorrência do chamado lote 2 foi vencido pelo
consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta (participação de 75% a 80%).
Extrato
do contrato assinado em 13 de maio de 2009 e publicado no dia seguinte no
Diário Oficial Empresarial revela o valor da obra: R$ 287.224.552,79.
PAULO
PRETO E DELSON AMADOR ASSINAM O CONTRATO PELA DERSA COM A DELTA
O
consórcio da Delta venceu a licitação para o lote 2 da Nova Marginal do Tietê
com uma diferença de R$ 2,4 milhões em relação ao segundo colocado, o Consórcio
Desenvolvimento Viário (EIT – Empresa Industrial Técnica S/A — e Egesa
Engenharia), que, por sinal, ganhou o lote 1.
Curiosamente
1: 1 ano 4 meses depois, o consórcio da Delta conseguiu um “aditamentozinho” de
R$ 71.622.948,47 no contrato.
Curiosamente
2: Na época da licitação, Paulo Vieira de Souza era diretor de Engenharia da
Dersa, e seu presidente Delson José Amador, que acumulava a superintendência do
DER.
Paulo
Vieira de Souza é o Paulo Preto, ou Negão, como é mais conhecido. Até abril de
2010 foi diretor da Dersa. Com uma extensa folha de serviços prestados ao PSDB,
foi apontado como arrecadador do partido e acusado pelos próprios tucanos de
sumir com R$ 4 milhões que seriam destinados à campanha do então presidencial
José Serra. O dinheiro teria sido levantado principalmente junto a empreiteiras
com as quais ele possuía relações estreitas.
O
nome de Paulo Preto apareceu ainda na investigação feita pela Polícia Federal
que resultou na Operação Castelo de Areia. Na ação, executivos da construtora
Camargo Corrêa são acusados de comandar um esquema de propinas em obras
públicas.
Delson
Amador também apareceu na Operação Castelo de Areia. Assim como Paulo Preto,
seu nome constava da apreendida pela Polícia Federal na Camargo Corrêa.
Em
1997, durante a presidência de Andrea Matarazzo, Amador virou diretor da Cesp.
Aí, foi responsável pela fiscalização de obras tocadas pela Camargo Corrêa,
como a Usina de Porto Primavera, e a Ponte Pauliceia, construída sobre o Rio
Paraná para ligar os municípios de Pauliceia, em São Paulo, e Brasilândia, em
Mato Grosso do Sul. Amador foi ainda chefe de gabinete de Matarazzo na
subprefeitura da Sé.
HERALDO,
O FORAGIDO, É QUEM ASSINOU PELA DELTA O CONTRATO DA NOVA MARGINAL
Curiosamente
3: Certidão emitida pela Junta Comercial de São Paulo mostra que o
representante legal do Consórcio Nova Tietê é Heraldo Puccini Neto, diretor da
Delta Construções para São Paulo e Sul do Brasil.
Escutas
realizadas com autorização judicial revelam que é um dos interlocutores mais
próximos de Cachoeira. Documentos disponibilizados na internet referentes ao
processo contra Carlinhos Cahoeira no Supremo Tribunal Federal (STF) mostram a
proximidade de Heraldo com o bicheiro e
como a quadrilha preparava editais para ganhar licitações.
É
possível que esse mesmo modus operandi tenha sido aplicado pela Delta em várias
licitações como as feitas pelo governo do Estado de São Paulo.
Heraldo
teve a prisão decretada pela Justiça Federal na semana passada. Foi a partir de
investigações realizadas no âmbito da Operação Saint Michel, braço da Monte
Carlo.
Um
grupo de policiais civis de Brasília chegou às 6 horas da última quarta-feira
25 ao apartamento dele, no Morumbi, em São Paulo. Heraldo não estava nem foi
localizado pela polícia. É considerado foragido da Justiça.
Curiosamente
4: Num despacho de setembro de 2011 do Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP)
referente ao contrato da Nova Marginal, aparecem juntos Paulo Preto, Delson
Amador e Heraldo Puccini Neto. Os dois primeiros como contratantes. O último
como contratado.
DEPUTADOS
PEDEM AO MP QUE APURE INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES
A
essa altura algumas perguntas são inevitáveis:
1.
Considerando que o senador Demóstenes Torres é sócio oculto da Delta e apoiou
José Serra em 2010, será que dinheiro da Nova Marginal do Tietê irrigou a
campanha do tucano à presidência?
2.
Entre os R$ 4 milhões que teriam sido arrecadados por Paulo Preto e não
entregues ao PSDB, haveria alguma contribuição da Delta?
3.
Paulo Preto ou Delson Amador teve algum contato direto com Cachoeira?
Na
sexta-feira 27, parlamentares paulistas protocolaram representação no
Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) para que investigue indícios
de irregularidades, ilegalidades e improbidades nos contratos formalizados pela
Dersa com empresas e consórcios, entre os quais o Consórcio Nova Tietê,
capitaneado pela Delta.
Encabeçada
pelo deputado estadual João Paulo Rillo e assinada por Adriano Diogo, ambos do
PT-SP, a representação pede que o MP apure possíveis atos de improbidade
administrativa praticados por José Serra, Paulo Preto e Delson Amador, diante
de sinais de superfaturamento das obras de ampliação da Marginal Tietê.
A
propósito. Lembram-se que, em 2009, durante o lançamento da Nova Tietê, José
Serra disse: “é uma obra que está tendo todo o cuidado ecológico, o que não é
tradição em São Paulo, pois as obras e a devastação andavam de mãos dadas, mas
isso acabou nos tempos atuais”?
Na
ocasião, a propaganda do governo estadual indicava que as pistas seriam
cercadas por frondosas árvores e arbustos. E a secretária de Saneamento e
Energia, Dilma Pena (atualmente preside a Sabesp), ressaltou a importância de
recuperar o espaço das margens do Tietê com uma via parque, uma ciclovia e o
plantio de 65 mil mudas.
Pois
bem, dois anos após o término das obras, a marginal Tietê ainda está à espera
das 65 mil mudas que deveriam ter sido plantadas pelo governo paulista como
compensação ambiental, em 2010. Ainda
árvores morreram ou não se desenvolveram no solo árido das margens do rio. A falta de árvores foi conStatada em perícia
realizada pelo Sindicato dos Arquitetos. A entidade move ação civil pública
contra a Dersa, que, como responsável pela obra, é obrigada a repor cerca de 30%
dos espécimes.
Será
que a Nova Marginal do Tietê, além de mãos dadas com a devastação, também se
banhou na cachoeira preta?
(*) Não tem nada
a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combateram na milícia para
derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se
comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver
origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil
é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Folha é um
jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso,
Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e
pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da
Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos,
reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que
é, porque o dono é o que é; nos anos
militares, a Folha emprestava carros de
reportagem aos torturadores.
(***) Em nenhuma
democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e
até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm
no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da
Imprensa Golpista.
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